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Estas fotos de partir o coração mostram como a escravidão não é uma coisa do passado

Nelson14

GF Platina
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Fev 16, 2007
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A fotógrafa Lisa Kristine passou toda a sua carreira viajando para os cantos mais distantes do mundo, 100 países no total, capturar imagens das comunidades indígenas mais vulneráveis. No entanto, até 2009, ela era totalmente ignorante sobre o próspero comércio de escravidão moderna. Ela se assustou quando participava de uma exposição no Encontro da Paz em Vancouver quando um abolicionista do Free The Slaves, um grupo de defesa global, disse a ela que 27 milhões de pessoas estão escravizadas atualmente em todo o mundo.


- "Senti um frio na espinha, isso realmente me surpreendeu...", disse Kristine ao SF Gate. Imediatamente ela se conectou com o grupo de defesa e embarcou em um projeto para documentar e ajudar a expor este comércio vergonhoso.

- "O maior choque para mim foi ver algo, que eu pensava que tinha acabado na década de 1850, em execução mais forte do que nunca", disse Kristine.

E o pior disso tudo é que continuamos a comprar nossos gadgets de última geração sem darmos conta (ou fingindo que não) que são fabricados em empresas que implementam condições de trabalho comparáveis a um sistema de escravidão. Inclusive, por determinação judicial não posso falar sobre uma dessas empresas sob pena de ser preso.

Kristine compartilhou algumas das fotos com a gente, mas você pode conferir mais em seu site.

Atualmente há 27 milhões de pessoas escravizadas ou desempenhando algum trabalho forçado. Isso é mais que o dobro do número de pessoas traficadas durante todo o comércio transatlântico de escravos.


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Muitas vezes, comunidades inteiras são escravizadas.
A ONG Free The Slaves trabalha para libertá-los.

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Os abolicionistas da atualidade muitas vezes
trabalham à paisana, posando como escravos.

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Quando os abolicionistas levaram Kristine, ela não tinha mais de 10 minutos
para fotografar. Se um proprietário, supervisor ou escravo visse, eles teriam
que fugir rapidamente ou arriscariam por em perigo
a si mesmos ou os escravos que estavam fotografando.

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Estas crianças nepalesas do Himalaia carregam lajes de ardósia
mais pesadas do que elas mesmas ao descer a montanha,
enquanto seus pais quebram pedras na pedreira.

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Na olaria trabalhadores carregam 18 tijolos de cada vez,
sob 50 graus C de calor à espera dos caminhões.

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Levou muitos anos, mas a ONG conseguiu libertar a comunidade.
Hoje eles tem uma licença para fabricar tijolos, os funcionários têm
melhores condições de trabalho e uma cooperativa distribui os ganhos.

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Em Gana, os mineiros trabalham 200 ou 300 metros abaixo da superfície
em poços de minas de ouro ilegais, cercados por poeira e escuridão.

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Os escravos trabalham nas minas com lanternas presas
a sua cabeça (não há capacetes) por períodos de até 72 horas.

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A água que os mineiros devem vasculhar para separar o ouro
é misturada com mercúrio, levando a graves problemas de saúde.

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Muitas pessoas caem no sistema de escravidão quando incorrem
em dívidas que não podem pagar. O agiota, em geral,
cobra taxas de juros astronômicas e os obriga a trabalhar.

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Quando eles não podem pagar a dívida, ela é herdada pelos filhos dos escravos.
Neste retrato de família, um pai e seus dois filhos mostram as suas mãos,
cobertas de uma substância química tóxica, em uma fábrica de tingimento de seda.

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Em Gana, Kristine encontrou crianças transportando
redes de pesca de até 30 kg depois de toda uma noite de pesca.

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Muitas vezes, as famílias com muitos filhos para alimentar entregam os
pequenos para uma pessoa que promete levá-los para uma família adotiva
que irá enviá-los para uma boa escola. As crianças são então vendidas para
traficantes de seres humanos, como esta criança de Gana. Diferente de
muitos fotógrafos que só registram a imagem e não se envolvem no fato,
Kristine, após fazer a foto, ajudou este garoto a reencontrar sua família.

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Embora o problema muitas vezes possa parecer intransponível,
Kristine diz que muitas comunidades são liberadas quando grupos
de defesa dão a devida a atenção e fazem pressão sobre os detentores de escravos.

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Atualmente, há diferentes acordos e tratados internacionais que abordam a questão do trabalho escravo, como as convenções internacionais de 1926 e a de 1956, que proíbem a servidão por dívida. Nosso país, no entanto, teve que esperar até 1966 para que essas convenções entrassem em vigor e que fossem incorporadas à legislação nacional.
A expressão "escravidão moderna", de certa forma, tem um sentido metafórico ao não tratar mais da compra e venda de pessoas. Não obstante, a mídia em geral utiliza esta expressão para designar as relações de trabalho nas quais as pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua vontade, sob ameaça, violência física e psicológica ou outra forma de intimidação. Muitas dessas formas de trabalho são acobertadas pela expressão trabalhos forçados, embora quase sempre impliquem no uso de violência.
No Brasil, o trabalho escravo geralmente é o resultado da soma do trabalho degradante com a privação de liberdade. O trabalhador é em geral convidado a ir trabalhar em locais geograficamente isolados com a promessa de um bom salário. Chegando lá, a alimentação horrível e a hospedagem em péssimas condições fornecidas pelo empregador custam mais do que ele ganha diariamente, ficando assim atrelado a uma dívida abissal que nunca diminui.
Há também casos de escravidão urbana que ocorrem na região metropolitana de São Paulo, onde os imigrantes ilegais, predominantemente latino-americanos, trabalham dezenas de horas diárias, sem folga e com salários de fome. Quando flagrados, os infratores pagam os direitos trabalhistas que haviam sonegado aos trabalhadores e nada mais acontece. Um claro exemplo onde o delito custa muito menos que o imposto. Uma vergonha!



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Fonte: mdig
 
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