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GF Ouro
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François Hollande pouco antes do início da entrevista
Presidente admite não ser candidato em 2017, se problema do desemprego não for resolvido. Insiste que é ele a definir o rumo político do Executivo.
Foi o acontecimento político numa semana em que as sondagens revelaram que nada, ou muito pouco, os franceses esperam de François Hollande. Este tentou esgrimir argumentos, defender políticas, garantir que não haverá aumento de impostos, mas sondagens divulgadas horas antes da sua presença na TF1 não deixam dúvidas sobre a imagem do atual presidente, que conquistou já o cognome do mais impopular da V.ª República, estabelecida em 1958.
Uma sondagem YouGov para a edição francesa do Huffington Post concede-lhe 12% de popularidade (ver infografia) enquanto uma segunda, do instituto CSA para Les Echos, revela que nunca mais de 11%, qualquer que seja o grupo socioprofissional ou segmento etário, lhe concede confiança e tão somente 9% dos inquiridos afirma que as políticas do presidente e do executivo têm "efeitos positivos" no país.
Perante este quadro, Hollande começou por dizer que "nunca" se queixa, é uma "pessoa normal" e permanece o "mais duro crítico" de si próprio. "Claro" que erra: "falei da inversão da curva do desemprego, que acabou por não se concretizar", para, mais adiante, insistiu que os "resultados acabarão por se produzir, porque têm de se produzir". Todavia, se esse quadro não se materializar, na antecâmara das presidenciais de 2017, se no final do mandato o "desemprego não tiver baixado, não será possível apresentar-me e dizer que isso sucederá nos cinco anos seguintes".
dn