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Portas contra 'TSU dos pensionistas'

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Portas contra 'TSU dos pensionistas'

O líder do CDS-PP declarou este domingo que o estabelecimento de uma nova contribuição a pagar pelos pensionistas não conta com o apoio do segundo partido da coligação governamental: «Esta é a fronteira que não posso deixar passar».
Paulo Portas afirmou que fará «tudo» para evitar a chamada «TSU dos pensionistas», ou o «duplo factor de sustentabilidade» que na prática funcionará como um novo imposto sobre as pensões, assumindo publicamente a divergência com Pedro Passos Coelho.

A revelação foi feita numa comunicação ao país a partir da sede do CDS-PP em Lisboa, depois de Portas assumir ter «administrado com alguma parcimónia o uso da palavra pública» ao não comentar alegadas divergências no seio da coligação. O líder do CDS-PP justificou o fim do silêncio com o «dever de prestação de contas» na reacção ao anúncio de medidas «que afectam a vida de muitos portugueses».

No discurso de cerca de 30 minutos, Portas começou por justificar o apoio do CDS-PP a outras medidas de austeridade.

«Acho preferível trabalharmos mais do que cortarmos salários e pensões», declarou, defendendo medidas como o aumento do horário de trabalho da função pública, o aumento da contribuição para a ADSE, as rescisões de mútuo acordo.

«Todos sabemos que Portugal ainda está sob protectorado. Ou seja, a nossa dívida e o nosso défice entregaram uma parcela da nossa soberania. O meu objectivo é que essa circunstância vexatória seja apenas transitória», declarou, sublinhando o seu entendimento da necessidade de cumprir as metas orçamentais acordadas com a troika para que haja «um só resgate, um só calendário para a saída da troika [Junho de 2014], um só pacote de assistência financeira».

«Não vejo a vantagem de voltar a estender a mão como um pedinte nem de prolongar a presença desses senhores [a troika] entre nós», afirmou.

Portas admitiu no entanto que «a questão da idade da reforma ocupou bastante do [seu] tempo».

«Confesso que fiquei incomodado aqui há algumas semanas com a notícia que o Governo queria aumentar a idade de reforma para os 67 anos», afirmou, defendendo contudo a abertura de um «debate público» para o aumento para os «66 anos».

«A medida mais problemática», admitiu, é a chamada «TSU dos pensionista», ou o chamado duplo factor de sustentabilidade das reformas. «Numa sociedade em que inúmeros avós têm de ajudar os filhos que estão no desemprego a alimentar os netos (...) esta é a fronteira que não posso deixar passar», disse, declarando que o CDS-PP está aberto à discussão de alternativas a esta medida.

Fonte: SOL
 
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