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Estudante paquistanês morto salvou escola de massacre

kokas

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Set 27, 2006
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O estudante paquistanês que morreu na passada segunda-feira numa escola tentou parar um ataque à bomba e pode vir a receber a mais alta condecoração civil do país, revelou o chefe da polícia provincial esta sexta-feira.

Aitezaz Hassan, de 17 anos, não hesitou quando viu o bombista suicida. O homem tentava entrar numa escola de Khyber Pakhtunkhwa, mas o estudante começou a gritar para o deter, assustando-o, e conseguiu chegar perto do bombista, tendo-o atacado na cabeça.

No entanto, a bomba acabou por ser detonada e o jovem acabou por morrer. Outros estudantes e funcionários ficaram feridos, revelou o professor Azmat Ali.

«Apesar de ter perdido o meu querido filho, eu não tenho nenhum arrependimento pelo que ele fez. Ele fez um trabalho heroico e estou orgulhoso da coragem dele», afirmou Mujahid Ali, pai do jovem, à Reuters.

O secretário de um grupo sunita, Lashkar-e-Jhangvi, reivindicou a responsabilidade pelo ataque à escola em Hangu, uma área predominantemente muçulmana xiita. Lashkar-e- Jhangvi acredita que os xiitas são hereges e que deveriam ser mortos.

Jovem vai ser condecorado

Esta sexta-feira, o chefe da polícia provincial, Nasir Khan Durrani, recomendou que o estudante seja homenageado com a mais alta condecoração do país.

Já os jornais publicaram editoriais louvando a coragem de Aitezaz, contrastando com a indiferença do governo diante da militância.

«Pela memória de Aitezaz e de todas as crianças que morreram antes do tempo, alguém do governo tem de lembrar Aitezaz e resistir aos terroristas até que eles não possam prejudicar mais o Paquistão», pode ler-se no editorial do The Nation.

Pai pede que escola mude de nome

Os pais do jovem estudante afirmaram que nenhum funcionário do governo ou político os contatou.

O pai de Aitezaz afirmou que a escola podia receber o nome para transformar o filho num mártir, designação que daria algum alívio financeiro para a sua família.

A mãe, o irmão e as duas irmãs de Aitezaz estão de luto, mas ficaram reconfortados ao saber que ele tinha salvado muitos colegas.

O número de ataques com bombas suicidas aumentou mais de um terço no ano passado, de acordo com um estudo divulgado esta semana pelo Instituto do Paquistão para Estudos de Paz.


tvi24
 
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