• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Governo prepara com "saber e mestria" aumento "muito significativo" de impostos

Feraida

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Fev 10, 2012
Mensagens
4,161
Gostos Recebidos
2

ng3719525.JPG

O Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas acusou esta quinta-feira o Governo de preparar com "saber e mestria" um aumento "muito significativo" dos impostos para 2015, tentando subestimar o valor das receitas em ano de eleições.

O bastonário reconheceu que haver "algum" desagravamento fiscal do IRS em 2015, mas defendeu que esta baixa não tem uma lógica orientadora
, está feito com uma mestria de tal ordem que dificulta a leitura" das alterações fiscais previstas para o próximo ano, disse Domingues Azevedo em entrevista à Lusa.
O bastonário defendeu que, para se ter "uma ideia" da realidade fiscal, é preciso analisar em conjunto as três propostas do executivo - o Orçamento do Estado para 2015, a Fiscalidade Verde e as alterações ao IRS -- e que só quem conhece bem a temática fiscal, tem tempo e conhecimentos técnicos é que se apercebe do aumento real da carga fiscal.
"Estou convencido de que 2015 será um ano de agravamento muito significativo da tributação para os contribuintes portugueses", afirmou, criticando a estratégia de discussão destes documentos que "pulveriza as alterações" fiscais.
Não existe lógica, segundo o bastonário, em alterar o código da contribuição autárquica ou do IVA através do projeto dos impostos verdes, o que na sua opinião revela a existência de "uma estratégia de pulverizar as alterações para sonegar" a possibilidade de ter uma ideia exata das receitas que vão ser arrecadadas no próximo ano.
"Na minha ótica, vão ser muito superiores ao que o Governo prevê nesses documentos", disse, acrescentando que "num ano de eleições isso seria uma maravilha", pois uma maior captação de receitas em ano eleitoral permite ao executivo melhorar a gestão da captação dos votos, nomeadamente realizando obra que agrade ao eleitorado.
Essa é a razão, segundo o bastonário, para "não haver muito interesse" do Governo em promover uma leitura integrada dos três documentos que no próximo ano vão alterar a realidade fiscal dos portugueses.
O bastonário reconheceu que haver "algum" desagravamento fiscal do IRS em 2015, mas defendeu que esta baixa não tem uma lógica orientadora, apenas fins economicistas, e que vai ser "muito inferior" à receita fiscal que vai gerada no próximo ano noutros domínios.
"O ano de 2015 vai ser bastante mau na fiscalidade para os cidadãos portugueses", reafirmou, considerando que os impostos sobre o rendimento do trabalho vão no próximo ano andar muito próximos dos praticados antes do 25 de Abril.
Na opinião do bastonário, tem havido uma "pressão enorme" sobre estes rendimentos e o Governo "apercebeu-se" de que estes impostos esticaram ao máximo e já não é possível esticar mais: "Por isso está a arranjar outras fontes de rendimento fiscal, pelas mais diversas e ardilosas formas, que os contribuintes é que vão pagar", concluiu.

In: Jn
 
Topo