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Assassinato de Kennedy: Conspiração ou Acto Isolado?

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GF Platina
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O assassinato de John F. Kennedy (1917-1963), 35º Presidente dos Estados Unidos ocorreu na sexta-feira, no dia 22 de Novembro de 1963, em Dallas, no Texas. Kennedy foi mortalmente ferido por disparos enquanto circulava no automóvel presidencial na Praça Dealey. Foi o quarto presidente dos Estados Unidos a ser assassinado, e o oitavo que morreu no exercício do cargo.
[video=youtube_share;toZauDLe9ZY]http://youtu.be/toZauDLe9ZY[/video]
Duas investigações oficiais concluíram que Lee Harvey Oswald, um empregado do armazém Texas School Book Depository na Praça Dealey, foi o assassino. A primeira investigação concluiu que Oswald actuou sozinho; e a segunda investigação calcula que provavelmente teria a ajuda de um cúmplice. O assassinato de Kennedy foi alvo de especulações e dúvidas, dando origem a inúmeras teorias de conspirações.

Os planos de viagem de Kennedy a Dallas (Texas)

No Verão de 1963, o gabinete da presidência de Kennedy começou a planear a sua campanha de reeleição, pois aproximava-se as eleições presidenciais de 1964. Nas eleições anteriores, Kennedy tinha ganho por escassa margem nos Estados do sul, e as sondagens actuais não lhe eram muito favoráveis. Decidiu então viajar até ao Texas, no Outono de 1963, com o objectivo de aumentar a sua popularidade junto do eleitorado sulista. Levou o seu vice-presidente Lyndon B. Johnson, um texano, e pensou que seria uma boa estratégia que fossem juntos até ao Texas. Acompanhou na sua visita, a sua esposa Jacqueline. A viagem foi planeada para o Outono, e começaria no dia 21 de Novembro em Houston e San Antonio. O dia 22 de Novembro seria dedicado a Fort Worth e às 13 horas, iriam almoçar em Dallas. Havia certa preocupação sobre a segurança porque o embaixador americano na ONU, Adlai Stevenson, tinha sido insultado e empurrado, como sinais de protesto, numa visita a Dallas no dia 24 de Outubro. Para prevenir novas manifestações de protesto, a polícia de Dallas tinha preparado a maior operação policial da história da cidade.

Os planos de Kennedy seriam uma viagem do aeroporto de Dallas até à cidade numa limousine aberta. O carro em que viajou foi um Lincoln Continental de 1961.
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Na limousine seguiam junto com Kennedy, a sua mulher Jacqueline; o Governador do Texas,
John Bowden Connally, Jr., e sua mulher, Nellie; o agente do serviço secreto Roy Kellerman
e o motorista William Greer.

O assassinato de Kennedy

Às 11h 40m, o avião presidencial "Air Force One" aterra no Aeroporto Dallas Lovefield, depois de um curto voo que fez de Fort Worth. A comitiva presidencial desloca-se para o centro de Dallas. Durante o trajecto a comitiva tem que realizar várias paragens para que o presidente saúde as pessoas. Às 12h 30m, a comitiva entra na Praça Dealey e avança pela rua Houston, e nesse momento atrasa-se 6 minutos. Na esquina das ruas Houston e Elm Street, a comitiva deve realizar uma volta de 120º para a esquerda, o que obriga a redução da velocidade da limousine. Depois de passar por Elm Street, fica em frente ao edifício do armazém de livros escolares do Texas, a uma distância de 20 metros do primeiro. Logo a seguir, ao passar o armazém, ouviu-se o primeiro dos três disparos que alegadamente fariam Lee Harvey Oswald. Calcula-se que nesse momento a comitiva ia a uma velocidade de 15 km/h.

A Comissão Warren concluiu posteriormente que um dos três disparos não atingiu o automóvel. Quase todos estão de acordo que Kennedy recebeu dois disparos e que o terceiro disparo, que o atingiu na cabeça, foi o mortal:

- O primeiro disparo foi desviado por uma árvore ou possivelmente um semáforo, e ricocheteou no cimento, chegando a ferir a testemunha James Tague.

- O segundo disparo dá-se 3,5 segundos depois, atingindo Kennedy por trás e sai pela sua garganta, ferindo também o governador do Texas, John Connally. O presidente deixa de saudar o público e a sua esposa o encosta no assento.

- O terceiro disparo ocorre 8,4 segundos depois do primeiro disparo, precisamente quando o automóvel passava em frente da pérgula John Neely Bryan, feita de cimento.

Quando o terceiro disparo atingiu a cabeça de Kennedy, Jaqueleen Kennedy reagiu saltando para a parte traseira do veículo. Clint Hill, agente dos serviços secretos, conseguiu alcançar a mala do carro na tentativa de ajudar o presidente.

Testemunhas do assassinato

Um cidadão de nome Abraham Zapruder, que filmava a comitiva presidencial, conseguiu captar no seu filme o momento em que Kennedy é alcançado pelos disparos. Este filme é parte do material que a Comissão Warren utilizou na sua investigação do assassinato.
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Abraham Zapruder (1905-1970), proprietário de uma confecção de roupas
femininas, filmou a passagem de John F. Kennedy pela Dealey Plaza em
Dallas, no Texas, no dia 22 de Novembro de 1963. O seu filme capturou o
assassinato do presidente e se tornou um dos mais estudados da história.

Abraham Zapruder, pertencente a uma família de judeus-russos, nasceu na cidade de Kovel, na Ucrânia. Recebeu apenas quatro anos de educação formal no seu país até que em 1920, durante a Guerra Civil Russa, emigrou com sua família para os Estados Unidos, indo morar em Brooklyn, em Nova Iorque. Em 1941, após uma oferta de emprego de um amigo, Zapruder mudou-se para Dallas para trabalhar na Nardis, uma loja de equipamentos desportivos. Em 1954, co-fundou a Jennifer Juniors Inc., cujo escritório era localizado no Edifício Dal-Tex, saindo da Dealey Plaza.

Zapruder era entusiasta do Partido Democrata e admirador do presidente Kennedy. Quando soube que a caravana presidencial passaria pela Dealey Plaza, decidiu assistir ao evento, e devido à insistência de sua secretária, resolveu voltar em casa, buscar sua câmara Bell & Howell e filmar a passagem. Seu filme capturou o assassinato do presidente tornou-se célebre por ser o registo mais completo do crime.
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A câmara usada por Zapruder
está actualmente no Arquivo
Nacional dos E.U.A..


Zapruder filmou o assassinato usando uma câmara de vídeo Bell & Howeell Zoomatic Director Series, modelo 414 PD 8 mm de última geração, comprada em 1962 e carregada com um filme Kodak Kodachrome II. Zapruder ficou no topo de dois pedestais, parte de uma pérgula de concreto no entorno da Elm Street. Por trás dele ficou sua secretária, Marilyn Sitzman, para segurá-lo caso ele ficasse tonto enquanto filmava. No caminho de volta para seu escritório, Zapruder encontrou o repórter Herry McCormick, do Dallas Morning News. Os dois conversaram sobre o filme, e McCormick combinou de encontrar Zapruder no seu escritório mais tarde. Ele então contactou Forrest Sorrels, do Departamento do Serviço Secreto em Dallas, entrando em detalhes sobre a história. O repórter e o agente encontraram-se com Zapruder no seu escritório, e este concordou em entregar o filme, mas apenas para uso nas investigações, pois também pretendia vendê-lo.

O grupo então seguiu para o canal de televisão WFAA para fazer uma cópia, mas a rede não tinha equipamento necessário para converter filmes de 8 mm. O mesmo foi levado então para um laboratório da Kodak, que também não contava com equipamento compatível para aquele modelo. Três cópias foram feitas noutro laboratório e devolvidas à Kodak para processá-las. Zapruder ficou com o original e uma cópia, entregando as outras duas para o agente Sorrels, que imediatamente as despachou para o quartel-general do Serviço Secreto em Washington.

Às 11 horas da noite, Zapruder recebeu a ligação de um editor da revista Life. No dia seguinte, os dois encontraram-se para discutir a venda dos direitos do filme:

- Em 23 de Novembro de 1963 Zapruder vendeu o filme original, a cópia e direitos de reprodução para a revista por 50.000 dólares.

- Dois dias depois, adicionou os direitos cinematográficos e televisivos pela soma de 150.000 dólares, dividida em seis pagamentos anuais de 25.000. Parte do acordo era de que o frame 313, que mostrava o tiro fatal, não fosse mostrado.

O assassinato deixou Zapruder traumatizado que nunca mais comprou ou usou qualquer outra câmara. Ele testemunhou mais tarde perante a Warren Commission e no julgamento de Clay Shaw em 1969, vindo a morrer de cancro no cérebro em 1970 em Dallas.

Feridos no atentado

O Governador do Texas, John Bowden Connally Sr, ia no mesmo veículo, à frente do presidente, e também foi gravemente ferido, mas sobreviveu. A sua ferida ocorreu quase em simultâneo com o primeiro disparo que atingiu Kennedy (teoricamente como resultado da mesma bala, pelo que esta é conhecida como a "teoria da bala mágica", emanada pela Comissão Warren, embora isto não seja geralmente admitido sem polémica). Supostamente, a acção da sua esposa de se dirigir para ele e fazê-lo cair sobre as suas pernas ajudou a salvar a sua vida dado que evitou em grande parte o pneumotórax.

James Tague, um espectador e testemunha do crime, também ficou com uma pequena ferida na parte direita da face. Estava situado 82 metros à frente do local onde Kennedy foi atingido.

A autópsia

Às 13 horas, a equipa médica do Parkland Hospital declarou oficialmente a morte do presidente Kennedy, com paragem cardíaca, tendo-lhe sido administrada a unção dos enfermos. "Não tivemos nunca uma esperança de salvar a sua vida", declararam os médicos. A morte de Kennedy foi oficialmente anunciada às 13h 38m. O governador Connally foi operado duas vezes de urgência nesse dia. Depois da chegada do avião presidencial (Air Force One) à Base Aérea Andrews, nos arredores de Washington, DC, o corpo de Kennedy foi trasladado para o Hospital Naval de Bethesda para autópsia.

A autópsia foi realizada por três médicos da Marinha com 30 oficiais militares como testemunhas. Dois agentes reformados do FBI que estavam presentes declararam que Kennedy tinha uma grande ferida no lado direito da cabeça, outra de aproximadamente 14 cm acima do lado direito da coluna, e uma terceira ferida no lado anterior da garganta perto do limite inferior do pomo-de-Adão (a Comissão Warren deu a mesma informação). O relatório do FBI sobre a autópsia foi realizado pelos agentes especiais Sibert e O'Neill. Várias fotos e radiografias foram feitas durante a autópsia (algumas delas desapareceriam dos relatórios oficiais).

O funeral de Kennedy

Depois da autópsia no Hospital Naval de Bethesda, o corpo de Kennedy foi preparado para o enterro e trasladado para a Casa Branca, tendo sido exposto na Sala Leste durante 24 horas. No domingo seguinte ao crime, coberto com a bandeira dos E.U.A., foi trasladado para o Capitólio para uma visita pública. Nesse dia e noite, centenas de milhares de pessoas visitaram o corpo. Representantes de 90 países, incluindo a União Soviética, assistiram ao funeral em 25 de Novembro (terceiro aniversário do seu filho JFK Jr.).
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Depois do funeral realizado na Catedral de St. Matthew, foi trasladado
em carruagem para o Cemitério de Arlington, onde foi enterrado.

O funeral foi oficiado pelo arcebispo de Boston, Richard Cardinal Cushing, amigo pessoal de Kennedy, que tinha casado John e Jacqueline, baptizado seus dois filhos e oficiado o funeral do seu filho Patrick (falecido 15 semanas antes do pai).

O assassino oficial de Kennedy

Lee Harvey Oswald foi detido 80 minutos depois do assassinato, por ter matado um oficial da polícia de Dallas, J. D. Tippit. Foi acusado da morte de Tippit e de Kennedy à última hora da tarde do dia 22 de Novembro.
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Lee Harvey Oswald usou uma espingarda Mannlicher de fabricação italiana, com mira telescópica
e mecanismo manual, no atentado do presidente Kenendy.

De acordo com diversas investigações realizadas pelo governo dos Estados Unidos, inclusive a Warren Commission, J. D. Tippit (1924-1963), do Departamento de Polícia de Dallas, foi baleado e morto por Lee Harvey Oswald ao tentar detê-lo após o assassinato de John F. Kennedy. Oswald negou sempre ter disparado contra o presidente. O caso de Oswald nunca foi julgado porque dois dias depois, enquanto era trasladado e custodiado pela polícia, Jack Ruby dispara sobre ele e mata-o.
 
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Lee Harvey Oswald (1939-1963)

Lee Harvey Oswald nasceu em Nova Orleães, na Louisiana (E.U.A.). Seu pai, Robert Edward Lee Oswald, Sr., morreu dois meses após o nascimento de Lee. Sua mãe, Marguerite Frances Claverie, criou sozinha Lee e seus dois irmãos mais velhos, Robert e John Pic. Antes de completar 18 anos, Oswald morou em 22 duas cidades diferentes, e devido a isso frequentou 12 escolas distintas, a maioria nos arredores de Nova Orleães, Covington e Dallas. Viveu no orfanato durante 13 meses, entre 1942 e 1943, pois sua mãe não tinha condições de criá-lo. Criança reservada e temperamental, Oswald foi para Nova Iorque morar com seu irmão John, que entrara para a Guarda Costeira. Denunciado por não frequentar a escola, foi colocado sob supervisão psiquiátrica no reformatório juvenil Youth House, onde foi diagnosticado pelo Dr. Renatus Hartogs como tendo "um desvio de personalidade patente, com características esquizóides e tendências passivo-agressivas". Foi recomendado então um tratamento psiquiátrico mais aprofundado. Seu comportamento na escola pareceu melhorar durante seus últimos meses em Nova Iorque. Em Janeiro de 1954, a sua mãe decidiu voltar para Nova Orleães com Lee, evitando desta forma que ele recebesse o tratamento psiquiátrico recomendado. Antes de completar o ensino médio, Oswald deixou a escola e se alistou no Corpo de Fuzileiros Navais. Disléxico, ele tinha problemas em soletrar e escrever coerentemente. Ainda assim era um leitor voraz, e aos 15 anos afirmava ser marxista por suas leituras relacionadas ao tema.

Serviço Militar

Apesar de suas professadas simpatias marxistas, Oswald alistou-se no Corpo de Fuzileiros Navais em 24 de Outubro de 1956, uma semana depois de ter feito 17 anos de idade. Ele idolatrava seu irmão Robert, e usava constantemente o anel de fuzileiro pertencente a ele. Nos Fuzileiros, Oswald foi treinado no uso do rifle M1 Garand, mas sua principal qualificação foi como operador de radar.
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Fuzil M1 Garand, fuzil semiautomático criado em 1935 nos E.U.A. O seu uso tornou-se
oficial a partir de 1936. Quando os Estados Unidos entraram na II Guerra Mundial em 1941,
sua infantaria estava quase toda armada com este fuzil. O General Patton disse sobre a Garand
que ela foi a maior arma de combate jamais desenhada.

Ao terminar o curso de formação, Oswald foi colocado em Julho de 1957 na Base Aérea de El Toro em Irvine, na Califórnia, e três meses depois, para a Base Aérea de Atsugi, no Japão. Atsugi era a base de operações dos aviões espiões U-2 que sobrevoavam a União Soviética, e como controlador de radar Oswald pode ter obtido informações confidenciais que posteriormente foram passadas aos soviéticos.

Oswald enfrentou a corte marcial em duas ocasiões:
- Inicialmente por atirar acidentalmente contra o próprio ombro com uma arma de mão não autorizada, e depois por brigar com o sargento que ele pensou ser o responsável pela punição recebida no seu primeiro julgamento.
- Tempos depois, ele foi punido por outro incidente: servindo de sentinela uma noite nas Filipinas, Oswald inexplicavelmente disparou seu rifle contra a selva.

Vida na União Soviética

Em Outubro de 1959, Oswald viajou para a União Soviética, tinha então 19 anos, e a viagem foi planeada com antecedência. Além de ter estudado russo por conta própria, ele economizou 1500 dólares de seu salário de fuzileiro, conseguiu ser dispensado antes do prazo obrigatório alegando que sua mãe estava doente, tirou um passaporte e enviou diversos formulários de matrícula fictícios para universidades estrangeiras para conseguir um visto de estudante. Depois de passar dois dias com sua mãe em Fort Worth, em 20 de Setembro de 1959, Oswald partiu de Nova Orleães no navio com destino à França. Passou pela Inglaterra, Suíça e Finlândia, antes de finalmente conseguir um visto de estudante no consulado soviético em Helsínquia e cruzar a fronteira finlandesa-soviética, chegando a Moscovo, a 16 de Outubro. Oswald quase que imediatamente informou a seu guia da agência de viagens o desejo de se tornar cidadão soviético. Ao ser informado em 21 de Outubro que sua requisição de cidadania havia sido negada, ele cortou o pulso direito na banheira de seu quarto de hotel. Após tratar o ferimento superficial, os soviéticos o mantiveram sob observação psiquiátrica no hospital.

Em 31 de Outubro, Oswald visitou a embaixada dos Estados Unidos em Moscovo, dizendo que queria renunciar a sua cidadania americana. Relatou então a oficiais soviéticos que servira como operador de radar no Corpo de Fuzileiros, e que teria informações que seriam do interesse deles. Quando o Departamento de Marinha dos E.U.A. foi alertado do facto, mudou o certificado de dispensa de Oswald de "honorável" para "indesejável". Embora quisesse permanecer em Moscovo e frequentar a Universidade Estatal, Oswald foi mandado para Minsk, capital da então República Socialista Soviética da Bielorrússia. Foi empregado como operador de torno mecânico na fábrica de electrónicos Gorizon, indo morar no apartamento subsidiado e totalmente mobiliado pela empresa e recebendo, além de seu salário, benefícios da Sociedade Russa da Cruz Vermelha. Durante sua estadia de 30 meses em Minsk, Oswald ficou sob vigilância constante da KGB. Em Janeiro de 1961, supostamente entediado com as opções limitadas de diversão na cidade, começou a negociar com a embaixada dos E.U.A. em Moscovo, o seu regresso ao seu país natal.

Na mesma época, Oswald conheceu Marina Prusakova no baile. A estudante de farmácia de 19 anos, oriunda de uma família de Leningrado, estava morando então com seus tios em Minsk. Lee e Marina casaram-se em 30 de Abril de 1961, menos de seis semanas após se terem conhecido. Seu primeiro filho, June, nasceu em 15 de Fevereiro de 1962. Depois de quase um ano de burocracia e espera, em 1 de Junho de 1962 a jovem família deixou a União Soviética e partiu em direcção aos Estados Unidos.

Curiosidade: Mesmo antes dos incidentes de 22 de Novembro de 1963, Oswald ganhou notoriedade na imprensa dos E.U.A. como o americano que havia desertado para a U.R.S.S. e voltado.

Regresso aos Estados Unidos

De volta aos Estados Unidos, os Oswalds mudaram-se para a região de Dallas/Fort Worth, onde a mãe e o irmão de Lee moravam. Ele tentou escrever nas suas memórias, comentários sobre a vida soviética no pequeno manuscrito chamado "The Collective", mas logo desistiu da ideia. Sua procura por retorno literário no entanto o colocou em contacto com uma comunidade fechada de imigrantes russos anticomunistas. Enquanto o beligerante e arrogante Oswald era meramente tolerado, eles simpatizaram com Marina, em parte por ela estar no país estrangeiro sem qualquer conhecimento de inglês (que seu marido se recusou a ensiná-la, dizendo que não queria esquecer russo) e também por Oswald ter começado a espancá-la. Por não demonstrar que abandonaria o marido, os imigrantes russos desistiram de ajudá-la pouco tempo depois. Em Outubro de 1962, Oswald começou a trabalhar na empresa de artes gráficas Jaggars-Chiles-Stovall, onde provavelmente utilizou equipamento fotográfico e tipográfico para criar documentos falsificados, incluindo alguns em nome de seu pseudónimo, Alek James Hidell. Acusado de ineficiência, falta de atenção e precisão no trabalho e rudeza com os colegas, Oswald foi demitido na primeira semana de Abril de 1963.

Oswald assassinou o Presidente Kennedy

Oswald foi preso sob suspeita de ter matado o oficial de polícia J. D. Tippit, sendo posteriormente ligado ao assassinato do presidente Kennedy. De acordo com investigações do governo dos Estados Unidos, Oswald atirou contra John F. Kennedy e duas outras pessoas às 12h 30m da tarde de 22 de Novembro de 1963, resultando na morte de Kennedy. O relatório da Comissão Warren, divulgado em 1964, concluiu que as balas foram disparadas de uma carabina italiana calibre 6.5 mm que Oswald empunhou de uma janela no sexto andar do depósito de livros onde trabalhava, enquanto a comitiva do presidente passava pela Dealey Plaza em Dallas. Apesar das acusações, Oswald negou qualquer responsabilidade pelos crimes. Dois dias depois, em 24 de Novembro de 1963, enquanto era transferido sob custódia policial da cadeia municipal para a cadeia estadual, Oswald foi baleado e mortalmente ferido por Jack Ruby, gerente de casas de prostituição com ligações à máfia, de origem judaica e militante do Partido Democrata.
[video=youtube;0xU7Lhd7Wwo]https://www.youtube.com/watch?v=0xU7Lhd7Wwo[/video]
Oswald assassinado por Jack Ruby na frente de jornalistas, polícias e da televisão ao vivo. Foi o primeiro
assassinato transmitido ao vivo na História, e causou grande comoção nacional.

Jack Ruby alegou razões passionais para cometer o crime, e diz que pensou que seria visto como herói nacional. De facto, jornalistas e testemunhas presentes à cena do crime aplaudiram quando ficaram a saber que Oswald tinha sido baleado. Mas Ruby foi condenado à pena capital. No entanto, nunca chegou a ser executado: morreu em 1967, vítima de cancro, enquanto esperava pela sua execução.

Até hoje não há qualquer evidência de que Ruby tenha feito parte de uma conspiração: ao que tudo indica, agiu sozinho (exactamente como Oswald, segundo algumas versões dos factos). Ruby sempre foi visto por familiares, empregados e amigos como emocionalmente instável, e mentalmente insano.

Lee Harvey Oswald encontra-se enterrado no cemitério de Fort Worth, no Texas, ao lado da sua mãe (que faleceu em 1981). Chegou a ser exumado da sua cova, quando alguns investigadores e a imprensa duvidaram que a pessoa ali enterrada fosse de facto, Oswald. Mas exames comprovaram sem margem de dúvida, que era ele que ali estava sepultado. Em 1964, a Warren Commission concluiu que Lee Harvey Oswald agiu sozinho no assassinato do Presidente Kennedy, conclusão alcançada posteriormente por investigações do FBI e do Departamento de Polícia de Dallas.
 
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Principais Suspeitas e Testemunhas do Assassinato de Kennedy?

A Máfia por trás do assassinato de Kennedy?

Jacob Rubenstein, nasceu em Chicago, no dia 25 de Março de 1911, e era dono de uma boate em Dallas. Tornou-se famoso por assassinar Lee Harvey Oswald, suspeito do assassinato de John F. Kennedy, protagonizando o primeiro assassinato ao vivo na TV. Mudou o seu nome para Jack Leon Ruby em Dezembro de 1947. Faleceu em Dallas, no dia 3 de Janeiro de 1967, vítima de cancro no pulmão. Encontra-se sepultado no Cemitério Westlawn, na cidade de Norridge, no Condado de Cook, no Estado de Illinois.
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Jack Ruby chegou a ser condenado à morte no seu primeiro julgamento, em 1964. Tendo recorrido da sentença, aguardava nova decisão quando sobreveio sua morte. As razões de Ruby para o assassinato não ficaram claras. Teorias conspiratórias o ligam à Máfia e a grupos ligados ao assassinato do presidente John Kennedy. Após sua prisão, Ruby chegou a declarar que agira sozinho, com o propósito de vingar a morte de Kennedy e evitar que sua esposa fosse obrigada a testemunhar no julgamento de Oswald.
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Uma testemunha com o nome de Julia Ann Mercer identificou Jack Ruby e alegou tê-lo visto, próximo ao local do assassinato agindo de forma suspeita. Julia estava presa no engarrafamento, encontrando-se parada ao lado de um camião pick-up estacionado. Ela viu um homem jovem, carregando o que parecia ser um rifle desmontado, e ao lado dele, vinha o motorista, Jack Ruby. Ela relatou tudo o que tinha visto para o FBI. O escritório do xerife da Comissão de Warren entrou com uma declaração autenticada afirmando que Mercer não foi capaz de identificar o condutor. Após isto, Julia Ann Mercer alegou que sua assinatura e depoimento haviam sido forjados. A suspeita é que Ruby matou Oswald e o fez com que parecesse patriota de sua parte, quando na verdade teria sido suspeito da conspiração do assassinato de Kennedy.

Howard Hunt: Agente Secreto da CIA.

Everette Howard Hunt, nascido em Hamburg, Nova Iorque, no dia 9 de Outubro de 1918, foi um espião norte-americano, conhecido pelo caso Watergate. Howard Hunt iniciou a sua carreira durante a Segunda Guerra Mundial como oficial da marinha. Ao ser ferido redireccionou a sua actuação, entrando ao serviço da OSS, o serviço de espionagem que daria origem à CIA. Curiosamente era também escritor, tendo publicado romances nos anos 40.
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Em 1950, Howard Hunt chefiou a antena da CIA na Cidade do México. Participou em operações na Guatemala e na invasão da Baía dos Porcos, a fracassada tentativa de derrubar Fidel Castro. Entre Maio e Junho de 1972 comandou uma operação que visava instalar escutas ilegais na sede do comité nacional do Partido Democrata. Esta tentativa acabou no escândalo que ficou conhecido por Caso Watergate (nome do edifício em Washington onde ocorreu o assalto). Por este delito Howard Hunt foi condenado a 33 meses de prisão.

Na mesma época, a sua esposa faleceu num acidente de viação, com 45 vítimas mortais, levando na mala 10.000 dólares. Richard Nixon demitiu-se em Agosto de 1974, sendo até agora o único presidente americano obrigado a fazê-lo. Depois do escândalo Watergate, dedicou-se a escrever livros de espionagem durante seis horas diárias. Concluiu 80 volumes. Faleceu aos 88 anos, em consequência de uma pneumonia, no dia 23 de Janeiro de 2007, em Miami, na Florida.

No seu leito de morte, Howard Hunt, membro importante da CIA, confessou a autêntica trama que envolve este magnicídio: Segundo Hunt, Lyndon B. Johnson, o 36.º presidente dos Estados Unidos, foi o autor intelectual do assassinato, ansioso de conseguir o poder após dois anos como vice-presidente e vendo como as possibilidades de suceder a Kennedy se desvaneciam. O assassinato foi planeado por alguns agentes da CIA que estariam contra Kennedy, como o próprio Howard Hunt ou Cord Meyer, cuja esposa tinha alegadamente um namorico com o então presidente. O franco-atirador seria um assassino a soldo da CIA proveniente da Máfia Corsa apelidado Luciano Sarti.
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Luciano Sarti (1931-1972)
 
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Conspiração Global?

Existem inúmeras teorias conspiratórias por detrás do assassinato de Kennedy, envolvendo organizações de espionagem como:
- CIA,
- FBI,
- Máfia Americana,
- Mossad Israelita,
- Director do FBI, J. Edgar Hoover,
- Richard Nixon,
- Lyndon B. Johnson,
- Fidel Castro,
- Grupos Anticastristas,
- Federal Reserve,
- Complexo Industrial-Militar,
- Representantes das grandes corporações,
Ou a combinação de várias dessas entidades e indivíduos.

Uma versão popular da conspiração afirma que o Presidente Kennedy pretendia reduzir os gastos militares na Guerra contra o Vietname, pondo fim à intervenção militar dos Estados Unidos nesse país. Em retaliação, os conspiradores, Lyndon B. Johnson e o FBI emboscaram Kennedy na Deeley Plaza no Texas. Mais tarde, culparam um homem que supostamente era inocente: Lee Harvey Oswald foi culpado do assassinato! Depois de ter sido espancado e torturado, Lee Harvey continuou a aclamar a sua inocência, sem ter acesso a um advogado.

Também consta-se que o FBI tentou encobrir o seu envolvimento no assassinato permitindo que um mafioso chamado Jack Ruby assassinasse Oswall ao vivo para as câmaras. O relatório da Comissão Warren afirma que Lee Harvey era culpado, e Lyndon B. Johnson dá por encerrada a investigação ao assassinato de JFK.
 
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John Fitzgerald Kennedy (1917-1963)

John Fitzgerald Kennedy, nasceu em Brookline, no Massachusetts, no dia 29 de Maio de 1917. Foi o primeiro presidente católico dos E.U.A., descendente de irlandeses.
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John Fitzgerald Kennedy (1917-1963), 35º Presidente dos E.U.A.
(1961-1963).

Eleito em 1960, Kennedy tornou-se o segundo mais jovem presidente de seu país, depois de Theodore Roosevelt. Foi Presidente de 1961 até seu assassinato em 1963. Durante seu governo houve a Invasão da Baía dos Porcos, a Crise dos Mísseis de Cuba, a construção do Muro de Berlim, o início da Corrida Espacial, a consolidação do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos e os primeiros eventos da Guerra do Vietname. É considerado uma das grandes personalidades do século XX. Muitos viram em Kennedy um ícone das esperanças e aspirações americanas, e em algumas pesquisas no país ele ainda é valorizado como um dos melhores presidentes da história da nação. O seu assassinato foi um choque para a nação.
 
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Robert Francis Kennedy (1925-1968)

Robert Francis Kennedy nasceu em 20 de Novembro de 1925, sendo apelidado de Bobby e também RFK. Foi Ministro da Justiça dos E.U.A. de 1961 até 1964, tendo sido um dos primeiros a combater a Máfia. Mais tarde, foi Senador por Nova Iorque de 1965 até seu assassinato em Junho de 1968.
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Robert Francis Kennedy (1925-1968).

No início de 1968, Robert Kennedy anunciou a sua campanha para ser nomeado candidato à presidência pelo Partido Democrata. Kennedy vence McCarthy numa decisiva eleição primária da Califórnia, que o colocaria como sério candidato a presidência, mas os disparos de Sirhan Sirhan, logo após a vitória na eleição primária, encerraram o sonho de Kennedy, que tinha apenas 42 anos, de suceder ao seu irmão.
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Sirhan Bishara Sirhan, nascido em
Jerusalém, a 19 de Março de 1944,
foi o assassino confesso do senador
Robert Francis Kennedy.

O senador foi atingido por dois tiros no dia 5 de Junho de 1968, na cozinha do Hotel Ambassador, em Los Angeles, na Califórnia, após encerrar um discurso para centenas de partidários em comemoração à sua vitória nas eleições primárias do Partido Democrata na Califórnia, na sua campanha à presidência dos Estados Unidos. Robert Kennedy morreu na manhã seguinte ao atentado, no dia 6 de Junho.

O motivo para assassinar o senador Kennedy teria sido uma retaliação ao apoio dos Estados Unidos a Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Nunca houve prova de que Sirhan fizesse parte de algum grupo terrorista palestiniano que lutava contra a ocupação israelita da Palestina. Anos antes do assassinato, ele escreveu um longo diário, que relatava sua vida pessoal e o planeamento para matar Robert Kennedy, que ficou conhecido como "O Diário de Sirhan Sirhan". Sirhan foi condenado à morte na câmara de gás em 1969, mas a pena foi comutada em prisão perpétua enquanto aguardava execução, graças à decisão da justiça da Califórnia de anular todas as sentenças capitais proferidas antes de Fevereiro de 1972, abolindo a pena de morte no Estado.
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Actualmente Sirhan cumpre pena na Penitenciária
Estadual de Corcoran, na Califórnia.
 
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Investigação de Robert Kennedy

Após a morte do seu irmão, Robert Kennedy concorre às eleições, prometendo que se chegar a presidente, terminaria com a guerra no Vietname, pois Lyndon Johnson como Presidente dos E.U.A., já tinha enviado em 1968 mais de 500.000 soldados norte-americanos para o Vietname. Mas antes disso, Robert tentou investigar a morte do seu irmão, temendo uma grande conspiração. Teve conhecimento que o dono de uma loja de carros, Albert Guy Bogard, afirmou que Oswald esteve na sua loja uns dias antes do assassinato do presidente JFK. Depois de dizer ao dono da loja de carros que iria matar o presidente, saiu dirigindo o carro feito um louco.

Curiosidade: Oswald não sabia dirigir e dias depois o dono da loja foi encontrado morto.

No seu livro "Brothers", o escritor norte-americano David Talbot, relata investigações de Bob Kennedy sobre a participação da CIA junto com o submundo de Miami de espiões, gangsteres e militantes cubanos, no assassinato de seu irmão. No artigo de Talbot, o autor destaca: "Crescentes evidências comprovam que ele estava na trilha certa antes de também ser assassinado".

Um dos mais intrigantes mistérios sobre o assassinato de John F. Kennedy é porque seu irmão Robert F. Kennedy aparentemente não fez nada para investigar o crime. Bobby Kennedy era afinal, não apenas o Secretário de Justiça dos Estados Unidos no momento do assassinato, como era o parceiro mais devotado de seu irmão. Mas depois que os tiros no centro de Dallas em 22 de Novembro de 1963 encerraram essa parceria única, Bobby Kennedy parecia perdido na perplexidade e luto, recusando-se a discutir o assassinato com a Comissão Warren e dizendo aos amigos que não tinha ânimo para uma investigação agressiva.

Mas Bobby Kennedy era um homem complexo, e seus anos em Washington o tinham ensinado a manter seu próprio escrutínio e a proceder de um modo discreto. O que ele disse em público sobre Dallas não era a história completa. Privadamente, RFK que tinha construído sua reputação nos anos 50 como um incansável investigador dos porões do poder americano, estava consumido pela necessidade de saber a verdadeira história sobre o assassinato de seu irmão. Este fervor o tomou na tarde de 22 de Novembro, assim que o chefe do FBI J. Edgar Hoover, um implacável inimigo político, lhe telefonou para informar que o presidente havia sido baleado. E a questão de quem matou seu irmão continuou a perseguir Robert Kennedy até o dia que também ele foi abatido a tiros, em 5 de Junho de 1968.

Por causa de seu modo de operar em segredo, RFK não deixou um registo documentado de seus inquéritos sobre o assassinato de seu irmão. Na tarde do dia 22 de Novembro, Robert Kennedy faz telefonemas da sua mansão de Hickory Hill, e convoca assessores e autoridades do governo. Empenhado em investigar a fundo o assassinato do seu irmão, Bobby Kennedy reconstruiu as linhas mestras do crime nesse dia: um crime, que imediatamente concluiu, que ia muito além de Lee Harvey Oswald, o ex-marine de 24 anos de idade, preso pouco depois do assassinato. Robert Kennedy foi o primeiro teórico da conspiração de assassinato de JFK da América.

As fontes da CIA começaram a disseminar sua própria visão conspiratória do assassinato de Kennedy horas após o crime, culpando Oswald pela sua ligação à União Soviética e o seu apoio público a Fidel Castro. Em Nova Orleães, uma organização de notícias anti-Castro divulgou uma gravação de Oswald defendendo o ditador barbudo. Em Miami, o Directório dos Estudantes Cubanos (um grupo de exilados financiado secretamente por um programa da CIA de cognome Amspell), disse a repórteres sobre as ligações de Oswald com o Comité por uma Relação Justa com Cuba, pró-Castro.

Mas Robert Kennedy nunca acreditou que o assassinato fosse um complô comunista. Em vez disso, olhou na direcção oposta, focando suas suspeitas nas operações ocultas da CIA anti-Castro, um submundo obscuro que ele havia navegado como o ponta-de-lança de seu irmão quanto a Cuba. Ironicamente, as suspeitas eram compartilhadas pelo próprio Castro, a quem ele tinha buscado derrubar durante a presidência de Kennedy. O que estava determinado é que o secretário de Justiça estaria no comando da guerra clandestina contra Castro: outra desgastante tarefa que JFK lhe deu, após a desastrosa performance da agência de espionagem na Baía dos Porcos em Abril de 1961.

Mas conforme ele tentou estabelecer controlo sobre as operações da CIA e juntar os turbulentos grupos de exilados cubanos numa frente progressista unificada, Bobby aprendeu que o mundo anti-Castro era um pântano de intrigas. Trabalhando a partir de uma ampla estação da CIA em Miami de nome em código de JM/WAVE, que era a segunda maior depois do Quartel General da CIA em Langley na Virgínia, a agência havia recrutado um exército ilegal de militantes cubanos para lançar ataques contra a ilha e até mesmo contratou pistoleiros da Máfia para assassinar Fidel Castro: incluindo chefões como Johny Rosseli, Santo Trafficante e Sam Giancana, a quem, como chefe do Comité do Senado sobre o sindicalismo amarelo no final dos anos 50, tinha investigado. Era um superaquecido ecossistema que estava unido não apenas por sua febril oposição ao regime de Castro, mas também pelo seu ódio pelos Kennedys, que eram vistos como traidores por falhar em usar o poderio militar total dos Estados Unidos contra o posto avançado comunista em Cuba.

O Submundo de Miami

É nesse submundo de Miami de espiões, gângsteres e militantes cubanos que Robert Kennedy imediatamente lança suas suspeitas em 22 de Novembro. Nos anos que se seguiram ao assassinato do próprio Robert Kennedy, um impressionante corpo de provas acumulou-se indicando porque Kennedy se sentiu compelido a olhar nessa direcção. As provas de testemunhos ao congresso, documentos governamentais desclassificados, mesmo confissões veladas, continuam a emergir até a data mais recente, embora largamente não noticiadas.

A mais recente revelação veio de um espião legendário, E. Howard Hunt, antes de sua morte em Janeiro. Hunt ofereceu o que pode ser o último testamento sobre o assassinato de JFK por alguém com conhecimento directo do crime. Nas suas memórias póstumas publicadas, o espião americano Hunt especula que a CIA poderia ter estado envolvida no assassinato de Kennedy. E em anotações manuscritas e uma fita gravada que ele deixou, o espião foi mais longe, revelando ter sido convidado em 1963 para uma reunião no esconderijo da CIA em Miami, sendo discutido os pormenores do assassinato de Kennedy. Bobby Kennedy sabia que ele e seu irmão tinham feito inimigos políticos. Mas os cubanos anti-castro da Florida, bem como a CIA, odiavam Kennedy por não ter dado apoio as suas tropas que combatiam na Baia dos Porcos com os guerrilheiros de Fidel Castro. Ao não autorizar o envio da Força Aérea dos E.U.A. e dos Marines, sentiram-se traídos pelo presidente, daí a sua inimizade.
 
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A Invasão da Baía dos Porcos!

A Invasão da Baía dos Porcos foi uma tentativa frustrada de invadir o sul de Cuba por forças de exilados cubanos anticastristas formados pelos Estados Unidos. Com o apoio das forças armadas americanas, treinados e dirigidos pela CIA, os exilados cubanos tentaram invadir Cuba em Abril de 1961, para derrubar o governo do líder cubano Fidel Castro.

O plano foi lançado em Abril de 1961, menos de três meses depois de John F. Kennedy ter assumido a Presidência dos Estados Unidos. A arriscada acção terminou em fracasso. As forças armadas cubanas, treinadas e equipadas pelas nações do Bloco do Leste, derrotaram os combatentes do exílio em três dias e a maior parte dos agressores se rendeu. O ataque a baía dos porcos fazia parte da chamada "Operação Mangusto", que tinha como objectivo derrubar o recém-formado governo comunista e assassinar o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro. Depois de três dias de combates, os invasores foram vencidos e Fidel declarou vitória sobre o imperialismo americano.
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Fidel Castro já esperava um ataque directo à ilha, tendo sido alertado previamente por Che Guevara, que presenciara um ataque semelhante durante a revolução ocorrida na Guatemala. Com a invasão iminente, Fidel anunciou em discurso no dia 16 de Abril de 1961, pela primeira vez, o carácter socialista da revolução e no dia seguinte, teve início o ataque à ilha, na Praia de Girón, localizada na Baía dos Porcos.

Através da CIA, o governo norte-americano treinou 1297 exilados cubanos, a maioria deles baseados em Miami, para destituir o governo de Fidel Castro. Como o planeado apoio da Força Aérea Americana fora vetado pelo presidente Kennedy, temendo envolver o governo dos Estados Unidos de forma institucional e aberta, a operação foi lançada com pouco apoio logístico dos Estados Unidos e acabou fracassando. Fidel Castro, temendo uma nova invasão americana, decidiu apoiar a ideia russa de instalar mísseis nucleares no seu país, o que precipitaria numa nova crise na região, desta vez com proporções bem maiores.

Mais tarde, quando o presidente Kennedy encerrou a Crises dos Mísseis de Cuba, de Outubro de 1962, sem invadir a ilha de Cuba, a CIA e os cubanos anticastristas viram no Kennedy, não um estadista, mas outra crise de nervos. Na Miami cubana, eles falavam da segunda derrota. Esses sentimentos anti-Kennedy, às vezes vociferados acaloradamente na cara de Bobby, ressoavam entre os parceiros da CIA na guerra secreta contra Castro. Outro inimigo declarado, os chefões da Máfia, reclamavam que as suas lucrativas franquias de jogo e prostituição em Havana foram fechadas pela Revolução de Fidel Castro, e sentiam-se profundamente prejudicados com a guerra sem quartel do Departamento de Justiça de Kennedy contra o crime organizado.
 
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Robert Kennedy enfrenta a CIA!

Após tomar conhecimento de que seu irmão tinha morrido no Hospital Parkland Memorial, em Dallas, Robert Kennedy telefonou para a CIA. Pondo uma alta autoridade no telefone – cuja identidade ainda é desconhecida – Kennedy o confrontou numa voz vibrante de fúria e dor: "Os seus esquadrões têm alguma coisa a ver com esse horror?", explodiu Robert Kennedy.

Naquele dia mais tarde, RFK convocou o próprio director da CIA, John McCone, para lhe perguntar a mesma questão. McCone, que tinha substituído o lendário Allen Dulles, depois que o velho mestre da espionagem tinha sido forçado andar na prancha por conta da Baía dos Porcos, jurou que sua agência não estava envolvida. Mas Kennedy sabia que McCone, um rico empresário republicano da Califórnia sem nenhuma experiência em espionagem, não tinha um firme domínio de todos os aspectos da actuação da agência. O verdadeiro controlo sobre o serviço clandestino girava em torno do homem nº 2: Richard Helms, o astuto burocrata cuja carreira de espionagem remontava às origens da agência no OSS na II Guerra Mundial. Richard Helms era quem comandava a agência.
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Richard McGarrah Helms (1913-2002) Director da CIA de 1966 a 1973. Foi
o único director da CIA que foi condenado por mentir ao Congresso sobre
actividades clandestinas da CIA. Em 1977, foi condenado a pagar uma multa
e recebeu uma sentença de dois anos de prisão.

Em 1972, Helms esteve ligado ao Projecto MKULTRA, no qual mais de 150 pesquisas foram pagas pela CIA com o objectivo de criar e desenvolver técnicas de tortura e controle da mente. MKULTRA foi o nome de código dado a um programa ilegal e clandestino de experiências em seres humanos, feito pela CIA. As experiências em seres humanos visavam identificar e desenvolver drogas e procedimentos a serem usados em interrogatórios e tortura, visando debilitar o indivíduo para forçar confissões por meio de controlo de mente. As drogas utilizadas, todas do tipo drogas psicoactivas, incluíram Mescalina, LSD e outras.
[video=youtube;dYON9mKMIGw]https://www.youtube.com/watch?v=dYON9mKMIGw[/video]
O Projeto MKULTRA tornou-se público quando o jornal New York Times publicou informações sobre o mesmo. A total extensão do MKULTRA jamais foi tornada pública e pode ser que jamais venha a ser conhecida.

Robert Kennedy teve outra reveladora conversa por telefone na tarde de 22 de Novembro. Falando com Enrique "Ruiz" Williams, um veterano da Baía dos Porcos que era o seu aliado mais confiável entre os líderes políticos exilados, Bobby chocou seu amigo ao lhe perguntar directamente, se alguém da sua equipa esteve envolvido no assassinato do seu irmão. Mas o seu amigo respondeu que Oswald tinha sido preso em Dallas, pelo assassinato do presidente. A CIA e seus grupos clientes anticastristas estavam tentando ligar o alegado assassino ao regime de Havana.

Existem rumores de que Bobby Kennedy tinha ouvido o nome de Lee Harvey Oswald muito antes de ter conhecimento do assassinato do seu irmão nos boletins de notícias, e ele ligou esse nome à guerra secreta contra Castro. Com Oswald preso em Dallas, Bob Kennedy ao que parece compreendeu que a campanha clandestina contra Castro se tinha voltado, como um bumerangue, contra seu irmão.
 
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Robert Kennedy enfrenta a Máfia Americana!

A ligação a Chicago!

Naquela tarde, Kennedy mirou a Máfia. Ele telefonou para Julius Draznin em Chicago, um especialista do Escritório Nacional de Relações Trabalhistas em corrupção em sindicatos, pedindo-lhe para procurar por uma possível relação da Máfia em Dallas. Mais importante, o secretário da Justiça accionou Walter Sheridan, seu principal investigador do Departamento de Justiça, localizando-o em Nashville, onde Sheridan estava esperando pelo julgamento do líder dos camionistas, Jimmy Hoffa. Se Robert Kennedy tinha qualquer dúvida sobre o envolvimento da Máfia na matança de seu irmão, ela rapidamente desapareceu quando, dois dias após JFK ter sido abatido a tiros, o proprietário de uma boite, Jack Ruby, abriu seu caminho entre os repórteres na estação de polícia de Dallas e disparou mortalmente contra Lee Harvey Oswald. Sheridan rapidamente obteve provas de que Jack Ruby havia sido pago em Chicago por um colaborador próximo de Hoffa. Sheridan reportou que Ruby tinha recebido dinheiro com Allen M. Dorfman, o conselheiro chefe de Hoffa, no Fundo de Pensões e Empréstimos dos Camionistas, e enteado de Paul Dorfman, o chefão sindical que era o principal vínculo com a Máfia de Chicago.

Poucos dias mais tarde, Draznim, o principal homem de Kennedy, em Chicago, conseguiu provas adicionais sobre o histórico de Jack Ruby como cobrador da Máfia, providenciando um detalhado relatório das actividades de Ruby de extorsão dos sindicatos e sua propensão pela violência armada. Os registos telefónicos posteriores de Jack Ruby ligavam-no mais ainda ao caso Kennedy. A lista dos homens a quem Ruby telefonara por volta da hora do assassinato, disse RFK mais tarde ao assessor Frank Mankiewicz, era "quase uma cópia do pessoal que eu chamei para testemunhar perante o Comité sobre o crime organizado".
 
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Mensagem a Moscovo

Conforme os membros da família e amigos íntimos se reuniram na Casa Branca no fim-de-semana após o assassinato para o funeral do presidente, um sentimento envolvido num rouco lamento irlandês tomou conta da mansão executiva. Mas Bobby não participou na dolorosa tradição da família. Recurvado e sem dormir ao longo do fim-de-semana, ele meditou sozinho sobre o assassinato de seu irmão.

De acordo com uma narração de Peter Lawford, o actor e cunhado de Kennedy que estava lá naquele fim-de-semana, Bobby disse aos membros da família que JFK tinha sido morto por um complô poderoso que cresceu no meio das operações secretas anticastristas do governo. Não havia nada que eles pudessem fazer naquele ponto, já que eles estavam enfrentando um inimigo formidável e não controlavam mais o governo. A Justiça teria de esperar até que os Kennedys pudessem retomar a Casa Branca, essa foi a intenção de Robert Kennedy de tentar conquistar a presidência, nas eleições.

Uma semana após o assassinato, Bobby e a viúva de seu irmão, Jacqueline Kennedy, que compartilhava as suspeitas dele sobre Dallas, enviaram uma surpreendente mensagem secreta a Moscovo através de um emissário de confiança da família, de nome William Walton. Walton,um correspondente de guerra da revista Time que se reinventou como um gay boémio de Georgetown, tinha crescido junto tanto de JFK quanto de Jackie, nos dias tranquilos antes que se mudassem para a Casa Branca. Mais tarde, o primeiro casal deu-lhe um papel não pago no governo, indicando-o presidente da Fine Arts Comission, mas isso era principalmente uma desculpa para fazer dele um convidado frequente da Casa Branca e um confidente.

Após o assassinato de JFK, o irmão do presidente e sua viúva pediram a Walton para seguir em frente, como planeado, com uma viagem de intercâmbio cultural à Rússia, onde ele deveria encontrar artistas e ministros, e transmitir uma mensagem urgente ao Kremlin. Logo depois de chegar à fria Moscovo, lutando contra uma gripe, Walton encontrou-se no restaurante Sovietskaya com Georgi Bolshakov, um agitado e rechonchudo agente soviético com quem Bobby tinha estabelecido em Washington um canal confidencial de relacionamento. Walton deixou o russo atónito ao lhe dizer que os Kennedys acreditavam que Oswald era parte de uma conspiração. Eles não achavam que nem Moscovo nem Havana estavam por trás do complô. Walton assegurou a Bolshakov, que era uma grande conspiração doméstica. O irmão do presidente estava determinado a entrar na arena política e eventualmente concorrer à Casa Branca. Se RFK tivesse sucesso, Walton confidenciou, ele retomaria a missão de seu irmão por uma détente com os soviéticos. A missão de Walton ficou perdida para a história. Mas é mais uma reveladora narrativa que lança luz sobre a vida secreta de Bobby Kennedy entre o assassinato de seu irmão e seu próprio fim violento menos de cinco anos mais tarde.
 
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Conclusão do Inquérito de Roberto Kennedy!

Ao longo dos anos, Kennedy ofereceria um insípido e rotineiro endosso do Relatório Warren e sua teoria do atirador solitário. Mas privadamente, ele repeliu o relatório como nada mais que um exercício de relações públicas voltado para tranquilizar o público. E por trás da cena, continuou a trabalhar assiduamente para desvendar o assassinato de seu irmão, em preparação para a reabertura do caso se ele chegasse a ganhar o poder para fazê-lo.

Bobby guardou provas médicas da autópsia de seu irmão, incluindo o cérebro de JFK e amostras dos tecidos, que poderiam se provar importantes numa investigação futura. Ele também considerou apoderar-se da limousine presidencial Lincoln manchada de sangue e recheada de balas que tinha conduzido seu irmão em Dallas, antes que a limousine pudesse ser limpa de provas e reparada. Boby recrutou seu investigador-chefe, Walt Sheridan, para sua busca secreta: o ex-agente do FBI e camarada católico irlandês que Bobby chamava de seu "Anjo Vingador". Mesmo depois de deixar o Departamento de Justiça em 1964, quando foi eleito senador por Nova Iorque, Kennedy e Sheridan davam uma escapada para explorar os arquivos sobre o caso. E logo depois de sua eleição, Kennedy viajou para a Cidade do México, onde juntou informações sobre a misteriosa viagem de Oswald para lá em Setembro de 1963.

Em 1967, Sheridan foi a Nova Orleães para inteirar-se da investigação de Jim Garrison, para ver se o extravagante promotor realmente tinha desvendado o caso JFK. (Sheridan estava trabalhando com produtor de noticiário da NBC naquele tempo, mas ele retornou a RFK, dizendo-lhe que Garrison era uma fraude). E Kennedy pediu ao seu secretário de imprensa, Frank Mankiewickz, para começar a colher informação sobre o assassinato para o dia em que eles pudessem reabrir a investigação. (Mankiewickz mais tarde disse a Bobby que sua pesquisa o levara a concluir que fora provavelmente um complô envolvendo a Máfia, exilados cubanos e agentes renegados da CIA).

O próprio Robert Kennedy achou doloroso discutir teorias conspiratórias com os ardentes investigadores. Mas no seu gabinete de senador, encontrou-se com um editor de jornal de uma pequena cidade do Texas, de nome Penn Jones Jr., que acreditava que JFK tinha sido vítima de um complô da CIA e Pentágono. Bobby o escutou e depois mandou seu motorista levar Jones até ao Cemitério de Arlington, onde este queria visitar o túmulo de seu irmão.

No final de Março de 1968, durante sua heróica e condenada disputa pela presidência, ao comparecer a uma tumultuada manifestação no lado de fora do campus de Northridge, na Califórnia, quando alguns estudantes começaram a gritar a questão que Bobby sempre temera: "Queremos saber quem matou o Presidente Kennedy!", proclamou uma jovem, enquanto outros começaram a gritar: "Abram os arquivos!". Mas Kennedy respeitava os estudantes universitários e suas paixões, e tinha o hábito de se dirigir às audiências nos campus com surpreendente honestidade. Não quis simplesmente se desviar da pergunta nesse dia com seu comportamento padrão. Então, embora cumprindo a obrigação de endossar o Relatório Warren como sempre fazia, ele foi além: "Vocês querem-me perguntar sobre os arquivos? Eu estou certo, como lhes disse antes, que os arquivos serão abertos". A multidão saudou e aplaudiu. "O que eu posso dizer", continuou Bobby Kennedy, "e eu já respondi essa pergunta antes, é que não há ninguém mais interessado em todas essas questões de quem foi responsável pela morte do Presidente Kennedy, que eu". O secretário de imprensa de Kennedy, Frank Mankiewickz, há muito acostumado a ver Kennedy driblar a pergunta, ficou atónito com a resposta. Foi como se ele de repente tivesse deixado escapar a verdade, ou um modo de encerrar qualquer questionamento posterior.


Robert Kennedy não viveu o bastante para elucidar o assassinato de seu irmão. Mas quase 40 anos após seu próprio assassinato, um crescente corpo de evidências sugere que Robert Kennedy estava na trilha certa antes que também ele fosse abatido. Apesar de suas contorções verbais em público, Bobby Kennedy sempre soube que a verdade sobre Dallas era importante, e continua a ser até agora.
 
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Assassinato de Kennedy: Vitória da Teoria da Conspiração!

O assassinato de John Kennedy marcou o início da época de dúvidas nos E.U.A., que continua até hoje. Em conformidade com pesquisas da opinião pública, ainda hoje mais da metade dos americanos consideram que o 35º presidente foi alvo de conspiração. O silêncio misterioso das autoridades e o facto de elas defenderem com ardor uma versão do assassino solitário, apenas estão empurrando as pessoas para o lado de teorias de conspiração.

A primeira investigação do assassinato de John Kennedy foi efectuada logo após a tragédia em 1964. Uma comissão presidida por Earl Warren, então à frente da Corte Suprema dos E.U.A., anunciou que Lee Harvey Oswald, autor do crime, actuava sozinho. Como era habitual, os americanos acreditaram nas palavras das personalidades oficiais. Eles começaram a duvidar só no limiar dos anos 60 e 70, assim afirma o jornalista David Talbot, autor do livro "Brothers: The Hidden History of the Kennedy Years": "Após 13 anos do assassinado do presidente John Kennedy, a verdade sobre aqueles acontecimentos terríveis começou a sair à superfície. Foi o resultado da crise política nos Estados Unidos por causa da guerra no Vietname e devido ao escândalo de Watergate durante a presidência de Nixon. A crise levou à cisão do próprio sistema e a verdade começou a infiltrar-se nas fendas provocadas". As pessoas exigiam a verdade. Por isso, o 38º presidente dos EUA, Gerald Ford, deliberou iniciar uma nova investigação sob a orientação da Câmara dos Representantes dos E.U.A. Segundo as suas conclusões, John Kennedy foi morto em resultado de uma conspiração, enquanto Lee Harvey Oswald foi apontado como simples executor. Os nomes dos conspiradores não foram referidos, e portanto, autores de pesquisas privadas começaram a propor suas versões.

Houve teorias de que o crime tinha sido encomendado pela Máfia:

- O presidente lutava activamente contra a criminalidade organizada e a sua recusa a derrotar Fidel Castro levou a perdas enormes da Máfia em Cuba.

- Magnatas petrolíferos também se manifestavam contra o presidente. Kennedy pretendia anular franquias fiscais sobre o esgotamento do solo, em resultado do qual eles perderiam grandes capitais.

- Ao mesmo tempo, o Texas tinha também o seu próprio candidato a presidente, Lyndon Johnson, que chegou ao poder após a morte de Kennedy.

- A CIA também é frequentemente acusada do assassinato de Kennedy. O Departamento de Inteligência americano estava descontente com a política em relação a Cuba, com acções na Guerra Fria contra a U.R.S.S. e com a falta de vontade de começar uma nova guerra contra o Vietname.

Mas a principal razão de suspeitar da CIA foi a mentira de seus dirigentes que renunciavam a quaisquer contactos com Lee Harvey Oswald. Ele regressou em 1962 da União Soviética e agentes da CIA deveriam interroga-lo como pessoa que havia fugido para a U.R.S.S., e passados alguns anos, regressado aos Estados Unidos.

Mas a CIA afirmava que não havia quaisquer interrogatórios, declarou Anthony Summers, autor do livro "Kennedy Conspiracy": "Durante longos anos, a CIA insistia não ter interrogado Oswald que vivia tranquilamente no Texas. Esta é uma mentira absoluta. A meu ver, foi proposta a ele uma opção: ou vai para a prisão ou colabora com a CIA. Mas eles não queriam que alguém soubesse sobre seus contactos com Oswald e se ele fosse culpado ou não."

Todas estas versões estão sendo discutidas até hoje nos Estados Unidos a um nível não oficial. As conclusões do Comité da Câmara dos Representantes continuam a ser não oficiais: as crianças americanas apreendem como antes, que Lee Harvey Oswald foi um assassino sozinho. As autoridades e os serviços de inteligência dos EUA, cuja actividade foi desvendada pelo WikiLeaks e Edvard Snowden, são postos em cheque.

Mesmo se a Casa Branca, a CIA e o FBI conhecessem os organizadores da morte de Kennedy, não iriam revelar a verdade, senão teriam de responder por que motivo esconderam a verdade, tanto tempo?
 
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Quem não matou Kennedy?

Os peritos consideram que não existiu uma conspiração com vista a assassinar Kennedy. Eles criticaram o trabalho dos jornalistas e investigadores e explicaram com exemplos como é que essas versões foram construídas, bem como por que é que acreditavam nelas. No congresso realizado na cidade francesa de Roissy, a propósito do 50º aniversário do assassinato de John Kennedy, presidente dos EUA, historiadores e jornalistas concluíram que Lee Harvey Oswald foi realmente o assassino solitário, tal como tinha mostrado a investigação realizada em 1964. Particularmente original parece a versão da participação da Máfia da Córsega no assassinato do presidente americano. Mas esta versão era baseada apenas nas declarações de duas testemunhas indirectas. Os alegados participantes dos acontecimentos que os jornalistas conseguiram encontrar, negaram a sua participação no assassinato do presidente americano.

Vincent Quivy, jornalista e historiador, autor do livro recentemente publicado "Quem não matou John Kennedy?", analisou outra versão, aparentemente mais verdadeira, da morte do presidente americano, reforçada com um documento oficial dos arquivos da CIA. Em 1977, a investigadora Mary Ferrell descobriu nesse arquivo uma carta dos serviços secretos franceses. Nela escrevia-se que um antigo oficial da Organização francesa do Exército Secreto (OAS) encontrava-se em Dallas a 22 de Novembro de 1963, e 18 horas após o assassinato de Kennedy, ele foi expulso pelas autoridades americanas para o Canadá ou para o México.

"No documento figuravam vários nomes que escondiam a identidade desse francês: Jean Souètre, Michel Mertz e Michel Roux", declara Vincent Quivy, e acrescenta: "Os serviços secretos franceses afirmavam que, segundo informações de que dispunham, esse homem era suspeito de deserção e trabalhava na OAS. Por isso, a parte francesa pedia à CIA para o encontrar".

O grupo OAS, praticamente dissolvido no início dos anos de 1960, era constituído por extremistas e fanáticos da extrema-direita que, inicialmente lutaram contra a independência da Argélia da França, e depois, tornaram-se mercenários, organizando actos terroristas nos países da Europa Ocidental. A participação de grupos de extrema-direita americanos no assassinato de Kennedy não foi excluída por numerosos historiadores da altura, por isso, baseando-se na carta encontrada por Mary Ferrell, começaram a procurar ligações entre extremistas franceses e americanos. Nesta versão acreditou por exemplo, o perito Bernard Finsterwald, que estudara com John Kennedy no mesmo grupo na Universidade de Harvard. Como prova, ele apresentou a entrevista da testemunha que conhecia pessoalmente Jean Souètre. Essa testemunha confirmou que Souètre era o elo de ligação entre o OAS e a Máfia Americana, que alegadamente exercera pressão sobre a CIA neste caso.
Jean Souêtre (1930-2001), Capitão do Exército Francês, era para-quedista durante a Guerra da Argélia. Foi activista militante da OAS (Organização do Exército Secreto).

Os adeptos da teoria da conspiração apoiaram essa versão, tanto que, quando Souètre foi detido, no início dos anos de 1960 por transporte ilegal de droga da Europa para os E.U.A., foi-lhe apreendida uma carta enviada por residentes de Dallas. A propósito, Souètre fez-se passar às vezes por Michel Mertz.
Michel Mertz (1920-1995), agente da espionagem francesa que tentou infiltrar-se no OAS, mas depois, ligou-se à máfia do tráfico de droga e desertou.

Todavia, nenhum dos peritos colocou a questão:

Porque será que os serviços secretos franceses teriam enviado para a CIA uma carta com esse conteúdo? Tanto mais que os elementos da resposta estavam contidos no próprio arquivo.

Hipoteticamente, o assassino do OAS foi expulso para o México, para onde em 1964, pretendia voar o general De Gaulle, presidente de França. Foi isso que preocupou os serviços secretos franceses que enviaram a carta à CIA. Porém, uma pequena investigação dos serviços secretos americanos revelou a existência de Michel Roux, trabalhador do sector hoteleiro: ele era o único francês que se encontrava em Dallas a 22 de Novembro. Uma investigação mais detalhada mostrou que Roux era turista, que participara na Guerra da Argélia, mas ao lado das tropas francesas, e que ele tinha ido para o Canadá e o México à procura de emprego. No final de Novembro de 1963, Michel Roux regressou a França. Os serviços secretos franceses descobriram-no, e depois de o interrogar, deixaram-no sair em liberdade. A investigação foi encerrada.

"Qualquer acontecimento, se for incorrectamente interpretado devido à falta de informação, pode permitir a criação de uma versão que não tem nada a ver com a verdade", conclui Vincent Quivy.

Foi precisamente por essa razão que na investigação da morte de Kennedy apareceu a pista francesa.
 
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Fonsec@

In Memoriam
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Eu não sei quem "encomendou" a morte do Kennedy mas não creio que tenha sido um acto isolado e perpetuado por uma só pessoa.
 

mjtc

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Assassino de Robert Kennedy alega que estava sob Controlo Mental

Sirhan Bishara Sirhan, responsável pelo assassinato de Robert F. Kennedy em 1968, teve negado o seu 13º pedido de liberdade condicional após 42 anos preso. Sirhan, de origem palestiniana, cumpre pena perpétua por disparar contra Kennedy em 5 de Junho de 1968, logo depois de Robert ter vencido as eleições primárias do Partido Democrata na Califórnia, o que o transformava no favorito para as presidenciais do mesmo ano. Mas a eleição foi ganha pelo seu rival republicano Richard Nixon.
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Os pedidos de liberdade condicional de Sirhan, de 66 anos de idade, foram negados por este recusar a assumir a responsabilidade ou mesmo arrependimento pela morte de Robert Kennedy. Segundo a sua defesa, Sirhan não se lembra do caso, pelo que insiste que houve um segundo homem armado no tiroteio ocorrido no Hotel Ambassador, em Los Angeles.

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Apesar disso, no julgamento que em 1969 levou à sua condenação à morte, Sirhan assegurou que matara Robert Kennedy de forma planeada. Mas em 1972, a Califórnia aboliu a pena de morte, o que permitiu a Sirhan ser condenado então a prisão perpétua, com a possibilidade de ter liberdade condicional. Os seus advogados alegam que Sirhan foi hipnotizado por controlo mental e programado para ser o alvo, distraindo assim o verdadeiro assassino. O facto de Sirhan ser árabe seria mais fácil incriminá-lo. Palestiniano cristão, nascido em Jerusalém, Sirhan veio juntamente com os seus pais e irmãos, para os Estados Unidos na década de 1950.
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Sirhan Sirhan também afirma que não foi ele que matou RFK, e alega que estava sob controlo mental quando cometeu o assassinato. Os advogados de Sirhan apresentaram as suas próprias teorias da conspiração do assassinato de Robert Kennedy, alegando que no julgamento de Sirhan de 1969, o tribunal ignorou a prova de que havia realmente dois atiradores no assassinato de RFK. Também afirmam que o revólver encontrado com Sirhan não foi responsável pelos tiros que matou Kennedy
[video=youtube_share;qLvtNurS4fM]http://youtu.be/qLvtNurS4fM[/video]
Em Junho de 2009, a CNN apresentou uma reportagem polémica sobre o assassinato de Robert Kennedy
e da possibilidade de haver mais atiradores envolvidos.

Os advogados William F. Pepper e Laurie D. Dusek, argumentam que Sirhan merece um novo julgamento, alegando que o processo de 1969 foi marcado por fraudes, quando o tribunal permitiu que uma bala substituta fosse usada no lugar da bala verdadeira removida do pescoço de Robert Kennedy. Além disso, os advogados de Sirhan dizem que descobriram recentemente que as gravações de áudio fornecem provas dos 13 tiros disparados no momento do assassinato de Robert Kennedy.
 
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mjtc

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Teorias da Conspiração da morte de Robert Kennedy

Numa tarde quente, do dia 12 de Junho de 1968, um cortejo fúnebre abandonou a Catedral de São Patrício, em Nova Iorque. No último vagão do comboio que se dirigia para Washington, repousava a urna do senador Robert Francis Kennedy. Junto à comitiva, milhares de pessoas esperavam perto da linha para lançarem o seu último adeus sob um calor asfixiante, ao senador e candidato à presidência dos E.U.A., com apenas 42 anos de idade. Muitos choravam a sua perda. A polícia de Los Angeles garantiu que não havia dúvidas sobre o autor do assassínio, ao contrário do que tinha sucedido em Dallas, com John Kennedy.
[video=youtube_share;xTuvmdAjW8o]http://youtu.be/xTuvmdAjW8o[/video]
Na noite do assassínio, o imigrante palestiniano Shiran Bishara Shiran, de 24 anos de idade, foi detido com uma pistola recém-utilizada, calibre 22, diante de mais de 70 testemunhas. Durante 20 anos, os arquivos classificaram como encerrada a investigação do assassínio e a versão simples de Shiran Shiran actuando sozinho seria aceite como autêntica. No entanto, ainda hoje muitas pessoas têm dúvidas. Sem dúvida, que Robert Kennedy tinha inimigos suficientes para o quererem assassinar. Por isso, existem perguntas por esclarecer.

O assassínio de Robert Kennedy foi o acto desesperado de um louco ou foi produto de uma conspiração em grande escala?

Em tribunal, nunca se questionou o trabalho da polícia, nem as provas. Os críticos da investigação insistiram que se mantinham algumas lacunas sobre a actuação de Shiran, como solitário. A primeira questão que não estava clara era a contagem das balas.

Quantas balas foram realmente disparadas na cozinha do Hotel Ambassador?

A pistola de Shiran só podia conter 8 balas, sendo todas elas disparadas, segundo a polícia de Los Angeles. O chefe de criminologia da polícia de Los Angeles, DeWayne Wolfer, supervisionou a reconstituição dos factos e desenhou um complicado diagrama para justificar a teoria das 8 balas disparadas com a arma de Shiran:
- Segundo esta análise, uma das balas perdeu-se no tecto;
- Cinco balas atingiram as vítimas que sobreviveram;
- Duas penetraram no corpo do senador.
Resumindo: totalizam-se 8 balas disparadas.

As testemunhas, entre as quais, William Bailey, um dos agentes do FBI, no cenário do crime, disseram que havia provas de que foram disparadas mais duas balas. Quase uma dúzia de agentes da polícia declararam ter visto o que não duvidaram em classificar como buracos de balas na moldura de uma porta, dois projécteis, que não podiam estar na pistola de Shiran. Existem até fotografias que mostram esses buracos na porta, assinalados num primeiro momento pela polícia como causados por balas. A explicação da polícia de Los Angeles sobre as misteriosas marcas foi de que nenhum dos polícias que viu os buracos era especialista forense, e portanto, não podiam saber se as marcas tinham sido feitas por balas ou se teriam sido provocadas por outras coisas. A polícia nunca revelou definitivamente a explicação dos buracos da bala. A porta foi mais tarde destruída por ordem do tribunal, imediatamente após a conclusão do julgamento de Sirhan. De acordo com a avaliação psicológica apresentado no tribunal, houve momentos durante o assassinato que Sirhan ficou claramente sob hipnose.

Provavelmente, esta é uma das teorias de conspiração mais difíceis de resolver. Na realidade, um dos grandes problemas é acreditar que um homem solitário, aparentemente desequilibrado, teria cometido tal assassinato de uma pessoa importante da sociedade. Ou como dizem os defensores da teoria da conspiração, seria o resultado de um esquema muito bem elaborado, envolvendo poderosos poderes ocultos. Muitos acreditam que a CIA desempenhou um papel no assassinato de Robert Kennedy, pois se RFK chegasse a Casa Branca, provavelmente teria começado a investigar a morte do seu irmão.

Outros suspeitos?

A Mulher do vestido às bolinhas

Muitas testemunhas afirmam ter visto uma mulher usando um vestido às bolinhas, na companhia de um homem, junto de Shiran, na cena do assassínio.
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Sandra Serrano, uma jovem de 21 anos de idade, colaboradora na campanha de Robert Kennedy, encontrava-se junto a uma das saídas de incêndio quando o senador foi assassinado. Segundo Sandra, um casal jovem saiu a correr, gritando que tinham acabado de disparar sobre o senador. Ambos gritavam: «atingimo-lo, atingimo-lo», e desapareceram antes que houvesse tempo para actuar. Mais tarde, Sandra Serrano contou a sua história na televisão e transformou-se na testemunha mais famosa da mulher do vestido às bolinhas. Duas semanas após o assassínio, a 20 de Junho, o sargento da polícia de Los Angeles, Hank Hernandez, marcou um encontro para jantar com Sandra. Em seguida, dirigiram-se à sede central para realizar a prova do polígrafo e Sandra voltou a contar a história da mulher com vestido às bolinhas, mas sob pressão da polícia, retractou-se da sua declaração. Hernandez gravou o interrogatório, sendo a gravação guardado em segredo nos arquivos do departamento da polícia durante 20 anos seguintes.
Na sua intervenção pública sobre o assunto em 1988, Sandra Serrano declarou a um jornalista da rádio, que em 1968, apenas dissera aos polícias aquilo que eles queriam ouvir.

O agente da polícia, Paul Sharaga, afirmou ter testemunhos do casal Bernstein, que fez a descrição de possíveis suspeitos, incluindo uma mulher usando um vestido às bolinhas. Isso ocorreu minutos após o tiroteio. Mas a polícia de Los Angeles nunca procurou o casal e afirmam nunca terem recebido o relatório do agente da polícia, Paul Sharaga. Mais inquietante foi o facto de outras testemunhas afirmarem terem visto em diferentes lugares do hotel, a mulher do vestido às bolinhas. Mas a polícia de Los Angeles considerou esses testemunhos como simples casos de confusão de identidade durante um momento de caos.

A explicação da Polícia de Los Angeles:

A polícia disse à imprensa que encontraram a mulher suspeita, Valerie Schulte, uma voluntária da campanha de Kennedy. Portanto, não tinha relação com o crime. Essa identificação é suspeita, pois Valerie ia de muletas, pormenor que nenhuma testemunha indicou. Além disso, Valerie era loira e não morena, como tinham descrito as testemunhas. A realidade é que nunca se encontrou a tal mulher do vestido às bolinhas. Muito menos sabe-se qual seria o seu papel na cena do crime ou se seria mesmo cúmplice de Shiran.

Jimmy Hoffa - Presidente do Sindicato dos Camionistas!

Jimmy Hoffa, era o poderoso presidente do Sindicato dos Camionistas, a organização sindical mais importante dos E.U.A. Era uma personagem obscura com métodos de gangster e comprovadas cumplicidades com a Máfia. Foi perseguido por Robert Kennedy, na sua qualidade de Attorney General, e estava na prisão desde o ano anterior ao assassínio, cumprindo uma sentença de 13 anos. Foi indultado em 1971, quando ainda não tinha cumprido cinco anos de prisão, por Richard Nixon. Teria estado envolvido na conspiração do assassínio de Robert Kenendy?
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Jimmy Hoffa, presidente do sindicato internacional dos camionistas entre 1957
e 1971.


Após a morte do pai, Jimmy Hoffa mudou-se para o Estado do Michigan, onde ganhou a reputação de duro lutador de rua, que sempre defendia os direitos dos seus colegas trabalhadores contra os gestores das empresas onde trabalhou. Devido à sua natureza, Hoffa perdeu vários empregos, vindo mais tarde a trabalhar no sindicato dos camionistas (International Brotherhood Of Teamsters), um dos mais poderosos dos Estados Unidos. As suas qualidades tornavam-no num líder, e pouco a pouco, Hoffa foi subindo na hierarquia dos Teamsters. Nesse período, Hoffa utilizou várias vezes as suas ligações ao crime organizado para seu benefício. Hoffa manteve uma relação próxima com a Máfia que o havia ajudado a chegar à liderança do sindicato, permitindo que essa organização tivesse o verdadeiro controlo do sindicato.

Jimmmy Hoffa desapareceu na noite de 30 de Julho de 1975. Foi visto pela última vez num subúrbio de Detroit, tendo dito então que ia a Bloomfield Hills, no Michigan, reunir-se com o dirigente dos camionistas de New Jersey e com um membro da Mafia de Detroit. Desde então nunca mais foi visto e foram baldados todos os esforços para encontrá-lo. Em 1982 foi oficialmente dado como morto.

Segundo o diário britânico Guardian, o mafioso Tony Zerilli, de 85 anos, declarou no princípio de 2013, que conhecia o paradeiro do cadáver. O FBI, tendo chegado a considerar credível o depoimento de Zerilli, iniciou uma busca intensa no terreno que este indicou, em Oakland Township. O campo tem vindo a ser escavado, mas até agora sem resultados. O advogado de Zerilli, David Chasnick, confirmou que o corpo de Hoffa está nesse campo, em algum lugar.

O Poderoso Chefe do FBI

O intocável chefe do FBI, John Edgar Hoover, um autêntico poder nos E.U.A. durante 48 anos, também tinha conflitos com Robert Kennedy. Falou-se da Máfia, de renegados da CIA, do Ku Klux Kan, como principais suspeitos do assassinato.
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John Edgar Hoover (1895-1972), chefe do FBI, a
mais importante organização policial do mundo,
sendo considerado seu patrono.

Thane Eugene Cesar: O principal suspeito?

Thane Eugene Cesar, que fazia segurança a Robert F. Kennedy, foi considerado suspeito. No momento do crime, Thane Eugene Cesar tinha uma arma do mesmo calibre de Sirhan, e estava bem atrás de RFK, quando o tiroteio começou. Surpreendentemente, apesar de ele admitir ter sacado da sua arma, a polícia nunca a examinou.
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Morreu Fotógrafo que Registou a Morte de Robert Kennedy

O norte-americano Bill Eppridge, autor de uma imagem célebre para a revista Life do homicídio do senador Robert Kennedy, morreu no dia 6 de Fevereiro de 2014, com 75 anos, comunicou a associação de repórteres fotográficos NPPA. O fotojornalista encontrava-se hospitalizado há algumas semanas em Danbury, no Estado norte-americano do Connecticut, e não resistiu a uma infecção generalizada na sequência de uma ferida sofrida na mão.
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Eppridge registou a foto, a preto e branco, de Robert "Bobby" Kennedy no chão com uma poça de sangue, à porta do Hotel Ambassador, em Los Angeles, logo após o jovem de 17 anos Juan Romero, ter cumprimentado Bob Kennedy.
Bill Eppridge realizou grande parte da sua carreira na Life e na Sports Illustrated e fez a cobertura das revoluções na América Latina, de campanhas políticas e de Jogos Olímpicos. No presente, Eppridge trabalhava num livro de fotografias com os Beatles nos Estados Unidos, com edição prevista para 2014.
 
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John F. Kennedy foi assassinado pela CIA e pela Máfia

Entrevista do jornalista e escritor David Talbot à Voz da Rússia.

A comissão de investigação dos assassinatos do Congresso dos E.U.A., instituída em 1976, descobriu o rasto dos verdadeiros assassinos do presidente Kennedy, mas a CIA recorreu ao poder que detém para encerrar as investigações, diz o jornalista de investigação e escritor David Talbot. Numa entrevista exclusiva à Voz da Rússia o autor do livro "Irmãos – A História Oculta dos Anos Kennedy" explicou quem é o verdadeiro culpado pela morte de John F. Kennedy.

Qual é afinal a versão do assassinato de JFK que o senhor apoia pessoalmente, qual é a teoria que lhe parece mais plausível e porquê? Ou talvez você tenha construído a sua própria versão dos acontecimentos ocorridos em Dallas em 1963?

Penso que agora, passados 50 anos, se tornou bastante evidente que o presidente Kennedy foi vítima de uma conspiração a alto nível dentro do seu próprio governo. A presidência Kennedy ficou dividida pela questão da Guerra Fria. Enquanto Kennedy, que estava bastante preocupado quanto à possibilidade de uma guerra nuclear contra a União Soviética estava determinado a acabar com a Guerra Fria em conjunto com o primeiro-ministro Khrushchov.

Realmente, depois dos terríveis acontecimentos de Dallas e morte do presidente Kennedy, o seu próprio irmão Robert Kennedy, que era o Procurador-Geral dos Estados Unidos, e a viúva do presidente Jacqueline Kennedy enviaram a Moscovo um amigo da família chamado William Walton para que este transmitisse ao premiê Khrushchov que eles não culpavam os russos pelo sucedido. Eles sabiam inclusivamente que estava a decorrer uma campanha propagandística apoiada pela CIA para associar o alegado assassino Lee Harvey Oswald aos comunistas. Apesar dessa campanha, os Kennedy acreditavam que a conspiração que tirou a vida ao presidente Kennedy era realmente uma conspiração interna dos E.U.A. envolvendo a CIA e o crime organizado. Eu acredito que Robert Kennedy, que ocupava nessa altura o mais alto cargo judicial do país, estava certo quanto às suas suspeitas.

Então o senhor não apoia a teoria oficial de que Oswald tenha sido um assassino solitário?

Não. A teoria oficial desenvolvida inicialmente pela Comissão Warren foi uma fachada. Essa foi a intenção da Comissão Warren desde o início, não foi descobrir a verdade. Eles próprios o afirmaram: o presidente do Supremo Tribunal Federal Earl Warren, que tinha sido nomeado pelo presidente Johnson para liderar a comissão, disse inclusivamente aos seus investigadores, quando se encontrou com eles pela primeira vez, que o seu trabalho não era descobrir a verdade, mas conter a verdade, encobri-la, porque eles sentiam que a verdade podia ser demasiado explosiva. Foi o que a comissão fez. Ela encobriu e encontrou um bode expiatório apropriado, o Lee Harvey Oswald.

Oswald nunca se vangloriou, como a maioria dos assassinos que se orgulham de ter morto um chefe de Estado, eles se orgulham disso e anunciam-no a todo o mundo, é o seu momento de glória. Lee Harvey Oswald, contudo, nunca o reivindicou, na realidade ele negou-o até ao fim da sua vida. Ele dizia que foi um trouxa, um bode expiatório. Isso é o que eu acredito que ele foi.

Porque foi a Comissão de Investigação dos Assassinatos da Câmara dos Representantes nomeada só em 1976, 13 anos depois do assassinato de Kennedy? Estaria isso ligado de alguma forma às acções do presidente Ford contra a CIA e o FBI e à investigação da CIA pela Comissão Church? O que pensa disso?

Eu penso que, 10-15 anos após o assassinato do presidente Kennedy, na América teve início um processo de descoberta da verdade. Isso foi um resultado da crise do sistema político dos E.U.A. provocada pela Guerra do Vietname e pelo escândalo do Watergate durante a administração do presidente Richard Nixon. Por causa precisamente dessa crise, o próprio sistema começou a abrir brechas e a verdade começou a despontar.

O presidente Ford e a sua administração reuniram uma comissão chefiada pelo seu vice-presidente Nelson Rockefeller para iniciar a investigação de alguns dos escândalos que envolviam a CIA. Isso foi alegadamente mais um encobrimento. Mas depois, com o senador Frank Church, no ano seguinte mais verdades começaram se descobrindo. Finalmente, e porque começou a existir muita pressão política e da opinião pública para que fosse revelada a verdade sobre os escândalos da CIA e sobre a possível ligação da CIA e do crime organizado ao assassinato do presidente Kennedy, foi criada uma comissão do Congresso, o Comité Selecto da Câmara para os Assassinatos. Este apresentou o seu relatório em 1979 e esse relatório foi explosivo.

A maioria das pessoas na América, para não falar no resto do mundo, não estão a par desse relatório. Mas este relatório da Comissão do Congresso de 1979 desmentiu a versão oficial sobre o assassinato de JFK produzida pela Comissão Warren. Nele se refere que o presidente Kennedy foi morto em resultado de uma conspiração. Infelizmente, porque a CIA se opôs ao Comité e devido à cobardia dos meios de comunicação social e à cobardia do Congresso, o Comité não foi autorizado a terminar os seus trabalhos e a completar a investigação. Mas eles estavam claramente no caminho certo, eles estavam a investigar a CIA e o crime organizado. Com certeza que a CIA e a Máfia se uniram, como sabemos actualmente, para tentar assassinar Fidel Castro no início dos anos 60. A CIA e a Máfia colaboraram numa extensa lista de operações por todo o globo. E eu acredito, assim como penso que o Comité acreditou, que a operação de assassinatos que envolvia a CIA e a Máfia regressou a casa, para os Estados Unidos, para matar o seu próprio presidente, John Kennedy.

Fonte: Voz da Rússia.
 
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Controlar Mentes - Projeto Mk Ultra!

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