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Experiência de Filadélfia!

mjtc

GF Platina
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Segundo consta, no dia 28 de Outubro de 1943, foi realizado uma suposta experiência secreta militar no Estaleiro Naval da Filadélfia, no Estado da Pensilvânia (E.U.A.). Nessa experiência foi utilizado um destroier de escolta "USS Eldridge" que se tornou invisível aos olhos dos observadores por um breve período. O Projecto também recebeu outro nome: Projecto Rainbow.
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Vista aérea do Estaleiro Naval da Filadélfia, no Estado da Pensilvânia, em 1947.

A história é considerada uma farsa, por não existirem provas nesse sentido, a não ser os relatos de testemunhas. Por sua vez, a Marinha Norte-Americana afirmou que jamais realizaram esse tipo de experiências. Mas por outro lado, este relato fantástico alimentou a teoria da conspiração, livros e até um filme foi realizado.
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O filme "The Philadelphia Experiment", de 1984,
baseia-se no relato da experiência.

Segundo o relato, a experiência teria sido conduzida pelo Dr. Franklin Reno ou Rinehart, como uma aplicação militar da Teoria do Campo Unificado (termo usado pelo físico Albert Einstein). A Teoria do Campo Unificado descreve a interacção entre as forças que compõem a radiação electromagnética e a gravidade; embora até a data, nenhuma teoria surgiu com uma expressão matemática viável. De acordo com a teoria, para tornar invisível um objecto teria de curvar a luz à volta desse mesmo objecto. Mas para isso, seria necessário equipamento especializado com energia suficiente. Para a Marinha dos E.U.A., seria importante que essa experiência funcionasse, pois seria muito valiosa em tempo de guerra. Recorde-se que se vivia ainda a Segunda Guerra Mundial.

Para realizar a experiência, escolheram um destroier, o "USS Eldridge", e equiparam o navio com o equipamento exigido, tendo o teste sido iniciado no Verão de 1943, no Estaleiro Naval da Filadélfia. Segundo se consta, os testes foram realizados com algum êxito. Houve um desses testes, realizado no dia 22 de Julho, que teria sido um sucesso: o navio "Eldridge" tornou-se invisível, tendo algumas testemunhas relatado que viram um nevoeiro esverdeado no lugar do navio! Mas a experiência causou efeitos na saúde dos tripulantes: muitos dos marinheiros queixaram de terem náuseas.
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Mais tarde, a experiência foi alterada a pedido da Marinha Norte-Americana, com o objectivo de tornar o navio invisível ao radar. Parece que o equipamento não teria sido devidamente calibrado para este fim, mas apesar disso, a experiência foi realizada novamente em 28 de Outubro. Mas acontece que desta vez, a experiência foi demasiada bem-sucedida: de acordo com alguns relatos e notas escritas, o destroier "Eldridge" foi avistado em alto mar pela Base Naval de Norfolk, no Estado da Virgínia, a mais de 346 km de distância da experiência realizada em Filadélfia. Em seguida, o navio teria desaparecido e voltou a reaparecer na Filadélfia, no local onde tinha estado antes, numa espécie acidental de teletransporte.

Os efeitos causados pela experiência na tripulação do navio foram devastadores:
- Quase toda a tripulação adoecera violentamente;
- Alguns marinheiros teriam passado a sofrer de doença mental como resultado da sua experiência;
- Outros marinheiros tiveram comportamentos semelhantes a esquizofrenia;
- Um desses tripulantes, Jacob L. Murray, teria desaparecido fisicamente de forma inexplicada;
- Cinco tripulantes fundiram-se ao metal do navio;
- Parados, outros desapareceram dentro e fora do campo de vista.
Horrorizados com esses resultados, os oficiais da marinha cancelaram imediatamente a experiência. Todos os sobreviventes da tripulação envolvidos sofreram lavagem cerebral na tentativa de fazer os mesmos perderem a memória a respeito de detalhes da experiência.

Identidade do navio:

A identidade do navio na experiência de Filadélfia é mencionada no livro de Moore & Berlitz. De acordo com Allen e as investigações dos autores, o navio era o destroier escolta "DE-173 Eldridge", da classe Cannon de 1240 toneladas. De acordo com a Marinha, a partir de Agosto de 1943, o navio foi usado como escolta de comboio no Atlântico e Mediterrâneo até 1945, quando foi transferido para o teatro do Pacífico. Em Julho de 1946, o navio "Eldridge" entrou para a reserva.
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Seria a suposta tripulação do navio destroier "USS Eldridge", usado nas experiências?


Em Janeiro de 1951 o navio foi entregue à Marinha Grega, e rebaptizado como "HS Leon (DS-54)". O navio fazia parte do programa de ajuda militar, junto com três outros destroieres da classe Cannon. Estes quatro navios ficaram conhecidos na Marinha Grega como as "Quatro Bestas", por causa dos nomes que receberam: Aetos (Águia), Ierax (Falcão), Panthir (Pantera) e Leon (Leão).

Muitos investigadores citam oficiais e marinheiros que serviram a bordo do "HS Leon" a respeito de situações estranhas:
- Foram feitos relatos sobre instalação eléctrica que não deveria estar no local onde estava.
- Outros alegam que há compartimentos do navio que parecem ter sido lacrados.
- E muitos também dizem que os marinheiros normalmente tiveram calafrios, sentindo algo estranho no navio.
- Também foi dito que faltam as páginas do diário de bordo que correspondem ao período de tempo crucial.
Outros relatos se referem a problemas de radar e comunicação de outro navio, o irmão do Leon, o "HS Aetos". Eles contam sobre o Aetos ter desaparecido do radar durante exercícios da Frota Grega e às vezes apresentando problemas sérios de comunicação sem qualquer razão aparente. Assim há uma teoria de que durante a entrega dos navios para a Marinha Grega houve uma troca dos navios para obscurecer os rastos do "Eldridge".

O "HS Leon" serviu na Marinha Grega até 1991, quando foi transferido para a Base Naval de Amfiali. O navio foi para o ferro velho durante a segunda metade dos anos 90. Por sua vez, o "HS Aetos" foi doado em 1991, pelo governo grego à Associação de Marinheiros de Destroier Escolta. O navio foi levado por um rebocador russo para Nova Iorque, e chegou ao Museu Intrepid no dia 23 de Agosto de 1993. Permaneceu lá até 1994 e foi restaurado à sua configuração de 1944.

No dia 30 de Abril de 1994, o navio "HS Haetos" alterou o seu nome para o original "USS Slater DE-766". Em 1997 o navio viajou até Albany (Nova Iorque), onde ancorou permanentemente como um museu náutico. O navio não pertence à Marinha do E.U.A. mas sim a Associação de Marinheiros de Destroier Escolta e é listado no Registo de Lugares Históricos Nacional e do Estado de Nova Iorque. Para o registo, o navio foi inicialmente comissionado no dia 1º de Maio de 1944.

Terá o navio sido alvo de uma experiência científica?

Em 1979, o livro de Moore & Berlitz revelou a identidade do navio, o que por si só, constituiria uma prova da sua existência e um ponto de partida para o debate sobre o paradeiro do navio.

Novas perguntas surgiram:

Onde estava o navio "USS Heldridge" no dia 12 de Agosto, ou 28 de Outubro?

Teria o navio sido entregue à Marinha Grega?"

Qual deles é o verdadeiro "USS Eldridge": "HS Leon" ou "HS Aetos"?

Porque será que a Marinha dos E.U.A., conduziu a experiência aparentemente perigosa, no destroier de operações anti-submarino novo em folha, e não num navio antigo da Marinha ou da Guarda Costeira, ou qualquer outro navio menos útil? É duvidoso acreditar que a Marinha Norte-Americana considerasse a experiência no navio física ou electronicamente invisível, completamente segura!

Até mesmo se fosse decidido realizar uma experiência ultra-secreta à vista do público, usando um navio novo em folha, seria mesmo difícil confundir os observadores sobre a identidade real do navio forjando os números de registo? Algo assim seria razoável para manter secreta, a identidade do navio invisível. Trocar números de registo em navios era e ainda é uma prática comum para confundir os inimigos. Nota-se que na época, havia aproximadamente 70 destroieres escolta da classe Cannon, idênticos ao Eldridge e um número igual da classe Evarts, quase idênticos.

Se a experiência realmente tivesse lugar e o "USS Eldridge" fosse usado, por que deveria ser dado a outro país, até mesmo aliado, alguns anos depois?

Se o navio não tivesse nenhum valor científico seria usá-lo como um alvo para exercícios de treino de tiro. Muitos dos navios da classe Cannon terminaram desse modo. Adicionalmente, este seria um modo muito melhor para obscurecer o rasto de prova do suposto navio usado na experiência do que fazer a doação para outro país. Se o navio ainda fosse necessário por razões científicas (por exemplo, para estudar efeitos de longo termo em ligas) seria bem mais razoável manter o navio nos E.U.A., na reserva (alguns dos destroieres Cannon sobreviveram até ao começo dos anos 70) ou como um monumento no porto da costa Atlântica. Em todo caso, seria mais razoável entregar à Marinha Grega outro navio, fazendo passar pelo suposto navio usado na experiência, do que entregar o próprio "USS Eldridge", que permaneceria nos Estados Unidos sob uma nova identidade. Especulou-se que as páginas do diário a bordo, referente ao período da experiência desapareceram.

Mesmo que a experiência acontecesse a bordo do "USS Eldridge" e o navio fosse entregue então à Marinha Grega tornando-se o "HS Leon", seria difícil forjar um diário?

É provável que se a experiência realmente ocorreu, o navio que foi usado, pode nunca ter servido na Marinha Grega. Também é provável que os relatos à volta dos supostos navios "HS Leon" e "HS Aetos", não passam de histórias contadas pelos marinheiros.
 
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GF Platina
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Teorias Referente à Experiência da Filadélfia

Existem duas teorias relativas à Experiência da Filadélfia:

A primeira teoria é apoiada por aqueles que aceita que uma experiência altamente classificada aconteceu, aplicando as teorias de Einstein e Tesla, para obscurecer visual e electronicamente um destroier dos E.U.A. A maioria das pessoas acredita que a experiência teve efeitos trágicos na tripulação do navio e produziu factos científicos que eram altamente inesperados e talvez até mesmo tenha criado uma anomalia no espaço-tempo.

A segunda teoria, a dos cépticos e da Marinha dos E.U.A., alega que nada disso aconteceu. Allen terá confundido conversas que ouviu acerca de métodos para proteger os navios contra minas e torpedos magnéticos, e torná-los invisíveis a dispositivos activados por magnetismo. Talvez Allen também tenha interpretado mal, intencionalmente ou não, outros dispositivos experimentais que estavam na ocasião montados no navio, como parafusos de novos tipos, novos sonares, etc.
 
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Experiências Militares durante a II Guerra Mundial!

Desde o princípio da história humana, conflitos e aplicações militares são algumas das fontes principais de avanços científicos e tecnológicos. O período de tensão durante uma guerra intensifica a pesquisa e acelera o avanço tecnológico, enquanto os lados opostos buscam modos de ganhar superioridade no campo de batalha.
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Horten Ho-IX, avião experimental alemão que atingia de velocidade máxima: 977 km/h,
no final da Segunda Guerra Mundial, criado pelos irmãos Horten. Teve o seu voo inau-
gural em 1 de Março de 1944.

A Segunda Guerra Mundial levou a vários avanços tecnológicos, embora muitos deles possam ser considerados de necessidade questionável.

Exemplos destes avanços ou aplicações são:
- As evoluções na produção de borracha sintética;
- Aeronaves a jacto;
- Evolução do radar;
- Novos métodos de produção industrial, aumentando assim, a produtividade e atingir níveis altos de padronização;
- E por fim, o uso da energia nuclear usado para fins bélicos.
A maioria destas evoluções ou inovações foram resultado de projectos de médio ou alto sigilo, por razões óbvias. No topo desses projectos está o Projecto Manhattan, que tinha a finalidade de construir e testar a bomba atómica. É claro que houve projectos fracassados, não sendo conhecidos do público. E pode haver alguns desses projectos que foram mais tarde aperfeiçoados mas que ainda permanece no chamado Projectos Negros. Assim, uma experiência relativa a aplicações práticas do electromagnetismo, ou da Teoria Unificada de Campos, para atingir invisibilidade física ou electrónica de aeronaves, navios ou veículos terrestres, não deveria ser considerada como algo totalmente impossível de ter acontecido, mas teria mesmo acontecido?

Por que tal experiência importante ocorreu na Base Naval da Filadélfia e não noutro lugar mais isolado?


Portos e bases como os de Nova Iorque, Filadélfia e Norfolk, eram alguns dos pontos de observação favoritos para os agentes secretos alemães. Os agentes Abwehr costumavam escrever relatórios sobre a partida de comboios baseados nestas observações, que eles transmitiam ao seu comando alemão.

As teorias científicas!

Normalmente, a maioria dos artigos que abordam sobre a Experiência da Filadélfia, referem-se a análises bastante detalhadas da Teoria Unificada de Campos, electromagnetismo, testes práticos de como dobrar a luz é possível, a natureza dimensional de tempo e propriedades.
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B-2 Spirit ou Stealth B-2, bombardeiro projectado secretamente na Área 51 pelas empresas
Northrop Grumman, General Electric e Boeing usando um conceito antigo sobre "asas voadoras"
e uma inovadora técnica de desenho por computador de "asa unida em W". Este avião quase
invisível ao radar, pode bombardear alvos inimigos quase sem ser detectado.

Sabemos actualmente, que as forças armadas dos países desenvolvidos, especialmente os Estados Unidos, usam métodos de invisibilidade electrónica para confundir os radares, nas suas aeronaves e navios, que embora estejam visíveis, surgem reduzidas no radar no tamanho mínimo, ou por vezes, nem o inimigo detecta. As formas e materiais usados pelas aeronaves para minimizar retornos de sinais (invisibilidade passiva, aviões invisíveis), ou uma combinação de invisibilidade passiva e controle de emissões, é uma realidade.
 
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Origem do Mito!

O mito da Experiência da Filadélfia surgiu devido a uma série de estranhos eventos, e de uma figura misteriosa.
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Em 1955, foi publicado o livro "The expanding case for the UFO". Este livro não iria ser tão conhecido por seu conteúdo, mas por causa dos eventos que se seguiram. O autor do livro era Morris K Jessup, um astrónomo formado pela Universidade de Michigan, onde também fez algumas palestras. Mas Jessup também era um apaixonado investigador de ovnis. Depois de publicar seu livro, começou uma série de conferências públicas para promover sua publicação. Em Janeiro de 1956, Morris Jessup recebeu uma carta de alguém que obviamente assistiu a pelo menos uma de suas conferências e também leu seu livro. A carta comentava sobre o que Jessup escrevera sobre os ovnis, e referia a um incidente invulgar. De acordo com a carta, em Outubro de 1943, uma experiência ultra-secreta foi conduzido pela Marinha dos E.U.A. O resultado da experiência foi a invisibilidade e teletransporte de um destroier dos E.U.A., de um local para o outro, no mar. A carta era assinada por um certo Carl Allen, que também usou o pseudónimo de Carlos Miguel Allende. De acordo com Allen, a experiência era o resultado de uma aplicação prática da Teoria de Campo Unificado de Einstein.

A história de Allende

Allen afirmou que em Outubro de 1943, enquanto estava a bordo do navio "Liberty USS Andrew Furuseth", na área de Norfolk, um navio, do tipo destroier, subitamente surgiu de lugar nenhum, parcialmente coberto por uma névoa verde de forma esférica. O navio permaneceu por apenas alguns minutos e então desapareceu novamente. Ele também menciona que de acordo com um jornal da Filadélfia observadores no Estaleiro da Filadélfia testemunharam exactamente o evento oposto: um navio desaparecendo e então voltando outra vez.

De facto, ele alega que o navio foi teletransportado da Filadélfia para Norfolk em questão de minutos (a distância real requer aproximadamente 24 horas). A história de Allen continua, relatando vários incidentes estranhos considerado como efeitos da experiência nos tripulantes a bordo do destroier. Um deles segundo relatos, simplesmente desapareceu no meio de uma briga de bar; outro entrou numa parede em frente dos olhos de sua família e nunca mais retornou; e quase todos eles sofreram problemas psicológicos sérios e tiveram que ser hospitalizados. A opinião de Allen é que a experiência saiu fora de controlo e os resultados embaraçaram os responsáveis no comando, resultando no encerramento de todo o projecto três anos depois.

Jessup não estava convencido das alegações de Allen e pediu provas mais substanciais do incidente. A resposta de Allen veio em 25 de Maio de 1956, e não forneceu a prova que Jessup esperava. Além da falta de provas, as cartas de Allen estavam cheias de palavras em maiúsculas, orações e teorias incoerentes e uma mistura de teorias que soavam científicas e deduções irracionais. Por sua vez, Jessup deixou o assunto de lado e não prestou atenção ao relato.

ONR (Office of Naval Research)

Um ano depois, na Primavera de 1957, Jessup recebeu um convite para uma reunião na Marinha de Pesquisa Naval. Foi-lhe apresentada uma cópia de seu livro repleta de anotações. As anotações estavam em três cores diferentes e aparentemente em três letras diferentes, assim de três pessoas. As anotações reproduziam a história de Allen relativa à suposta Experiência da Filadélfia e fazia comentários acerca de viagens interplanetárias, sistemas de propulsão de ovnis, as teorias de Einstein e Tesla, usando uma linguagem e terminologia, o que sugeria conhecimentos científicos acima da média. Jessup reconheceu pelo menos uma das caligrafias como sendo de Allen, enquanto o estilo e formato das anotações se assemelhavam fortemente às cartas de Allen. No acto estranho, o ONR voltou a publicar o livro anotada de Jessup com as cartas de Allen em prefácio, e no número limitado de cópias. Esta versão do livro de Jessup ficou conhecida como a "Edição da Varo", nome da companhia que lidou com a publicação.

Jessup suicidou-se dois anos depois, em Abril de 1959, devido a problemas psicológicos relacionados com problemas matrimoniais. O que aconteceu durante esses dois anos é desconhecido. É quase certo que Jessup recuperou seu interesse pelo caso, por causa do interesse do ONR, e provavelmente contactou novamente Allen. Jessup também discutiu o assunto com amigos e colegas, e a partir daí, a Experiência da Filadélfia torna-se conhecida mundialmente, atraindo inúmeros curiosos e teóricos da conspiração.

A popularidade do mito:

O paradeiro de Allen não foi firmemente estabelecido durante os anos seguintes. Acredita-se que ele passou muito de seu tempo no México e viajando pelos Estados Unidos como um vagabundo. Por volta do fim dos anos 60, muitos investigadores começam a se interessar pela história de Allen, escrevendo artigos e livros.

Em 1967 três livros que abordam directamente ou indirectamente a experiência científica foram publicados:
- "As Cartas de Allende", de Brad Steiger;
- "Visitantes Indesejados", de Ivan Sanderson (Sanderson era amigo de Jessup e muitas pessoas tendem a acreditar que Jessup revelou a ele vários pontos obscuros relativos ao envolvimento do ONR)
- "Anatomia de um Fenómeno", de Jacques Vallee.
Steiger e Valee corresponderam com Allen recebendo informações e fazendo perguntas.

Em 1969 outro incidente estranho tem lugar: Allen aparece no Escritório de Pesquisa de Fenómenos Aéreos (APRO) em Tucson, Arizona, onde confessa que toda a história é uma fraude que ele inventou!

Allen reaparece sendo entrevistado por Moore & Berlitz em "The Philadelphia Experiment" em 1979. Ele volta atrás na sua confissão, sem se explicar muito, e até volta a agarrar-se novamente à história inicial. Este livro é de facto o que tornou a história da Experiencia da Filadélfia famosa e lendária. Para muitas pessoas é a pesquisa mais consistente no assunto. Moore diz que trocou várias cartas com Allen e que também o encontrou pessoalmente. A última aparição de Allen registada de forma confiável foi em 1983, na entrevista a Linda Strand. Acredita-se que Allen morreu em 1994, no Colorado, de acordo com os registos da Previdência Social.

Novas testemunhas?

Durante os anos 80, outra testemunha ocular surgiu. Desta vez era Al Bielek, que alega que era o responsável pela electrónica a bordo do navio usado na Experiência da Filadélfia. De acordo com Bielek, a experiência ocorreu em duas fases, em 23 de Julho e 12 de Agosto, e não em Outubro. A sua história pessoal é ainda mais incrível. Ele afirma que a experiência não só resultou no teletransporte do navio, mas também em viagem no tempo. Bielek diz que viajou no tempo até 1983, e então voltou novamente para acabar com a experiência. Ele também alega que sofreu lavagem cerebral para esquecer tudo, e que suas recordações só voltaram depois de assistir ao filme "The Philadelphia Experiment".

De acordo com Bielek, experiências semelhantes estavam sendo conduzidos em instalações ultra-secretas durante os anos 70 e 80, e ele também fez parte dessas experiências. Os líderes responsáveis pela experiência inicial de 1943 eram três figuras proeminentes: Nikola Tesla (embora estivesse morto desde o início de 1943), Albert Einstein e John Von Neumann. Bielek tem sustentado sua história apaixonadamente através de uma série de conferências, livros, entrevistas, e até mesmo vídeos, incluindo vários detalhes científicos. De vez em quando, outros aparecem também, a maioria alegando ter estado a bordo do navio como pessoal científico e técnico, mas suas histórias são muito semelhantes às de Bielek e extremamente consistentes com o roteiro do filme de 1984, "The Philadelphia Experiment".

A verdade dos factos:

Os dois homens que se supõe sejam as testemunhas principais, Allen e Bielek, não se ajustam exactamente na descrição de uma testemunha confiável. Especialmente Bielek, que de facto recita o roteiro de um filme, o mesmo filme que activou sua memória perdida há tanto tempo. A razão pela qual ele é considerado como uma testemunha por muitos investigadores parece ser seu conhecimento detalhado de questões científicas e técnicas relativas ao electromagnetismo, Teoria Unificada de Campos e suas possíveis aplicações. Em todo caso ele não ofereceu sequer uma única resposta ou prova convincente, a qualquer investigador sério.

O mesmo se aplica a outras testemunhas, como alguém chamado Dune, que insiste que a experiência era desde o princípio, uma experiência de viagem no tempo. Dune surgiu de lugar algum nos anos 90 e começou a vender suas experiências na forma de livros, conferências e fitas de vídeo.

O caso de Allen parece ser diferente. Ele sempre foi rodeado de mistério, até mesmo na sua vida pessoal. Contudo, se examinarmos sua história, a maioria das coisas que ele diz não são situações que realmente testemunhou ou teve um envolvimento pessoal, mas principalmente histórias que ele ouviu e leu. Para começar, foi confirmado que ele de facto serviu a bordo do "USS Andrew Furuseth", durante o período ao qual ele se refere. A única coisa que realmente alega que viu foi o navio cercado por uma névoa esverdeada durante alguns minutos em Norfolk. Ele nunca viu as preparações para a experiência, o navio desaparecendo da Filadélfia, o retorno do navio para a Filadélfia, o desaparecimento do marinheiro no bar ou em qualquer outro lugar. Tudo isso é testemunho indirecto de coisas que ele leu nos jornais ou ouviu em histórias, como ele mesmo diz. Por exemplo, ele se refere a um jornal da Filadélfia que tinha publicado um artigo relativo ao desaparecimento de um navio no estaleiro durante uma experiência da marinha, contudo ele não pôde recordar qual jornal e em que data. O artigo nunca foi encontrado ou lido por qualquer outra pessoa.

Assim, parece que não há nenhuma testemunha confiável ou evidência positiva relativa à Experiência da Filadélfia. Allen e Bielek não conseguem concordar numa coisa muito importante: a data em que a experiência aconteceu. Suas histórias dão duas datas diferentes com uma diferença de dois meses. Isso significa que mais de 50 anos depois, alguém da tripulação teria falado sobre a experiência (isto também inclui o caso de que a tripulação fosse levada para longe do navio). Pelo contrário, as pessoas que serviram a bordo do navio "USS Eldridge" se divertiram muito durante seu reencontro em 1999, e pareceram se divertir bastante com a fama de seu antigo navio.

A história de Bielek não tem esta falha já que a data dele está antes do navio ser comissionando, significando que a experiência poderia ter sido realizada com uma tripulação apenas para experiência. De acordo com Bielek, os tripulantes do navio alvo de experiência, foram levados a instituições de tratamento psiquiátrico do exército, para serem tratados mas também para assegurar seu silêncio. Para Bielek, isto explica também a falta de outras testemunhas. Um pensamento realmente céptico seria que Bielek foi mais cuidadoso ao preparar sua história, em todo caso ele teve a vantagem de ser o segundo, depois de Allen.

Conclusão:

A Marinha dos Estados Unidos negou oficialmente a existência de qualquer projecto de pesquisa relevante durante a Segunda Guerra Mundial. Em resumo, de acordo com a Marinha, a experiência nunca aconteceu. Um ponto-chave na história é o caso de Jessup ser chamado pelo ONR e a edição da Varo que se seguiu. A maioria dos investigadores nota este facto como muito intrigante.

É bem provável que em 1956, a Marinha Norte-Americana mostrou um interesse nas anotações incluídas no livro de Jessup, e muitas delas se referia à Experiência da Filadélfia. Oficialmente, tanto o interesse quanto a edição da Varo, foram o resultado de um interesse e iniciativa privada por certos funcionários do ONR. Parece que o interesse do ONR e a edição da Varo foram os eventos que de facto criaram o mito da Experiência da Filadélfia. Estes eventos criaram um sentimento de que a Marinha talvez tivesse algo a esconder.

O mito da Experiência da Filadélfia está baseada na história totalmente inacreditável de Allen. Além de eventos estranhos como: a suspeita de ONR (edição da Varo), uma tragédia pessoal (o suicídio de Jessup) e um truque de marketing (a identificação do navio).

Falando em termos jurídicos, não há qualquer prova sólida para dar credibilidade à história de Allen, além da apresentação do livro sobre o assunto (Moore & Berlitz). Existe apenas uma evidência circunstancial, o interesse do ONR.

O mito da Experiência da Filadélfia, provavelmente é o resultado de Allen ter entendido mal as coisas que viu ou ouviu em combinação com uma imaginação vívida e criativa. Adicionalmente, a reprodução do mito em todos estes anos por investigadores às vezes de boas intenções e outras vezes motivados por dinheiro e fama, amplificou o que realmente não deveria ser nada além de um bom roteiro de filme.

O único modo de provar que a experiência aconteceu seria a própria Marinha ou mesmo o governo do E.U.A. admitirem tal sucedido. Por outro lado sempre haverá aqueles que até mesmo sem uma única prova, mas apenas sobre evidência circunstancial, continuarão acreditando que em 1943, na Base Naval da Filadélfia, uma experiência misteriosa aconteceu, cujos resultados questionam nossa visão quotidiana do mundo.
 
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Experiência da Filadélfia (o filme)

Filme realizado em 1984, baseado no suposto projecto naval militar realizado no Estaleiro Naval da Filadélfia, na Pensilvânia, por volta de 28 de Outubro de 1943, na qual o destroier de escolta "USS Eldridge" tornou-se invisível aos observadores por um breve período.
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