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Mais de metade dos empresários não pensa investir

Feraida

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A quase totalidade dos empresários considera que os incentivos Estatais ao investimento não são suficientes.

Mais de 50% dos empresários não tem um investimento relevante planeado para a sua empresa num futuro próximo nem conta com a entrada de um investidor estrangeiro na sua firma nos próximos três anos.

Esta é uma situação que pode estar associada a dois fatores: por um lado, os benefícios estatais dados às empresas que invistam são, de acordo com a quase totalidade (97%) dos gestores, 'insuficientes'. Por outro, os custos associados ao investimento são 'muito elevados'. 35% dos empresários diz que é um fator que pode explicar as quebras no investimento registadas nos últimos anos.

Outro dos fatores apontados é "a falta de estabilidade financeira e fiscal", como diz Cláudia Ranito, CEO da Medbone. A administradora da empresa que vende ossos artificiais para o mundo afirma que "é complicado investir num país onde existe uma instabilidade financeira e fiscal muito grande e isso é fortemente prejudicial na tomada de decisões de investimento das empresas".

"Temos muitos patrões e poucos empresários"

A Autoeuropa é uma das empresas com investimentos planeados para o futuro. "Trata-se de um projeto de 677 milhões de euros para construir uma nova plataforma de produção automóvel que vai receber os vários carros da Volkswagen", conta António Chora, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa. Este projeto tem conclusão prevista para 2017 e irá criar cerca de 500 novos postos de trabalho.

Sobre a opinião dos empresários que se queixam da falta de incentivos estatais ao investimento, o representante dos trabalhadores da Autoeuropa aponta o dedo à mentalidade dos patrões: "Os nossos gestores ainda continuam a querer viver muito às custas do Estado. Ninguém quer investir ou arriscar sem ter garantias do Governo".

António Chora considera que se trata de um problema de ideologia dos líderes lusos. "Temos muitos patrões e poucos empresários. Faltam pessoas que pensem no longo prazo e que queiram crescer continuamente. Em vez disso, continuam a preferir a ideologia do 'invisto hoje, faço dinheiro amanhã e tenho o dinheiro a render no dia seguinte", conclui.

Leia mais na edição de 22 de novembro do Expresso.
 
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