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Berlusconi condenado a sete anos de prisão pelo 'Rubygate'

kokas

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Um tribunal de Milão condenou o ex-primeiro-ministro italiano a sete anos de prisão por abuso de poder e prostituição com uma menor. Silvio Berlusconi, que pode recorrer da sentença, fica também impedido de exercer qualquer mandato público a partir do momento que a decisão seja final.

O caso, que ficou conhecido como 'Rubygate', envolve a dançarina marroquina Karima El Mahroug, mais conhecida como Ruby, que teria sido paga para fazer sexo com o ex-primeiro-ministro de 76 anos, numa altura em que ainda era menor.

Após quase sete horas de deliberação, a juíza Giulia Turri sublinhou que Berlusconi foi condenado por "abuso de poder sob coação", aumentando a pena pedida pelo Ministério Público que era de pelo menos cinco anos por abuso de poder e um ano por prostituição com menor.

O caso de abuso de poder prende-se com a alegada pressão que Berlusconi terá feito sobre a prefeitura de Milão, depois de Ruby ter sido detida pelas autoridades por furto. O então primeiro-ministro terá pedido a sua libertação.

Um dos advogados de Berlusconi, Niccolo Ghedini, fala de um "veredito completamente desligado da realidade".


dn
 

Pelintra

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Berlusconi condenado a sete anos de prisão no caso Ruby

O político-empresário dispõe de dois recursos e o veredicto final pode demorar anos.


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As juízes da 4ª secção do Tribunal de Milão acabam de condenar Silvio Berlusconi a sete anos de prisão por abuso de poder e prostituição de menores no caso Ruby. O antigo primeiro-ministro fica ainda impedido de ocupar quaisquer cargos públicos.

O líder da direita italiana era acusado de ter pago por sexo à marroquina Karima El Mahroug (nome artístico de Ruby) quando esta tinha 17 anos, durante as festas que organizava na sua casa de Arcore, nos arredores de Milão.

A acusação pedira uma pena de prisão de um ano para o crime de prostituição de menores e de cinco para abuso de poder: Berlusconi telefonou à polícia, pedindo a libertação da marroquina (detida por suspeita de roubo), dizendo que ela era sobrinha de Hosni Mubarak (então Presidente do Egipto) e que queria evitar um embaraço diplomático.

A defesa pretende naturalmente recorrer desta condenação em primeira instância – com dois recursos disponíveis, o veredicto final pode demorar anos.

Um pequeno grupo de uma dezena de manifestantes aplaudiu a condenação de Berlusconi com gritos de alegria. Alguns chegaram mesmo a cantar o hino italiano na sala de audiências. Um dos advogados do Cavaliere, Nicoolo Ghedini, denunciou “um verdicto completamente desligado da realidade”, mas sublinhou que já estava à espera de uma pena pesada por considerar que este foi um julgamento com motivações políticas destinado a destruir a reputação do seu cliente.

Com o Cavaliere em silêncio, membros do seu Povo da Liberdade reagiram com indignação. Fabrizio Cicchitto, veterano do PdL, acusou as juízas de terem criminalizado “os 9 milhões de italianos que votaram” em Berlusconi nas legislativas de Fevereiro. “Esta sentença assusta”, disse Renato Brunetta, chefe do grupo parlamentar do partido na Câmara dos Deputados. “Assusta não só pela tentativa de assassinar moral e politicamente Berlusconi, mas porque mostra aos italianos em que mãos está hoje a justiça.”

Durante as alegações finais, a procuradora Ilda Boccassini considerou “sem qualquer dúvida” que o então chefe de Governo tinha mantido relações sexuais a troco de dinheiro com a jovem marroquina menor de idade.

No passado dia 13 de Maio, Bocassini levou seis horas a expor as razões pelas quais Berlusconi devia ser condenado, explicou que a verdadeira razão pela qual Berlusconi telefonou para a polícia a pedir a libertação de Ruby foi para evitar que fosse exposto “o sistema de prostituição organizado na mansão de Arcore para a satisfação do prazer sexual” do político e magnata.

Esta sentença não só mancha ainda mais a carreira política de Berlusconi, como coloca em causa a viabilidade do precário governo de coligação que o seu partido, o Povo da Liberdade, partilha com o Partido Democrático do actual primeiro-ministro, Enrico Letta. Muitos jornais italianos dão por adquirido que Berlusconi vai entrar em modo de contra-ataque, numa ofensiva televisiva para martelar a sua inocência e para dizer aos italianos (e a Letta) que não tenciona abandonar a vida política, mesmo que não tenha qualquer pasta ministerial no actual executivo.

Mas há um caso judicial que pode abreviar esta ambição do Cavaliere. Depois do Verão, o Supremo Tribunal confirma (ou não) a sentença de quatro anos de prisão e cinco de inibição de exercer cargos públicos por crimes de fraude fiscal no caso Mediaset. Aqui já estão esgotados todos os recursos possíveis.

“Existe uma ligação, oficialmente desmentida, entre os casos judiciais de Berlusconi e o destino do governo” de Letta, escreveu o La Stampa no domingo. Segundo este jornal, Berlusconi programou o seu apoio ao governo de coligação como uma protecção contra os processos judiciais em que está envolvido, mas na ausência dessa protecção “o seu interesse em apoiar o governo irá desaparecer”.

In Publico
 
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