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Mitos sobre o Espaço

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GF Platina
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Podemos explodir no Espaço?

O maior motivo para um astronauta usar o traje fechado e capacete não é devido à falta de ar para respirar. Um aparelho portátil com ar e respirador do tipo dos mergulhadores já resolveria o fornecimento de oxigénio. O maior problema é a ausência de pressão atmosférica. O nosso corpo tem uma pressão naturalmente igual à da atmosfera na superfície da Terra ao nível do mar: dizemos que estamos a uma atmosfera (1atm). Nosso corpo pode se adaptar facilmente a variações pequenas e graduais.

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Quanto maior a altitude, menor é a pressão atmosférica. Se você viajar para uma região montanhosa (uns 3000 metros de altura, por exemplo) a pressão cai para uns 0,7atm. Se formos rápido (de automóvel, por exemplo) nosso corpo acostuma-se a custas de um enjoo, alguma dor de ouvido e talvez uma dor de cabeça, nos mais sensíveis. No avião que pode atingir uns 10 km de altitude, a coisa já é mais séria. A pressão nesta altitude fica abaixo de 0,3 atm. Por isso as cabines dos jactos são pressurizadas. Para um ser humano exposto a esta baixa pressão, perder os sentidos é praticamente inevitável.

Durante o teste de um traje espacial na câmara, um homem foi exposto por 25 segundos a uma pressão equivalente a encontrada numa altitude de 36 km. Isto é muito perto do vácuo espacial. O resultado foi um desmaio imediato, mas sem mais consequências posteriores.

No vácuo real do espaço a diferença de pressão é muito maior. Você não explodiria como um balão; seus ossos e músculos são fortes o suficiente para aguentar a descompressão. Entretanto, partes mais frágeis e expostas do seu corpo não teriam a mesma resistência. Expostos ao vácuo, seus pulmões, olhos, ouvidos e nariz provavelmente não aguentariam e se romperiam sangrando bastante. Os danos de uma exposição destas, mesmo que breve, poderiam ser enormes.

Naelton de Araújo, astrónomo da Fundação Planetário do Rio de Janeiro (Brasil)

Vénus e Terra serão semelhantes?

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Vénus é semelhante no tamanho e composição química à Terra, e os dois planetes formaram-se ao mesmo tempo, mais ou menos, há mais de 4 biliões de anos. De acordo com dados registados ao longo de um ano e enviados pela sonda Venus Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), lançada em Novembro de 2005, o segundo planeta mais próximo do Sol não é nada parecido com a Terra:
- A sua superfície é quente com temperaturas em torno de 465º C Celsius, e a sua atmosfera é ácida.
- A sua pressão de superfície é cerca de 90 vezes da Terra (equivalente à pressão a um quilómetro abaixo da superfície do oceano), e não existem estações.
- O planeta Vénus leva 243 dias para girar em torno de seu próprio eixo (e na direcção oposta), comparados às velozes 24 horas de rotação de sua irmã Terra.
Graças aos novos dados, os cientistas sabem que a atmosfera consiste principalmente em dióxido de carbono, o que dá uma demonstração do que um aquecimento global descontrolado é capaz de gerar. Por causa do calor extremo, a água está presente apenas na atmosfera, de modo que não há oceanos (e portanto, não há praias).
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Ventos fortíssimos chicoteiam o planeta, e as suas nuvens cinzentas são compostas de gotículas de ácido sulfúrico (e não água), e ao contrário do que se acreditava anteriormente, há raios em Vénus.
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Apesar das enormes diferenças entre as características e as composições das atmosferas de Vénus e da Terra, os cientistas descobriram que há mecanismos muito semelhantes a produzir relâmpagos nestes dois mundos. A frequência das descargas, a intensidade e a distribuição espacial dos relâmpagos são comparáveis e assim os investigadores foram buscar um melhor entendimento sobre a química, dinâmica e a evolução das atmosferas dos dois planetas.

O Sol é uma bola de fogo?

Se para haver combustão é preciso ter oxigénio, como o Sol pode ser uma bola de fogo se no espaço não existe esse gás? Se para existir fogo, teria de haver oxigénio?

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Bem, o facto é que o Sol não é uma bola de fogo. Na verdade, a luz e o calor que sentimos daqui da Terra nada mais são do que o resultado do gás hidrogénio aquecido a 2 milhões de graus Celsius. A essa temperatura, qualquer coisa liberta energia na forma de luz e calor. Por isso, temos a impressão de que o astro é feito de fogo.

A diferença é que a chama que sai das fogueiras é um dos produtos da combinação de certos compostos, como madeira, álcool ou gasolina, com o oxigénio da atmosfera. No caso do Sol, a energia surge de fusões nucleares. A violenta pressão no interior da estrela faz com que átomos de hidrogénio se juntem para formar átomos de hélio. Essa união também liberta luz e calor, mas numa escala incomparavelmente maior. Essa luz é tão intensa que arranca electrões dos átomos que formam a capa gasosa do Sol, fazendo com que ela se comporte como um plasma, o mesmo estado em que está o material que preenche as lâmpadas fluorescentes, por exemplo.

"A camada externa do astro parece um fluido luminoso, formado por uma pasta de electrões e protões soltos", diz o astrónomo Roberto Costa, da USP.

Uma curiosidade: os planetas formados principalmente por gases, como Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno, não parecem fogueiras como o Sol. Mas para quem os observa do espaço, as suas superfícies gasosas dão a impressão de estarem derretendo.

Fonte: Ciência.

O Sol é amarelo?

O Sol parece amarelo pela mesma razão que para nós, o céu tem a cor azul: a atmosfera da Terra serve como uma espécie de filtro, fazendo com que determinados espectros que formam a luz solar não cheguem até nós. Nesse caso em específico, a atmosfera terrestre dispersa os espectros do intervalo azul-violeta, fazendo com que apenas os outros cheguem até nós. Assim, os raios azuis e violeta são espalhados e só as outras cores chegam aos nossos olhos. Por isso, a aparência dessa estrela acaba sendo mais amarelada.
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São esses tons restantes é que dão a ilusão de que o Sol tem um tom amarelado. Mas visto do espaço, o Sol é branco.

O mesmo processo é responsável por outros efeitos visuais interessantes, como o céu que se torna mais amarelado durante o pôr-do-Sol. Além disso, há ocasiões em que tanto a estrela quanto o firmamento ganham uma coloração avermelhada.
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A razão para isso acontecer se deve ao facto de que o Sol está desaparecendo na linha do horizonte, e durante esse momento, o astro está em ângulo tal que a luz precisa atravessar uma camada muito maior de atmosfera, tornando mais difícil a propagação de ondas de comprimentos mais baixos, como a da cor azul. Dessa forma, o que sobra é o amarelo. Porém, pode acontecer de o ar estar carregado de poeira ou outras partículas grandes. Nesse caso, ondas de comprimentos maiores também serão filtradas, deixando o céu e o Sol com uma coloração avermelhada.

A Terra está mais próxima do Sol no Verão

Para nós, o Sol estar mais perto no Verão e mais longe no Inverno faz total sentido. Já quem mora no hemisfério norte, isso pode parecer confuso, mas há uma explicação. A mudança das estações da Terra é na verdade, determinada pela inclinação do planeta no seu eixo, e não pela sua distância do Sol. Nosso planeta gira sobre um eixo que é inclinado cerca de 23,5 graus na vertical. O eixo sobre o qual o nosso planeta gira, é inclinado para um lado. Quando esse eixo aponta para o Sol, é Verão nesse hemisfério. Quando aponta para longe, é Inverno.

A rotação da Terra: os dias e as noites, e estações do ano!

A Terra roda em torno de um eixo imaginário que liga o Pólo Norte ao Pólo Sul, e ao fim de 24 horas dá uma volta completa sobre si mesma. Assim, de 24 em 24 horas há um dia e uma noite.
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A rotação da Terra em torno do eixo Pólo
Norte-Pólo Sul, faz a sucessão dos dias e
das noites.

Durante o movimento de rotação da Terra em torno do Sol, o eixo Pólo Norte-Pólo Sul mantém-se a apontar na mesma direcção.
Se fizesse uma viagem espacial para longe da Terra, do Sol e da Lua, veríamos ao longo de um ano, a Terra a movimentar-se da seguinte maneira:
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Se imaginar que a órbita da Terra está num plano – o plano da órbita da Terra – então o eixo norte-sul está inclinado 23º e 30 minutos em relação a esse plano e aponta sempre na mesma direcção. Como se vê na figura anterior, existe uma região ao longo da órbita da Terra em que o Pólo Norte não está iluminado pela luz do Sol, enquanto o Pólo Sul recebe luz. Nessas alturas é Inverno no hemisfério Norte e Verão no hemisfério Sul. Quando o Pólo Norte fica mais inclinado na direcção do Sol começa o Verão no hemisfério Norte: é o solstício de Junho, o dia com mais horas de luz no hemisfério Norte.

A Terra roda em torno do Sol e o seu eixo aponta sempre na mesma direcção. São estes factos que fazem com que haja Verão e Inverno nas regiões acima e abaixo dos trópicos de Câncer e Capricórnio. Na região equatorial, as diferenças entre Verão e Inverno são menos acentuadas. Se nos solstícios olharmos para a Terra e para o Sol de uma nave espacial, ao nível do plano da órbita da Terra, veríamos o seguinte: a trajectória do movimento da Terra em torno do Sol só é aproximadamente circular. De facto, existe uma altura do ano em que a Terra está mais próxima do Sol. É no dia 4 de Janeiro, em pleno Inverno no hemisfério Norte!

Fonte: Ciência Viva.

Há um lado escuro na Lua

O mito sobre o lado escuro da Lua surgiu porque há um lado da Lua que nunca é visível da Terra. Na verdade este lado escuro recebe mais luz do Sol do que o resto da Lua, pois esta parte nunca sofre eclipses, porque a sombra da Terra encobre a Lua. Já no lado visível do nosso satélite natural, a maior parte da iluminação é luz reflectida da Terra.
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Não existe nenhum mistério do lado da Lua, a não ser uma variedade de terrenos. A parte que fica virada para a Terra é mais lisa e cheia de planícies; enquanto o lado oculto é mais esburacado e cheio de crateras, que são causadas pelo impacto de asteróides.

Mas por que este lado nunca é visível da Terra?

Porque a interacção gravitacional entre o nosso planeta e o nosso satélite natural, forçou uma sincronização entre rotação e translação da Lua. A Lua leva exactos 27 dias, 7 horas, 43 minutos e 11 segundos, tanto para girar inteiramente sobre o seu eixo (rotação), quanto para dar uma volta em torno da Terra (translação). Por outras palavras, essa sincronização entre a Lua e a Terra evita de se ver o outro lado do satélite natural.
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Selo soviético em comemoração da
primeira fotografia do lado oculto
da Lua.

Este hemisfério foi fotografado pela primeira vez pela sonda espacial soviética Luna 3 em 1959, e observado por astronautas americanos da missão Apollo 8 na órbita da Lua em 1968.

Pode-se ouvir o som no Espaço?

Todos sabemos que os sons se propagam devido a existência de ar, e as ondas electromagnéticas se propagam no vácuo. Mas poderiam transmitir sons audíveis aos nossos ouvidos no espaço?
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Muitos filmes de ficção científica como a série "Caminho das Estrelas" e "Guerra nas Estrelas", contêm diversas cenas que combinam cenas de acção no espaço com engenhosos efeitos sonoros. Mas seriamos capazes de ouvir a nave Enterprise ou mesmo a destruição da Estrela da Morte?

O som se propaga através de ondas mecânicas. Uma onda mecânica é uma perturbação que se move e transporta a energia de um lugar para outro através de um meio. No som, a perturbação é um objecto que vibra. E o meio pode ser qualquer série de partículas interconectadas e interactivas. Isso significa que o som pode se propagar através de gases, líquidos e sólidos. As ondas sonoras se propagam através da matéria.

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No espaço quase não há matéria e o som não se propaga através dele. A distância entre as partículas é tão grande que elas nunca se chocam entre si. Mesmo se pudéssemos assistir à explosão da Estrela da Morte da série "Guerra das Estrelas", como cenário verdadeiro, não ouviríamos nada.

Mas existem maneiras do ser humano ouvir no espaço

As ondas rádio podem se propagar no espaço. Assim, se um astronauta estiver usando um traje espacial que tem um rádio e um de seus companheiros lhe manda uma mensagem de rádio da estação espacial, consegue ouvir. Isso porque as ondas de rádio não são mecânicas, mas sim electromagnéticas.
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As ondas electromagnéticas podem transmitir energia através do vácuo. Quando o rádio do astronauta recebe o sinal, converte-o em som e esse som se propaga sem problemas através do ar que existe dentro do traje espacial do astronauta. Apesar de a maioria dos filmes de ficção científica mostrar explosões sonoras, é impossível ouvir no espaço.

A Muralha da China pode ser vista do Espaço?

O mito sobre a Grande Muralha da China ser visível do espaço foi um equívoco da NASA, que confundiu o traçado do leito de um rio com a obra chinesa. Para tirar dúvidas, em 2003, a China, enviou Yang Liwei, o primeiro astronauta chinês a ir ao espaço. Na realidade Yang Liwei não viu nada. Após o confirmação do astronauta chinês, a NASA reconheceu oficialmente o erro.

A ACC (Academia de Ciências da China) afirma que apesar da Grande Muralha não ser visível do espaço, outras obras feitas pelo homem são visíveis.
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As pirâmides do Egipto aparecem nesta foto tirada do espaço pelo astronauta
japonês Soichi Noguchi.
 
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