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GF Ouro
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Aldeia do Covêlo do Monte, em Portugal, foi posta à venda em 2013
O despovoamento das zonas rurais em Espanha está a deixar aldeias abandonadas. São cada vez mais os estrangeiros interessados em comprar essas aldeias mas, apesar dos preços de saldo, os negócios raramente se concretizam.
A venda de povoações abandonadas a preço de saldo num país em crise e cuja zona rural está cada vez mais despovoada é tema de uma reportagem no El Pais de hoje, depois de já ter sido noticiada noutros jornais europeus, como o Daily Mail, que dizia que por metade do preço de uma garagem em Londres é possível comprar uma aldeia em Espanha.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística espanhol há cerca de 3 mil povoações abandonadas no país. "Recebemos em média 150 mails por dia de interessados nas aldeias", afimrou ao El Pais Elvira Fafián, gerente do site aldeasabandonadas.com, o portal que quase monopoliza este mercado. Cercade 70% dos contactos vem do estrangeiro. "Em 2014 houve um grande aumento na procura. Foi um boom."
A crise fez os preços das propriedades baixarem. Aquele portal publicita cerca de 100 aldeias com preços que oscilam entre os 60 mil euros e os milhões. Por exemplo, a aldeia de Pavel, na província de Tarragona, que tem 14 casas, está à venda por 280 mil euros.
Mas não é fácil concretizar o negócio: excessiva burocracia, reabilitações muito caras e dificuldade em aceder aos créditos bancários são algumas das dificuldades que os interessados encontram. Elvira Fafián admite que apesar do aumento da procura, raramente consegue vender mais do que uma aldeia por ano.
A venda de aldeias abandonadas é uma estratégia que também está a ser experimentada em Portugal e em Itália para combater o despovoamento. Povoa Dão, em Viseu, Pedralva, em Vila do Bispo, são alguns exemplos.
dn