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Campeão esmagado por muro sem culpados

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Rúben Pinto, de 11 anos, morreu há uma década com um muro em cima. A família não recebeu qualquer apoio e o caso continua por resolver.Passou exatamente uma década desde que, no Complexo Desportivo na Batalha, em Leiria, um muro roubou a vida a Rúben André Rodrigues Pinto, de 11 anos.

A criança estava a festejar a vitória num torneio de futebol da equipa à qual pertencia, o Sport Lisboa e Marinha, quando tentou saltar um muro e este lhe caiu em cima.

Na altura, o CM noticiou o "festejo fatal para a criança de 11 anos". Hoje, quem assistiu à tragédia ainda guarda todos os pormenores.

"Uma das imagens que tenho é do pai a pegar o filho ao colo e dizer: ‘O meu campeão morreu'. Nós estávamos todos do outro lado. Se o muro caísse para o lado contrário a equipa tinha morrido toda, incluindo eu", recordou Steve Grácio, de 21 anos, colega de equipa de Rúben na altura.

Apesar de terem passado dez anos, nada se resolveu. O caso seguiu para tribunal e foram vários os arguidos, mas nenhum foi considerado culpado. "Neste momento sabemos que o processo está parado e queremos justiça. Não vou voltar a ter o meu filho, mas quero que sirva de exemplo para outros casos", disse Maria José, mãe de Rúben.

Sem qualquer tipo de apoio, a família da criança tem passado tempos difíceis. A única ajuda que tiveram foi com o pagamento do funeral, por parte do presidente da Câmara da Batalha em 2003, António Lucas. "Sei que houve um psicólogo que esteve no funeral, mas nunca mais o vi nem sei quem é essa pessoa", recordou a mãe.

O irmão mais novo de Rúben, que na altura tinha cinco anos, tem sido uma das pessoas mais afetadas psicologicamente com a tragédia. Sem dinheiro para pagar um psicólogo ao filho, a mãe recorreu ao psicólogo da escola, "mas entretanto as aulas acabaram e ele está sem apoio".

É PRECISO DINHEIRO PARA APOIO PSICOLÓGICO

Joaquim Pinto, o pai, foi quem tirou o menino dos escombros e não dorme desde esse dia, "nunca recorreu a medicamentos. Anda entre a cama e o sofá e vai trabalhar sem dormir".

Com o caso prescrito, agora a família só pode pedir uma indemnização. Dinheiro que, de acordo com Maria José, seria utilizado para investir no apoio psicológico à família. Mas para a mãe o dinheiro nem é o mais importante.

"Quero que seja feita justiça em nome do meu filho. Ele morreu porque o muro estava construído em cima de outro muro. Caiu em cima do meu filho mas podia ter acontecido com qualquer outro. Quero as coisas resolvidas em tribunal", sublinhou.


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