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Notificados mais de 1.400 casos de gripe

zuma

GF Prata
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Mais de 1.400 casos de gripe foram notificados na época 2012/2013 pelas redes médicos-sentinela e serviços de urgência, dos quais a maioria (56,7%) eram mulheres, segundo o relatório da Vigilância da Gripe em Portugal hoje divulgado.

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"A atividade gripal foi considerada moderada e o maior número de notificações foi observado entre o final de janeiro e a primeira quinzena de março", indica o documento divulgado no encontro sobre "Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal", que decorreu no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

O grupo etário mais representado foi o da população jovem/adulta com idades entre os 15 e os 44 anos (41,8%).

A análise laboratorial realizada a 1.262 exsudados da nasofaringe permitiu a identificação de um vírus respiratório em 778 (61,6%) casos de síndroma gripal (SG).

Dos 1.436 casos notificados, o vírus influenza foi detetado em 549 casos (43,5%) e foram ainda identificados 267 casos (21,2%) de infeção por influenza B da linhagem yamagata e 225 (17,8%) por influenza A(H1p)pdm09.

Nos casos de gripe notificados para cada grupo etário, a maior percentagem de casos (61,8%) verificou-se em crianças com idades entre os cinco e os 14 anos.

A subdiretora-geral da Saúde disse à agência Lusa que a gripe "é frequente na infância mas é pouco grave" e que "adoecer faz parte do processo natural de adquirir humanidade".

Graça Freitas disse que, "até agora, a estratégia vacinal tem sido concentrada noutros grupos de risco".

Contudo, frisou, "poderá justificar-se no futuro vacinar as crianças": "Estamos sempre a evoluir, a ter mais informação sobre a doença, sobre o sistema imunológico e sobre as vacinas".

"Não posso dizer-lhe que estamos fechados e que estes grupos que vacinamos agora serão os mesmos do futuro. Nós estamos abertos ao conhecimento, à evolução dos vírus, da doença e da sociedade", disse, acrescentando que todas estas variáveis entram nas decisões das autoridades de saúde.

O relatório do INSA adianta que na época de vigilância 2012/2013, "o período epidémico foi tardio e de duração semelhante a época anterior".

No encontro foi também divulgado um estudo que envolveu 16 hospitais sobre os internamentos por gripe em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), tendo sido reportados 95 casos, sendo a média de idade dos doentes de 56,7 anos.

Apenas 6,2% dos doentes estavam vacinados contra a gripe, refere o estudo, acrescentando que os fatores de risco mais frequentes foram a obesidade, as doenças cardiovasculares e a diabetes.

O vírus mais frequentemente identificado foi o A(H1N1)2009 (76,8% dos casos).

O tempo médio decorrido entre o internamento no UCI foi de 18,3 dias. Em metade dos casos o internamento foi de 13 ou menos dias, tendo a taxa de letalidade sido estimada em 28,7%.

Graça Freitas afirmou à Lusa que muitas das pessoas que estão nas UCI acabam por morrer, salientando a importância da vacinação para prevenir a doença.

"Mas mais importante do que isso diminui a probabilidade de uma pessoa ter uma complicação e ser internada numa Unidade de Cuidados Intensivos", sublinhou.

Fonte: NM
 
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