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O assassinato de John F. Kennedy (1917-1963), 35º Presidente dos Estados Unidos ocorreu na sexta-feira, no dia 22 de Novembro de 1963, em Dallas, no Texas. Kennedy foi mortalmente ferido por disparos enquanto circulava no automóvel presidencial na Praça Dealey. Foi o quarto presidente dos Estados Unidos a ser assassinado, e o oitavo que morreu no exercício do cargo.
[video=youtube_share;toZauDLe9ZY]http://youtu.be/toZauDLe9ZY[/video]
Duas investigações oficiais concluíram que Lee Harvey Oswald, um empregado do armazém Texas School Book Depository na Praça Dealey, foi o assassino. A primeira investigação concluiu que Oswald actuou sozinho; e a segunda investigação calcula que provavelmente teria a ajuda de um cúmplice. O assassinato de Kennedy foi alvo de especulações e dúvidas, dando origem a inúmeras teorias de conspirações.
Os planos de viagem de Kennedy a Dallas (Texas)
No Verão de 1963, o gabinete da presidência de Kennedy começou a planear a sua campanha de reeleição, pois aproximava-se as eleições presidenciais de 1964. Nas eleições anteriores, Kennedy tinha ganho por escassa margem nos Estados do sul, e as sondagens actuais não lhe eram muito favoráveis. Decidiu então viajar até ao Texas, no Outono de 1963, com o objectivo de aumentar a sua popularidade junto do eleitorado sulista. Levou o seu vice-presidente Lyndon B. Johnson, um texano, e pensou que seria uma boa estratégia que fossem juntos até ao Texas. Acompanhou na sua visita, a sua esposa Jacqueline. A viagem foi planeada para o Outono, e começaria no dia 21 de Novembro em Houston e San Antonio. O dia 22 de Novembro seria dedicado a Fort Worth e às 13 horas, iriam almoçar em Dallas. Havia certa preocupação sobre a segurança porque o embaixador americano na ONU, Adlai Stevenson, tinha sido insultado e empurrado, como sinais de protesto, numa visita a Dallas no dia 24 de Outubro. Para prevenir novas manifestações de protesto, a polícia de Dallas tinha preparado a maior operação policial da história da cidade.
Os planos de Kennedy seriam uma viagem do aeroporto de Dallas até à cidade numa limousine aberta. O carro em que viajou foi um Lincoln Continental de 1961.
Na limousine seguiam junto com Kennedy, a sua mulher Jacqueline; o Governador do Texas,
John Bowden Connally, Jr., e sua mulher, Nellie; o agente do serviço secreto Roy Kellerman
e o motorista William Greer.
O assassinato de Kennedy
Às 11h 40m, o avião presidencial "Air Force One" aterra no Aeroporto Dallas Lovefield, depois de um curto voo que fez de Fort Worth. A comitiva presidencial desloca-se para o centro de Dallas. Durante o trajecto a comitiva tem que realizar várias paragens para que o presidente saúde as pessoas. Às 12h 30m, a comitiva entra na Praça Dealey e avança pela rua Houston, e nesse momento atrasa-se 6 minutos. Na esquina das ruas Houston e Elm Street, a comitiva deve realizar uma volta de 120º para a esquerda, o que obriga a redução da velocidade da limousine. Depois de passar por Elm Street, fica em frente ao edifício do armazém de livros escolares do Texas, a uma distância de 20 metros do primeiro. Logo a seguir, ao passar o armazém, ouviu-se o primeiro dos três disparos que alegadamente fariam Lee Harvey Oswald. Calcula-se que nesse momento a comitiva ia a uma velocidade de 15 km/h.
A Comissão Warren concluiu posteriormente que um dos três disparos não atingiu o automóvel. Quase todos estão de acordo que Kennedy recebeu dois disparos e que o terceiro disparo, que o atingiu na cabeça, foi o mortal:
- O primeiro disparo foi desviado por uma árvore ou possivelmente um semáforo, e ricocheteou no cimento, chegando a ferir a testemunha James Tague.
- O segundo disparo dá-se 3,5 segundos depois, atingindo Kennedy por trás e sai pela sua garganta, ferindo também o governador do Texas, John Connally. O presidente deixa de saudar o público e a sua esposa o encosta no assento.
- O terceiro disparo ocorre 8,4 segundos depois do primeiro disparo, precisamente quando o automóvel passava em frente da pérgula John Neely Bryan, feita de cimento.
Quando o terceiro disparo atingiu a cabeça de Kennedy, Jaqueleen Kennedy reagiu saltando para a parte traseira do veículo. Clint Hill, agente dos serviços secretos, conseguiu alcançar a mala do carro na tentativa de ajudar o presidente.
Testemunhas do assassinato
Um cidadão de nome Abraham Zapruder, que filmava a comitiva presidencial, conseguiu captar no seu filme o momento em que Kennedy é alcançado pelos disparos. Este filme é parte do material que a Comissão Warren utilizou na sua investigação do assassinato.
Abraham Zapruder (1905-1970), proprietário de uma confecção de roupas
femininas, filmou a passagem de John F. Kennedy pela Dealey Plaza em
Dallas, no Texas, no dia 22 de Novembro de 1963. O seu filme capturou o
assassinato do presidente e se tornou um dos mais estudados da história.
Abraham Zapruder, pertencente a uma família de judeus-russos, nasceu na cidade de Kovel, na Ucrânia. Recebeu apenas quatro anos de educação formal no seu país até que em 1920, durante a Guerra Civil Russa, emigrou com sua família para os Estados Unidos, indo morar em Brooklyn, em Nova Iorque. Em 1941, após uma oferta de emprego de um amigo, Zapruder mudou-se para Dallas para trabalhar na Nardis, uma loja de equipamentos desportivos. Em 1954, co-fundou a Jennifer Juniors Inc., cujo escritório era localizado no Edifício Dal-Tex, saindo da Dealey Plaza.
Zapruder era entusiasta do Partido Democrata e admirador do presidente Kennedy. Quando soube que a caravana presidencial passaria pela Dealey Plaza, decidiu assistir ao evento, e devido à insistência de sua secretária, resolveu voltar em casa, buscar sua câmara Bell & Howell e filmar a passagem. Seu filme capturou o assassinato do presidente tornou-se célebre por ser o registo mais completo do crime.
A câmara usada por Zapruder
está actualmente no Arquivo
Nacional dos E.U.A..
Zapruder filmou o assassinato usando uma câmara de vídeo Bell & Howeell Zoomatic Director Series, modelo 414 PD 8 mm de última geração, comprada em 1962 e carregada com um filme Kodak Kodachrome II. Zapruder ficou no topo de dois pedestais, parte de uma pérgula de concreto no entorno da Elm Street. Por trás dele ficou sua secretária, Marilyn Sitzman, para segurá-lo caso ele ficasse tonto enquanto filmava. No caminho de volta para seu escritório, Zapruder encontrou o repórter Herry McCormick, do Dallas Morning News. Os dois conversaram sobre o filme, e McCormick combinou de encontrar Zapruder no seu escritório mais tarde. Ele então contactou Forrest Sorrels, do Departamento do Serviço Secreto em Dallas, entrando em detalhes sobre a história. O repórter e o agente encontraram-se com Zapruder no seu escritório, e este concordou em entregar o filme, mas apenas para uso nas investigações, pois também pretendia vendê-lo.
O grupo então seguiu para o canal de televisão WFAA para fazer uma cópia, mas a rede não tinha equipamento necessário para converter filmes de 8 mm. O mesmo foi levado então para um laboratório da Kodak, que também não contava com equipamento compatível para aquele modelo. Três cópias foram feitas noutro laboratório e devolvidas à Kodak para processá-las. Zapruder ficou com o original e uma cópia, entregando as outras duas para o agente Sorrels, que imediatamente as despachou para o quartel-general do Serviço Secreto em Washington.
Às 11 horas da noite, Zapruder recebeu a ligação de um editor da revista Life. No dia seguinte, os dois encontraram-se para discutir a venda dos direitos do filme:
- Em 23 de Novembro de 1963 Zapruder vendeu o filme original, a cópia e direitos de reprodução para a revista por 50.000 dólares.
- Dois dias depois, adicionou os direitos cinematográficos e televisivos pela soma de 150.000 dólares, dividida em seis pagamentos anuais de 25.000. Parte do acordo era de que o frame 313, que mostrava o tiro fatal, não fosse mostrado.
O assassinato deixou Zapruder traumatizado que nunca mais comprou ou usou qualquer outra câmara. Ele testemunhou mais tarde perante a Warren Commission e no julgamento de Clay Shaw em 1969, vindo a morrer de cancro no cérebro em 1970 em Dallas.
Feridos no atentado
O Governador do Texas, John Bowden Connally Sr, ia no mesmo veículo, à frente do presidente, e também foi gravemente ferido, mas sobreviveu. A sua ferida ocorreu quase em simultâneo com o primeiro disparo que atingiu Kennedy (teoricamente como resultado da mesma bala, pelo que esta é conhecida como a "teoria da bala mágica", emanada pela Comissão Warren, embora isto não seja geralmente admitido sem polémica). Supostamente, a acção da sua esposa de se dirigir para ele e fazê-lo cair sobre as suas pernas ajudou a salvar a sua vida dado que evitou em grande parte o pneumotórax.
James Tague, um espectador e testemunha do crime, também ficou com uma pequena ferida na parte direita da face. Estava situado 82 metros à frente do local onde Kennedy foi atingido.
A autópsia
Às 13 horas, a equipa médica do Parkland Hospital declarou oficialmente a morte do presidente Kennedy, com paragem cardíaca, tendo-lhe sido administrada a unção dos enfermos. "Não tivemos nunca uma esperança de salvar a sua vida", declararam os médicos. A morte de Kennedy foi oficialmente anunciada às 13h 38m. O governador Connally foi operado duas vezes de urgência nesse dia. Depois da chegada do avião presidencial (Air Force One) à Base Aérea Andrews, nos arredores de Washington, DC, o corpo de Kennedy foi trasladado para o Hospital Naval de Bethesda para autópsia.
A autópsia foi realizada por três médicos da Marinha com 30 oficiais militares como testemunhas. Dois agentes reformados do FBI que estavam presentes declararam que Kennedy tinha uma grande ferida no lado direito da cabeça, outra de aproximadamente 14 cm acima do lado direito da coluna, e uma terceira ferida no lado anterior da garganta perto do limite inferior do pomo-de-Adão (a Comissão Warren deu a mesma informação). O relatório do FBI sobre a autópsia foi realizado pelos agentes especiais Sibert e O'Neill. Várias fotos e radiografias foram feitas durante a autópsia (algumas delas desapareceriam dos relatórios oficiais).
O funeral de Kennedy
Depois da autópsia no Hospital Naval de Bethesda, o corpo de Kennedy foi preparado para o enterro e trasladado para a Casa Branca, tendo sido exposto na Sala Leste durante 24 horas. No domingo seguinte ao crime, coberto com a bandeira dos E.U.A., foi trasladado para o Capitólio para uma visita pública. Nesse dia e noite, centenas de milhares de pessoas visitaram o corpo. Representantes de 90 países, incluindo a União Soviética, assistiram ao funeral em 25 de Novembro (terceiro aniversário do seu filho JFK Jr.).
Depois do funeral realizado na Catedral de St. Matthew, foi trasladado
em carruagem para o Cemitério de Arlington, onde foi enterrado.
O funeral foi oficiado pelo arcebispo de Boston, Richard Cardinal Cushing, amigo pessoal de Kennedy, que tinha casado John e Jacqueline, baptizado seus dois filhos e oficiado o funeral do seu filho Patrick (falecido 15 semanas antes do pai).
O assassino oficial de Kennedy
Lee Harvey Oswald foi detido 80 minutos depois do assassinato, por ter matado um oficial da polícia de Dallas, J. D. Tippit. Foi acusado da morte de Tippit e de Kennedy à última hora da tarde do dia 22 de Novembro.
Lee Harvey Oswald usou uma espingarda Mannlicher de fabricação italiana, com mira telescópica
e mecanismo manual, no atentado do presidente Kenendy.
De acordo com diversas investigações realizadas pelo governo dos Estados Unidos, inclusive a Warren Commission, J. D. Tippit (1924-1963), do Departamento de Polícia de Dallas, foi baleado e morto por Lee Harvey Oswald ao tentar detê-lo após o assassinato de John F. Kennedy. Oswald negou sempre ter disparado contra o presidente. O caso de Oswald nunca foi julgado porque dois dias depois, enquanto era trasladado e custodiado pela polícia, Jack Ruby dispara sobre ele e mata-o.
[video=youtube_share;toZauDLe9ZY]http://youtu.be/toZauDLe9ZY[/video]
Duas investigações oficiais concluíram que Lee Harvey Oswald, um empregado do armazém Texas School Book Depository na Praça Dealey, foi o assassino. A primeira investigação concluiu que Oswald actuou sozinho; e a segunda investigação calcula que provavelmente teria a ajuda de um cúmplice. O assassinato de Kennedy foi alvo de especulações e dúvidas, dando origem a inúmeras teorias de conspirações.
Os planos de viagem de Kennedy a Dallas (Texas)
No Verão de 1963, o gabinete da presidência de Kennedy começou a planear a sua campanha de reeleição, pois aproximava-se as eleições presidenciais de 1964. Nas eleições anteriores, Kennedy tinha ganho por escassa margem nos Estados do sul, e as sondagens actuais não lhe eram muito favoráveis. Decidiu então viajar até ao Texas, no Outono de 1963, com o objectivo de aumentar a sua popularidade junto do eleitorado sulista. Levou o seu vice-presidente Lyndon B. Johnson, um texano, e pensou que seria uma boa estratégia que fossem juntos até ao Texas. Acompanhou na sua visita, a sua esposa Jacqueline. A viagem foi planeada para o Outono, e começaria no dia 21 de Novembro em Houston e San Antonio. O dia 22 de Novembro seria dedicado a Fort Worth e às 13 horas, iriam almoçar em Dallas. Havia certa preocupação sobre a segurança porque o embaixador americano na ONU, Adlai Stevenson, tinha sido insultado e empurrado, como sinais de protesto, numa visita a Dallas no dia 24 de Outubro. Para prevenir novas manifestações de protesto, a polícia de Dallas tinha preparado a maior operação policial da história da cidade.
Os planos de Kennedy seriam uma viagem do aeroporto de Dallas até à cidade numa limousine aberta. O carro em que viajou foi um Lincoln Continental de 1961.
Na limousine seguiam junto com Kennedy, a sua mulher Jacqueline; o Governador do Texas,
John Bowden Connally, Jr., e sua mulher, Nellie; o agente do serviço secreto Roy Kellerman
e o motorista William Greer.
O assassinato de Kennedy
Às 11h 40m, o avião presidencial "Air Force One" aterra no Aeroporto Dallas Lovefield, depois de um curto voo que fez de Fort Worth. A comitiva presidencial desloca-se para o centro de Dallas. Durante o trajecto a comitiva tem que realizar várias paragens para que o presidente saúde as pessoas. Às 12h 30m, a comitiva entra na Praça Dealey e avança pela rua Houston, e nesse momento atrasa-se 6 minutos. Na esquina das ruas Houston e Elm Street, a comitiva deve realizar uma volta de 120º para a esquerda, o que obriga a redução da velocidade da limousine. Depois de passar por Elm Street, fica em frente ao edifício do armazém de livros escolares do Texas, a uma distância de 20 metros do primeiro. Logo a seguir, ao passar o armazém, ouviu-se o primeiro dos três disparos que alegadamente fariam Lee Harvey Oswald. Calcula-se que nesse momento a comitiva ia a uma velocidade de 15 km/h.
A Comissão Warren concluiu posteriormente que um dos três disparos não atingiu o automóvel. Quase todos estão de acordo que Kennedy recebeu dois disparos e que o terceiro disparo, que o atingiu na cabeça, foi o mortal:
- O primeiro disparo foi desviado por uma árvore ou possivelmente um semáforo, e ricocheteou no cimento, chegando a ferir a testemunha James Tague.
- O segundo disparo dá-se 3,5 segundos depois, atingindo Kennedy por trás e sai pela sua garganta, ferindo também o governador do Texas, John Connally. O presidente deixa de saudar o público e a sua esposa o encosta no assento.
- O terceiro disparo ocorre 8,4 segundos depois do primeiro disparo, precisamente quando o automóvel passava em frente da pérgula John Neely Bryan, feita de cimento.
Quando o terceiro disparo atingiu a cabeça de Kennedy, Jaqueleen Kennedy reagiu saltando para a parte traseira do veículo. Clint Hill, agente dos serviços secretos, conseguiu alcançar a mala do carro na tentativa de ajudar o presidente.
Testemunhas do assassinato
Um cidadão de nome Abraham Zapruder, que filmava a comitiva presidencial, conseguiu captar no seu filme o momento em que Kennedy é alcançado pelos disparos. Este filme é parte do material que a Comissão Warren utilizou na sua investigação do assassinato.
Abraham Zapruder (1905-1970), proprietário de uma confecção de roupas
femininas, filmou a passagem de John F. Kennedy pela Dealey Plaza em
Dallas, no Texas, no dia 22 de Novembro de 1963. O seu filme capturou o
assassinato do presidente e se tornou um dos mais estudados da história.
Abraham Zapruder, pertencente a uma família de judeus-russos, nasceu na cidade de Kovel, na Ucrânia. Recebeu apenas quatro anos de educação formal no seu país até que em 1920, durante a Guerra Civil Russa, emigrou com sua família para os Estados Unidos, indo morar em Brooklyn, em Nova Iorque. Em 1941, após uma oferta de emprego de um amigo, Zapruder mudou-se para Dallas para trabalhar na Nardis, uma loja de equipamentos desportivos. Em 1954, co-fundou a Jennifer Juniors Inc., cujo escritório era localizado no Edifício Dal-Tex, saindo da Dealey Plaza.
Zapruder era entusiasta do Partido Democrata e admirador do presidente Kennedy. Quando soube que a caravana presidencial passaria pela Dealey Plaza, decidiu assistir ao evento, e devido à insistência de sua secretária, resolveu voltar em casa, buscar sua câmara Bell & Howell e filmar a passagem. Seu filme capturou o assassinato do presidente tornou-se célebre por ser o registo mais completo do crime.
A câmara usada por Zapruder
está actualmente no Arquivo
Nacional dos E.U.A..
Zapruder filmou o assassinato usando uma câmara de vídeo Bell & Howeell Zoomatic Director Series, modelo 414 PD 8 mm de última geração, comprada em 1962 e carregada com um filme Kodak Kodachrome II. Zapruder ficou no topo de dois pedestais, parte de uma pérgula de concreto no entorno da Elm Street. Por trás dele ficou sua secretária, Marilyn Sitzman, para segurá-lo caso ele ficasse tonto enquanto filmava. No caminho de volta para seu escritório, Zapruder encontrou o repórter Herry McCormick, do Dallas Morning News. Os dois conversaram sobre o filme, e McCormick combinou de encontrar Zapruder no seu escritório mais tarde. Ele então contactou Forrest Sorrels, do Departamento do Serviço Secreto em Dallas, entrando em detalhes sobre a história. O repórter e o agente encontraram-se com Zapruder no seu escritório, e este concordou em entregar o filme, mas apenas para uso nas investigações, pois também pretendia vendê-lo.
O grupo então seguiu para o canal de televisão WFAA para fazer uma cópia, mas a rede não tinha equipamento necessário para converter filmes de 8 mm. O mesmo foi levado então para um laboratório da Kodak, que também não contava com equipamento compatível para aquele modelo. Três cópias foram feitas noutro laboratório e devolvidas à Kodak para processá-las. Zapruder ficou com o original e uma cópia, entregando as outras duas para o agente Sorrels, que imediatamente as despachou para o quartel-general do Serviço Secreto em Washington.
Às 11 horas da noite, Zapruder recebeu a ligação de um editor da revista Life. No dia seguinte, os dois encontraram-se para discutir a venda dos direitos do filme:
- Em 23 de Novembro de 1963 Zapruder vendeu o filme original, a cópia e direitos de reprodução para a revista por 50.000 dólares.
- Dois dias depois, adicionou os direitos cinematográficos e televisivos pela soma de 150.000 dólares, dividida em seis pagamentos anuais de 25.000. Parte do acordo era de que o frame 313, que mostrava o tiro fatal, não fosse mostrado.
O assassinato deixou Zapruder traumatizado que nunca mais comprou ou usou qualquer outra câmara. Ele testemunhou mais tarde perante a Warren Commission e no julgamento de Clay Shaw em 1969, vindo a morrer de cancro no cérebro em 1970 em Dallas.
Feridos no atentado
O Governador do Texas, John Bowden Connally Sr, ia no mesmo veículo, à frente do presidente, e também foi gravemente ferido, mas sobreviveu. A sua ferida ocorreu quase em simultâneo com o primeiro disparo que atingiu Kennedy (teoricamente como resultado da mesma bala, pelo que esta é conhecida como a "teoria da bala mágica", emanada pela Comissão Warren, embora isto não seja geralmente admitido sem polémica). Supostamente, a acção da sua esposa de se dirigir para ele e fazê-lo cair sobre as suas pernas ajudou a salvar a sua vida dado que evitou em grande parte o pneumotórax.
James Tague, um espectador e testemunha do crime, também ficou com uma pequena ferida na parte direita da face. Estava situado 82 metros à frente do local onde Kennedy foi atingido.
A autópsia
Às 13 horas, a equipa médica do Parkland Hospital declarou oficialmente a morte do presidente Kennedy, com paragem cardíaca, tendo-lhe sido administrada a unção dos enfermos. "Não tivemos nunca uma esperança de salvar a sua vida", declararam os médicos. A morte de Kennedy foi oficialmente anunciada às 13h 38m. O governador Connally foi operado duas vezes de urgência nesse dia. Depois da chegada do avião presidencial (Air Force One) à Base Aérea Andrews, nos arredores de Washington, DC, o corpo de Kennedy foi trasladado para o Hospital Naval de Bethesda para autópsia.
A autópsia foi realizada por três médicos da Marinha com 30 oficiais militares como testemunhas. Dois agentes reformados do FBI que estavam presentes declararam que Kennedy tinha uma grande ferida no lado direito da cabeça, outra de aproximadamente 14 cm acima do lado direito da coluna, e uma terceira ferida no lado anterior da garganta perto do limite inferior do pomo-de-Adão (a Comissão Warren deu a mesma informação). O relatório do FBI sobre a autópsia foi realizado pelos agentes especiais Sibert e O'Neill. Várias fotos e radiografias foram feitas durante a autópsia (algumas delas desapareceriam dos relatórios oficiais).
O funeral de Kennedy
Depois da autópsia no Hospital Naval de Bethesda, o corpo de Kennedy foi preparado para o enterro e trasladado para a Casa Branca, tendo sido exposto na Sala Leste durante 24 horas. No domingo seguinte ao crime, coberto com a bandeira dos E.U.A., foi trasladado para o Capitólio para uma visita pública. Nesse dia e noite, centenas de milhares de pessoas visitaram o corpo. Representantes de 90 países, incluindo a União Soviética, assistiram ao funeral em 25 de Novembro (terceiro aniversário do seu filho JFK Jr.).
Depois do funeral realizado na Catedral de St. Matthew, foi trasladado
em carruagem para o Cemitério de Arlington, onde foi enterrado.
O funeral foi oficiado pelo arcebispo de Boston, Richard Cardinal Cushing, amigo pessoal de Kennedy, que tinha casado John e Jacqueline, baptizado seus dois filhos e oficiado o funeral do seu filho Patrick (falecido 15 semanas antes do pai).
O assassino oficial de Kennedy
Lee Harvey Oswald foi detido 80 minutos depois do assassinato, por ter matado um oficial da polícia de Dallas, J. D. Tippit. Foi acusado da morte de Tippit e de Kennedy à última hora da tarde do dia 22 de Novembro.
Lee Harvey Oswald usou uma espingarda Mannlicher de fabricação italiana, com mira telescópica
e mecanismo manual, no atentado do presidente Kenendy.
De acordo com diversas investigações realizadas pelo governo dos Estados Unidos, inclusive a Warren Commission, J. D. Tippit (1924-1963), do Departamento de Polícia de Dallas, foi baleado e morto por Lee Harvey Oswald ao tentar detê-lo após o assassinato de John F. Kennedy. Oswald negou sempre ter disparado contra o presidente. O caso de Oswald nunca foi julgado porque dois dias depois, enquanto era trasladado e custodiado pela polícia, Jack Ruby dispara sobre ele e mata-o.
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