kokas
GF Ouro
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A tragédia que se abateu, segunda-feira de madrugada, sobre a urbanização da Encosta do Sol, no centro da vila de Soure, terá tido motivos passionais. Tudo indica que foi uma discussão alimentada por ciúmes que levou António Vilaranda, engenheiro eletrotécnico, 49 anos, a atacar a esposa, Fernanda Ferreira, de 47, com uma faca de cozinha. As filhas, Inês e Joana, de 16 e de 13 anos, terão saído em socorro da mãe e apanharam por tabela. Era meia-noite e meia quando soaram os primeiros gritos no 2.º andar. José Pato, o ex-agente da PSP e amigo que tratava das duas gatas, dos bicos-de-lacre e dos peixes dos vizinhos de cima, quando estes iam de férias, foi bater-lhes à porta. O ambiente da família que José chegou a encarar como "o retrato da felicidade" andava, ultimamente, desassossegado por discussões entre o casal e, segunda-feira, o caso pareceu-lhe logo feio. O amigo que tinha como "muito calmo" não lhe abriu a porta, mas o tom da discussão baixou. Até rebentar uma segunda vaga de gritos. Desta vez, fatal.
A GNR foi chamada, e quando arrombou a porta deparou-se com Fernanda estendida no corredor, já morta, com golpes no peito, braços e pernas. A seu lado, estava Inês, também sem vida, esfaqueada no peito. Joana estava prostrada na sala, consciente, com três ferimentos profundos, também no tórax, descreveu o comandante dos Bombeiros de Soure, João Paulo Contente.
António Vilaranda cometeu os crimes e refugiou-se num quarto. Mas, os militares da GNR forçaram a entrada e, apesar da resistência, apanharam-lhe a faca e imobilizaram-no. "Ele não dizia nada, só pedia para o matarem", conta o comandante. O homicida estava todo ensanguentado, mas só tinha ferimentos superficiais, no peito, pouco compatíveis com uma tentativa de suicídio. Se se feriu na refrega, ou foi a vítima do primeiro ataque com faca, não foi possível apurar.
Não pelos ferimentos, mas por razões psicológicas, Vilaranda permanecia internado, ontem à tarde, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, sob vigilância policial. Bem pior estava a filha mais nova, nos Cuidados Intensivos do Hospital Pediátrico de Coimbra. Joana sofreu uma perfuração da pleura, a membrana que envolve os pulmões. Os médicos não a operaram, mas tiveram de lhe introduzir drenos para retirar o sangue dos pulmões. À noite, estava ventilada e inconsciente, mas com prognóstico favorável.
jn
A GNR foi chamada, e quando arrombou a porta deparou-se com Fernanda estendida no corredor, já morta, com golpes no peito, braços e pernas. A seu lado, estava Inês, também sem vida, esfaqueada no peito. Joana estava prostrada na sala, consciente, com três ferimentos profundos, também no tórax, descreveu o comandante dos Bombeiros de Soure, João Paulo Contente.
António Vilaranda cometeu os crimes e refugiou-se num quarto. Mas, os militares da GNR forçaram a entrada e, apesar da resistência, apanharam-lhe a faca e imobilizaram-no. "Ele não dizia nada, só pedia para o matarem", conta o comandante. O homicida estava todo ensanguentado, mas só tinha ferimentos superficiais, no peito, pouco compatíveis com uma tentativa de suicídio. Se se feriu na refrega, ou foi a vítima do primeiro ataque com faca, não foi possível apurar.
Não pelos ferimentos, mas por razões psicológicas, Vilaranda permanecia internado, ontem à tarde, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, sob vigilância policial. Bem pior estava a filha mais nova, nos Cuidados Intensivos do Hospital Pediátrico de Coimbra. Joana sofreu uma perfuração da pleura, a membrana que envolve os pulmões. Os médicos não a operaram, mas tiveram de lhe introduzir drenos para retirar o sangue dos pulmões. À noite, estava ventilada e inconsciente, mas com prognóstico favorável.
jn