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GF Ouro
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Jorge Bergoglio apelou para que as injustiças sejam ultrapassadas "pelo padrão, tolerância e cooperação" |
O Papa Francisco pediu esta quinta-feira, em Seul, às duas Coreias para ultrapassarem "as recriminações" e a deixarem de recorrer ao "destacamento de forças", considerando que a paz só pode ser conseguida através do diálogo e do perdão.
Perante a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e as diferentes autoridades do país, Francisco, que falou pela primeira vez, em âmbito oficial, em inglês, saudou "os esforços desenvolvidos em favor da reconciliação e da estabilidade na península coreana (...) pois eles constituem o único caminho para uma paz duradoura".
"A diplomacia, enquanto arte do possível, baseia-se na firme e perseverante convicção de que a paz pode ser alcançada pela audição tranquila e o diálogo, mais do que pelas recriminações mútuas, as críticas estéreis e o destacamento de forças", afirmou o papa argentino, numa referência indireta ao regime norte-coreano.
A presidente Park Geun-hye, que recebia o Papa na Casa Azul, residência oficial do chefe de Estado sul-coreano, lembrou que "mais de 70 mil famílias continuam separadas", desde a divisão da península no final da Guerra da Coreia (1950-53).
"Queremos realizar a reunificação", declarou a presidente, sublinhando que "a Coreia do Norte deve renunciar ao programa nuclear". Pyongyang mantém que o programa nuclear destina-se a fins civis, mas Seul e Washington suspeitam que o regime pretende dotar-se de mísseis balísticos armados com ogivas nucleares.
"Apesar das provas, o calor do dia e a obscuridade da noite deixaram sempre nascer a manhã calma, quer dizer, uma esperança tenaz na justiça, paz e unidade", disse o papa.
jn