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História de Organizações Criminosas

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GF Platina
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Pablo Escobar: Senhor da Droga Colombiano

Pablo Emilio Escobar Gaviria nasceu no dia 1 de Dezembro de 1949, em Rionegro, na Antioquia (um dos 32 departamentos situado no noroeste da Colômbia). Conquistou fama mundial como o senhor da droga colombiano, tornando-se um dos homens mais ricos do mundo graças ao tráfico de cocaína nos Estados Unidos e outros países. Membros do governo norte-americano e colombiano, repórteres de jornais e o público em geral, consideram-no o mais brutal, impiedoso, ambicioso e poderoso traficante da história.
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Em 1989, a revista Forbes, colocou Pablo Escobar na lista dos homens mais ricos do mundo, ocupando o 7º lugar. Estimando que teria um património de cerca de 25 biliões de dólares. Teve o controlo de 80% do mercado mundial de cocaína, seguindo o slogan: "Prata ou Chumbo". Existem relatos de que era protegido e admirado pela população local, cultivando a imagem de Robin Hood (roubar aos ricos para dar aos pobres).

Apelidado carinhosamente de "Don Pablito" ou "El Patron", Pablo Escobar chefiava o Cartel de Medellín, traficando biliões de dólares em cocaína. Inteligente, ajudava a população carente da Colômbia e utilizava a ideologia anti-imperialista para camuflar suas acções ilegais, ganhando apoio da maioria dos colombianos. Por exemplo, Escobar construía estádios de futebol e financiava algumas equipas desportivas da cidade. Dizia tirar dos ricos para dar aos pobres, criando uma imagem de Robin Hood. Com isso, o povo de Medellín encobriu-o e fazendo os possíveis para protegê-lo das autoridades.

Pablo Escobar teve uma infância pobre, nasceu numa barraca na cidade de Rionegro, em Antioquia. Foi o terceiro filho entre seus seis irmãos, e recebeu educação do seu pai camponês, Abel de Jesus Escobar, e de sua mãe Gaviria Hemilda, professora. Iniciou seus estudos em Ciências Políticas, mas desistiu por não conseguir pagar a mensalidade da faculdade. Então escolheu a solução para seus problemas no mundo do crime, inicialmente roubando túmulos e os revendendo para contrabandistas. Mas Roberto Escobar, seu irmão, nega que Pablo tenha feito isso.

Pablo Escobar iniciou a sua carreira de criminoso com o contrabando de cigarros falsos e venda de bilhetes de lotaria falsificados. Aos 20 anos, já era um grande ladrão de carros, ao mesmo tempo em que prestava serviço como guarda-costas. Antes de entrar no tráfico de drogas, conseguiu 100.000 dólares com o rapto de um executivo de Medellín. Aos 22 anos de idade, Pablo Escobar já era milionário. No ano de 1975, Escobar começa a se envolver com o tráfico de cocaína. Fazia viagens de ida e volta entre a Colômbia e o Panamá, contrabandeando drogas para os Estados Unidos. Começou a ganhar notoriedade quando encomendou o assassinato de Fabio Restrepo, um revendedor de Medellín. Um ano depois, Escobar e seus homens foram apanhados com 18 kg de pasta base, utilizada na composição da coca, após regressarem do Equador. Depois deste episódio, Pablo iniciava suas tentativas de suborno. Comprou alguns juízes de Medellín e conseguiu com que o caso fosse arquivado. Foi aí que começou sua política de lidar com as autoridades, matando-as ou subornando-as, com o famoso slogan "O Plata, o Plomo" (Prata ou chumbo). Prata referia-se ao dinheiro.
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Durante os anos 80, a sua rede de distribuição de cocaína ganhou repercussão internacional. O Cartel de Medellín era peça chave no contrabando da cocaína que chegava aos Estados Unidos pelo México, Porto Rico e República Dominicana. Fora isso, outros mercados atingidos pelo Cartel Medellín foram o Europeu e o Asiático.

Escobar fazia qualquer coisa para atingir seus objectivos:
- Foi responsabilizado pela morte de três políticos colombianos que concorriam à presidência, ao explodir um avião da Avianca 203 e o prédio de segurança pública da cidade de Bogotá;
- Foi também responsável pelas guerras sangrentas com o Cartel de Cali.
Segundo alguns historiadores, Pablo enviava cartas para suas vítimas, convidava-as para seus próprios enterros, que ocorriam precisamente nas datas sugeridas pelo terrorista.

Voo 203 Avianca

O Voo 203 do Boeing 727, operado pela companhia Avianca, foi destruído por uma bomba sobre a Colômbia em 27 de Novembro de 1989. O avião iria de Bogotá, capital colombiana, a Cali. Após cinco minutos de voo, um explosivo foi detonado a bordo, provocando a ignição de vapores no tanque de combustível vazio. A explosão rasgou a aeronave ao meio. Todas as 107 pessoas a bordo foram mortas. Os restos do avião, ao cair no solo, ainda mataram 3 pessoas. A explosão da bomba do voo 203 foi o pior ataque criminoso em muitas décadas de violência na Colômbia. O Cartel de Medellín assumiu a responsabilidade pelo atentado, afirmando que o alvo era Cesar Gaviria Trujillo, o então candidato a presidente líder nas pesquisas, embora a suposta vítima não estivesse no voo.

La Catedral

Em 1991, após cometer o assassinato de Luis Carlos Galán, um candidato à presidência, Escobar fez um acordo com o governo colombiano para evitar sua extradição para os Estados Unidos ou sua morte pelo Cartel de Cali. Pressionado pelas autoridades e pela opinião pública, Escobar foi preso numa prisão luxuosa, construída por ele mesmo, La Catedral.
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Após este episódio, a extradição de cidadãos colombianos foi proibida e uma nova constituição foi aprovada. Porém, suspeita-se de que Escobar tenha influenciado alguns membros da Assembleia Constituinte. Mesmo preso, Escobar continuava com suas actividades ilegais. Em 1992, escapou antes da sua transferência para outra prisão, com medo de ser extraditado para os Estados Unidos. Chegou a dizer as seguintes palavras: «Prefiro uma cova na Colômbia a uma cela nos Estados Unidos».

Fim de Pablo Escobar

A guerra contra Pablo Escobar terminou no dia 2 de Dezembro de 1993. Usando uma tecnologia de triangulação de rádio fornecida pelos Estados Unidos, uma equipa de especialistas em electrónica colombianos veio a encontrar Escobar no bairro de classe média de Medellín. Ao tentar resistir à prisão, Pablo Escobar morreu durante uma troca de tiros com a polícia. Escobar morreu no tecto de uma casa quando procurava escapar do cerco policial em companhia de um segurança. Tinha 44 anos de idade. Circularam rumores de que atiradores de elite participaram na operação da sua captura. A forma como Escobar foi morto neste confronto foi bastante questionada, mas sabe-se que foi encurralado no telhado e levou tiros na perna, nas costas, e o tiro fatal, perto do ouvido.

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Os membros do Coronel Hugo Martinez comemoram sobre o corpo de Pablo
Escobar em 2 de Dezembro de 1993.

A morte de Pablo terminou com um esforço de busca de 15 meses, que custou centenas de milhões de dólares, e teve a coordenação entre os Estados Unidos, com o Comando Conjunto de Operações Especiais, a Força Administrativa de Narcóticos (DEA), a Polícia Colombiana, e o grupo Los Pepes.

O Poderoso Escobar

Pablo Escobar era procurado pelo governo, tendo a sua cabeça a prémio no valor de 6 milhões de dólares. Escobar era procurado desde 1992, quando conseguiu fugir da prisão de segurança máxima. Nunca se soube se o seu paradeiro foi comunicado por um informador ou por investigadores do exército colombiano.
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No auge de seu império, Pablo Escobar, senhor do Cartel de Medellín, controlava 80% do mercado mundial de cocaína. A sua organização tinha aviões, lanchas e veículos caros. Vastas propriedades e terras eram controladas por Escobar durante esse período, onde ganhava uma soma de dinheiro quase incalculável. Estima-se que o Cartel de Medellín chegou a facturar cerca de 30 biliões de dólares por ano.
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Considerado um inimigo dos governos dos Estados Unidos e da Colômbia, e um herói para muitos em Medellín, Pablo Escobar tinha bons relacionamentos e trabalhou para melhorar as condições de vida da população pobre da cidade.
 
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O Jardim Zoológico de Escobar

La Hacienda Nápoles é o nome dado a uma propriedade grande situada na cidade de Puerto Triunfo, Antioquia, na Colômbia. Encontra-se no vale do Rio Magdalena, e é reconhecido como um símbolo de sucesso do Cartel de Medellín e especialmente do seu proprietário Pablo Escobar.
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A fazenda Nápoles é uma área enorme, onde várias espécies de animais vivem no seu ecossistema. Também existe atracções como uma simulação de ficção de um parque jurássico, um teatro, uma casa maravilhosa, ruínas de uma colecção de carros e aviões. La Hacienda Napoles foi construído pelo famoso traficante colombiano Pablo Escobar. Actualmente é um parque de diversões.
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Quando pertencia a Escobar, a fazenda teve mais de 1500 espécies de animais. No entanto, muitas destas espécies desapareceram, quando Escobar começou a ser assediado pelas autoridades colombianas. Assim, vários hipopótamos começaram a viver de modo selvagem, o que levou alguns machos partirem para explorar a selva. Outros animais morreram por falta de cuidados e alguns foram roubados.
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Actualmente, na La Hacienda Napoles pode-se encontrar um aquário completo com peixes da Colômbia, uma borboleta mágica no mundo de répteis, uma comunidade de hipopótamos e dois recentemente confiscado de um circo, entre outras variedades de animais selvagens, incluindo elefantes e aves.

Depois da morte de Escobar, o Cartel de Medellín se fragmentou e o domínio do mercado de cocaína rapidamente foi assumido pelo rival Cartel de Cali até meados da década de 1990, quando seus líderes também foram capturados ou mortos.
 

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O Traficante Americano

George Jacob Jung nasceu no dia 6 de Agosto de 1942, em Weymouth, e foi o maior responsável pela importação de cocaína nos Estados Unidos na década de 1970 e no início da década de 1980. Membro do Cartel de Medellín, a sua história foi contado no filme "Profissão de Risco" (2001) com Johnny Depp interpretando o traficante americano.
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Iniciou a sua carreira de crime como traficante de maconha na década de 1960, importando centenas de quilos vindos do México, da cidade de Puerto Vallarta até Palm Springs, na Califórnia. O seu negócio cresceu a ponto de facturar cerca de 100.000 dólares por mês. Foi detido em Chicago depois de ter sido denunciado à polícia por um companheiro. Na prisão em Danbury, no Connecticut, seu companheiro de cela foi Carlos Lehder, um colombiano que tinha experiência com cocaína. Juntos uniram seus conhecimentos para planear a vinda da cocaína em pequenos aviões.
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Carlos Lehder Rivas, traficante de drogas colombiano, filho de pai alemão e mãe colombiana, possuía nacionalidade alemã. Foi co-fundador do Cartel de Medellín e um de seus mais importantes operadores, sendo considerado um dos traficantes colombianos mais importantes a serem capturados com sucesso nos Estados Unidos. Transportava cocaína ilegalmente para os Estados Unidos em aviões a partir de uma ilha chamada Norman's Cay, ao sul da Flórida, nas Bahamas. Foi capturado em 1987 e enviado aos Estados Unidos, sendo sentenciado à prisão perpétua de 135 anos. Em 1992, para testemunhar contra Manuel Noriega, teve a pena reduzida para 55 anos.

Após saírem da prisão, George Jung e Carlos Lehder entraram em acção utilizando as Bahamas como ponto de reabastecimento dos aviões, e subornavam pessoas por onde passavam para dificultar o rastreamento. Entretanto, no final da década de 1970, os planos de Lehder começaram a ficar mais grandiosos, e ele planeou construir um império de transporte maciço a partir de uma ilha privada nas Bahamas, e resolveu deixar Jung fora dos negócios. Durante essa época, Jung tornou-se amigo pessoal de Pablo Escobar. Após ter sido posto para fora do negócio por Lehder, pôde iniciar uma linha mais modesta de negociação directamente com Escobar, operando de forma muito parecida com a anterior. Dessa maneira, chegou a facturar mais de 100 milhões de dólares.

Jung foi preso mais tarde em Massachusetts em 1987, com uma grande quantidade de cocaína. A sua família pagou a fiança, e Jung envolveu-se rapidamente noutro negócio, onde foi traído por um piloto de sua confiança. Durante esta época, Carlos Lehder passou a cooperar com o governo contra Escobar, Jung e muitos outros. Com a aprovação de Escobar, Jung concordou em testemunhar contra Lehder e foi libertado. Após alguns trabalhos limpos, Jung voltou a trabalhar com maconha. Em 1994, foi preso no México com vários quilos de maconha, e foi sentenciado a 21 anos de prisão. Após passar 20 anos preso George ganhou a liberdade no dia 2 de Junho de 2014.

Da sua carreira, Jung disse: «Algumas pessoas são astros do cinema, outras são astros do rock, eu era um astro da droga».

Filme "Blow" (Profissão de Risco)

Baseado em factos reais, "Blow" (Profissão de Risco) é um filme sobre a introdução do tráfico de cocaína nos Estados Unidos. George Jung (Johnny Depp) vem de uma boa família, mas acaba por se envolver no comércio de maconha na Califórnia. A partir daí nunca mais para e entra cada vez mais fundo no mundo das drogas. Depois de um tempo, George começa a importar e vender cocaína, e torna-se então um dos principais perseguidos do Governo.
[video=youtube_share;q8lGHQn_n9Y]http://youtu.be/q8lGHQn_n9Y[/video]

 

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Outros Cartéis Colombianos

Cartel Bogotá

Justo Pastor Perafan fundou o Cartel Bogotá dedicado ao tráfico de cocaína, com base na capital da Colômbia, Bogotá. Liderou-o pessoalmente até à sua prisão em Abril de 1997, na Venezuela.
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Perafan era um fugitivo desde Agosto de 1995, quando as autoridades norte-americanas emitiram uma acusação federal por dirigir uma contínua sociedade criminosa durante 1988-1994. As autoridades da Venezuela extraditaram Perafan para Nova Iorque, onde foi julgado e sentenciado a 30 anos de prisão. Esse golpe pode ter condenado o Cartel Bogotá, mas outro rei do crime surgiu para tomar as rédeas: Alejandro "Juvenal" Bernal-Madrigal, ex-membro do Cartel de Medellín de Pablo Escobar.
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Capturado e preso no México, foi libertado para a Colômbia em 1995. Nessa altura, as forças policiais fizeram incursões fatais ao seu cartel. Bernal e Fábio Ochoa-Vasquez assumiram o comando do Cartel de Bogotá. Mas Bernal-Madrigal gabou-se de que só para os Estados Unidos tinha exportado 30 toneladas de cocaína durante as últimas semanas de Agosto de 1999. A resposta oficial a essa afirmação foi rápida: uma força colombiana combinada de agentes da DEA e da polícia colombiana desmantelou o Cartel Bogotá em Outubro de 1999, prendendo Bernal-Madrigal, Ochoa-Vasquez e 29 dos seus associados. Os observadores previram o desaparecimento do cartel, mas um relatório suspeito surgiu a mencionar que Bernal-Madrigal e Ochoa-Vasquez lutavam pelo cartel a partir das suas prisões luxuosas, sendo servidos com alimentos do tipo gourmet, e vendo televisão em ecrãs topo de gama com satélite.

Fim de Alejandro Bernal-Madrigal

No dia 29 de Novembro de 2012, Alejandro Bernal-Madrigal, foi morto a tiros fora de um restaurante no município de Cajica, ao norte de Bogotá, na Colômbia. Tinha regressado há um mês, após ter cumprido 10 anos de prisão nos Estados Unidos. Preso na Colômbia durante a "Operação Milénio" e extraditado dois anos depois, tinha sido condenado nos Estados Unidos de tráfico de cocaína, mas negociou uma redução da sua pena em troca de testemunhar contra Fabio Ochoa. Segundo El Tiempo, após a sua libertação, Alejandro Bernal-Madrigal passou um tempo no Panamá, para sua própria segurança, mas sua família convenceu-o a vir para a Colômbia.

Cartel do Vale do Norte

Após a queda dos Cartéis de Medellín e Cali, surgiu em 1990, o Cartel do Vale do Norte, que operou principalmente no norte do Valle del Cauca, no sudoeste de Colômbia, e que teve um importante crescimento em meados da década de 1990. É conhecida como uma das organizações mais poderosas dedicadas ao tráfico de drogas. Existem indícios que os membros deste cartel contrataram os serviços das Autodefesas Unidas de Colômbia (AUC), uma organização paramilitar de extrema-direita internacionalmente classificada como terrorista, para proteger as rotas do cartel de drogas, seus laboratórios de drogas e seus membros e associados. O cartel exportou 500 toneladas de cocaína para os Estados Unidos através do México, entre 1990 e 2004. O valor grossita dessas drogas estima-se em 10 biliões de dólares. Líderes deste grupo incluem Diego León Montoya Sánchez, Hernando "Rasguño" Gómez Bustamante, e Wilber "Jábon" Varela. Como líder do cartel, Montoya ganhou acusações múltiplas nos Estados Unidos.
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A recompensa de 5 milhões de dólares, oferecida
por informação que levasse à captura de Montoya
era a segunda maior depois de Osama bin Laden.
Era conhecido por "Don Diego".

De acordo com o FBI, Montoya possuía uma riqueza enorme que permitia-lhe ter protecção dos grupos extremistas colombianos, tanto da extrema-esquerda como da extrema-direita. Um dos seus grupos era a força paramilitar Autodefesa Unida da Colômbia, grupo da extrema-direita. Atiradores da AUC eram usados por Montoya como guarda-costas, para salvaguardar transacções de carregamentos de droga e para vigiar laboratórios rurais de droga.

O Cartel do Vale de Norte sofreu grandes lutas internas durante 2003-2004, quando Gómez e Varela, alegadamente, tentaram negociar os termos de rendição com os agentes da DEA. Mas Montoya rejeitou essas negociações, originando conflitos que ceifaram cerca de 1000 vidas.
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No início de 2005, foram presos 100 assassinos, incluindo os melhores atiradores de Montoya e Varela: Carlos José Robayo Escobar e Júlio César López. As mesmas acções policiais apreenderam dos cartéis mais de 100 milhões de dólares em bens, incluindo um quase completo submarino de fibra de vidro para contrabandear cocaína. Em 15 de Janeiro de 2007, o irmão e co-líder de Montoya, Eugénio, foi capturado na Colômbia. No dia 10 de Setembro de 2007, as autoridades colombianas anunciaram que tinham detido o próprio Montoya no oeste do país, depois de uma longa caçada humana.
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Em 12 de Dezembro de 2008, Montoya foi extraditado para
Miami de helicóptero pela agência americana DEA, marcando
o fim definitivo do Cartel do Vale do Norte.
 
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O Narcotráfico no México

Com uma extensão territorial de 1.958.201 km2 e população total de 109.610.036 habitantes, o México está no meio de uma guerra entre diferentes gangues comandados por narcotraficantes. Os confrontos são mais intensos nas regiões próximas à fronteira com os Estados Unidos (principal destino da droga contrabandeada), onde grupos rivais lutam pela ocupação e expansão de zonas de influência. O tráfico de drogas nessa área é muito disputado, pois os lucros financeiros são elevadíssimos em razão da grande quantidade de drogas que é contrabandeada na região fronteiriça.

Os principais cartéis do narcotráfico que actuam no México são o Beltrán Leyva, Golfo, Sinaloa, Loz Zetas, Juarez, La Familia e Tijuana. Os grupos rivais estão em constante conflito para a ocupação territorial, facto que tem provocado uma série de assassinatos no país, inclusive de pessoas que não possuem envolvimento com os cartéis. Para se ter uma ideia da proporção da violência mexicana, a nação já superou a Colômbia em sequestros e assassinatos promovidos por narcotraficantes.

O Presidente do México, Felipe Calderón, numa tentativa de combater a acção dos cartéis, enviou o exército nacional e a polícia federal na luta contra o narcotráfico. Porém, vários polícias e soldados passaram a trabalhar para os grupos criminosos, que pagam salários bem superiores. Desde que Calderón assumiu a presidência, a violência se intensificou, e o número de assassinatos já atingiu a marca de 28.000. Os narcotraficantes aterrorizam cidades, promovendo ataques a bares, restaurantes, discotecas, etc. Muitos habitantes estão migrando para outros lugares e algumas cidades estão quase desabitadas.

Em algumas regiões é comum encontrar corpos decapitados nas ruas, pessoas mortas com sinais de tortura, cadáveres amarrados em passarelas, entre outros métodos assustadores. Os gangues extorquem dinheiro de comerciantes e até mesmo da população. Outra prática muito comum é a realização de sequestros, tanto para obtenção de resgate quanto para o transporte de drogas.

No dia 25 de Agosto de 2010, 72 imigrantes ilegais que tentavam cruzar a fronteira do México com os Estados Unidos foram raptados pelo cartel do narcotráfico Los Zetas, que exigia das vítimas a realização de alguns trabalhos para o grupo. A proposta foi recusada e os narcotraficantes executaram 70 pessoas, sendo quatro brasileiros.

Autor: Wagner de Cerqueira e Francisco, Graduado em Geografia.
 

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Guerra contra o narcotráfico no México

A Guerra contra o narcotráfico no México é um conflito armado entre cartéis de drogas ilegais pelo controle regional e contra as forças armadas do governo mexicano e milícias locais (os vigilantes). Desde 2006, quando a intervenção militar mexicana em larga escala começou, o governo central se dispôs a acabar com a violência relacionada ao narcotráfico. Além disso, um dos principais objectivos seria desmantelar os grupos de traficantes e não necessariamente deter o processo de venda de drogas, que é deixado a cargo dos agentes policiais norte-americanos na fronteira.
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Apesar dos cartéis mexicanos de drogas existirem há décadas, eles se tornaram mais poderosos devido ao enfraquecimento dos cartéis colombianos de Cali e Medellín na década de 90. Os traficantes mexicanos agora dominam o negócio da cocaína, e em 2007 eram responsáveis por 90% da cocaína que entrava nos Estados Unidos.

A prisão de líderes de algumas das principais organizações criminosas mexicanas, particularmente dos cartéis de Tijuana e do Golfo, descentralizou o comando das transacções de drogas e aumentou o surgimento de diversos grupos que lutaram entre si pelo controlo dos pontos de venda, e principalmente, dos pontos de distribuição de drogas, especialmente para os Estados Unidos. Segundo analistas, as vendas de drogas ilícitas feitas por cartéis mexicanos geram um lucro estimado entre 13,6 biliões e 49,4 biliões de dólares anuais.
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No fim da administração do presidente Felipe Calderón (2006-2012), foi estimado que pelo menos cerca de 60.000 pessoas morreram na guerra às drogas no México. Contudo, alguns indicadores afirmam que o número de homicídios pode chegar a mais de 100.000 pessoas, se somar as que estão desaparecidas, e provavelmente mortas.
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Nos últimos anos, a situação no México vem se deteriorando. O número de mortos aumentou consideravelmente e a violência perpetrada pelos cartéis piorou.
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Em 2014, as milícias populares surgiram em algumas cidades mexicanas (especialmente no Estado de Michoacán) para combater os cartéis que, segundo eles, brutalizavam a população. Acusando a polícia e o governo de serem tremendamente corruptos, pretendiam fazer justiça com as próprias mãos. O governo do México enviou tropas federais e a violência na região se intensificou consideravelmente.
 

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Cartel Sonora

Este poderoso sindicato da droga é conhecido como Organização Caro-Quintero, por causa da família dominante. O fundador Rafael Caro-Quintero foi ajudado pelos irmãos Genaro, Jorge e Miguel, assim como pela irmã Carmen. Tem sedes em Caborca e Hermosillo, supervisionando postos avançados em ambos os lados da fronteira dos Estados Unidos com o México. Incluindo rotas activas de contrabando nos Estados norte-americanos do Arizona, Califórnia, Nevada e Texas. Ao contrário dos cartéis mexicanos rivais que contrabandeiam principalmente cocaína e heroína, o Cartel Sonora especializou-se no cultivo e venda de marijuana.
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Rafael Caro-Quintero, fundador do Cartel Sonora.

O crime mais notável deste cartel foi o rapto e a morte por tortura do agente da DEA, Enrique "Kiki" Camarena Salazar, em Fevereiro de 1985, em Guadalajara. Derrotados por bloqueios legais para extradição, os agentes do FBI autorizaram o rapto dos suspeitos Humberto Álvarez Machain e Javier Vasquez Velasco, por caçadores de prémios privados. Em Los Angeles, os jurados absolveram Álvarez, mas Vasquez recebeu três mandatos de prisão perpétua.

Logo depois do assassinato de Camarena, em Abril de 1985, as autoridades da Costa Rica prenderam Rafael Caro-Quintero por tráfico de droga. Os júris da Califórnia e Arizona indiciaram-no com acusações múltiplas, de 1987 a 1991, resultando no mandato de captura em Janeiro de 1997. No entanto, o México manteve a jurisdição sobre Caro-Quintero, e finalmente aplicou a pena máxima de 40 anos por crimes que incluíam o assassinato de Camarena. Miguel Caro-Quintero assumiu depois a liderança titular do cartel, apoiado pelos restantes irmãos.
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Em Dezembro de 2001, Miguel Caro-Quintero foi preso
pelas autoridades mexicanas, sobre pressão do governo dos
Estados Unidos.

Em Janeiro de 2005, o FBI alegou que líderes do Cartel Sonora planeavam raptar agentes norte-americanos para matá-los no México. De acordo com o FBI, o Cartel Sonora tinha 250 homens armados na fronteira para executar o plano, mas como muitos outros avisos públicos da sede do FBI, a ameaça não se realizou.

Enrique Camarena

Enrique "Kiki" Camarena, agente secreto americano da DEA, nasceu no dia 26 de Julho de 1947, em Mexicali, no México. Em 1973, entrou para os Marines onde actuou durante dois anos. Mais tarde juntou-se a DEA em Calexico, na Califórnia.
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Em 1981 foi designado para a agência Guadalajara no México. Camarena também tinha trabalhado como um bombeiro e detective, antes de se juntar a DEA em Calexico.

Rapto e assassinato

Em 1984, com posse de informações de Camarena, 450 soldados mexicanos com o apoio de helicópteros destruíram 1000 hectare de maconha, que tinha uma produção anual estimada de 8 biliões de dólares anuais. Camarena, que havia sido identificado como delator, foi raptado em plena luz do dia em 7 de Fevereiro de 1985, por polícias corruptos que trabalhavam para o traficante Miguel Ángel Félix Gallardo. Camarena foi torturado no rancho do Gallardo durante um período de 30 horas, em seguida, assassinado. O seu crânio, mandíbula, nariz, maçãs do rosto e traqueia foram esmagados. As suas costelas partidas, e um buraco na sua cabeça foi feito com uma chave de fenda.
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Injectaram anfetaminas e outras drogas, para garantir que permanecesse consciente durante a sua tortura. O corpo de Camarena foi encontrado numa área rural fora da pequena cidade de La Angostura, no Estado de Michoacán em 5 de Março.

Filme "A Guerra da Droga"

O filme "A Guerra da Droga" foi dirigido em 1990 por Brian Gibson e teve a participação dos actores Steven Bauer interpretando o agente da DEA Kiki Camarena; e Benicio del Toro interpretando Rafael Caro-Quintero. Além da participação de Treat William, também como agente policial Ray Carson.
[video=youtube_share;LZQI1PADv8s]http://youtu.be/LZQI1PADv8s[/video]
O filme conta a história verídica do agente da DEA, Enrique Cameron, conhecido por Kiki Camarena, que foi brutalmente torturado e assassinado em 1985 em Guadalajara, para onde foi enviado para tentar apanhar os mais importantes barões dos cartéis da droga locais. A sua morte deu origem a uma investigação em larga escala às mais altas instâncias do Governo Mexicano, profundamente mergulhado na corrupção ligado ao dinheiro do narcotráfico.
 
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Cartel Guadalajara

Este cartel especializado na manufactura e exportação de anfetaminas ilegais foi fundado pelos irmãos Amezcua-Contreras, Adan, José de Jesus e Luís. Com Jesus no comando, o cartel comprava grandes quantidades de efedrina à Índia e Tailândia, cozinhando esse produto em laboratórios clandestinos em ambos os lados da fronteira dos Estados Unidos com o México.

Mundialmente famosa por causa de doping no desporto, a efedrina é uma substância de venda proibida no Brasil desde 2003. Produz resistência aos atletas, tornando-os mais rápidos; além disso, ainda queima gordura, sendo a favorita para quem pretendem perder peso. Mas tem o seu lado negro, é uma substância com alto poder viciante, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Conforme o vício se torna mais forte, fica cada vez mais difícil ao atleta fazer actividades físicas sem o uso da substância. Há profissionais na área de preparação física que apontam que se usada sob responsabilidade de um médico (algo que também não deveria ocorrer em função de a efedrina ser proibida), não há riscos, o que não é verdade.

Uma investigação conjunta da DEA americana e da agência mexicana contra os narcóticos, FEADS, desvendou o negócio da Família Amezcua-Contreras, nos finais dos anos 90. José Osório- Cabrera, indiciado em Los Angeles e detido em Banguecoque por traficar ilegalmente efedrina, foi o primeiro a cair. Depois em Novembro de 1997, as autoridades mexicanas prenderam Adan Amezcua-Contreras. Sete meses depois, José e Luís foram presos com iguais acusações de tráfico de droga.
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Nas mesmas rusgas, também foram apanhados outros 97 arguidos, juntamente com 133 kg de anfetaminas, 90 galões de solução de anfetaminas, 1100 kg de cocaína, três laboratórios de droga, e outros bens avaliados em 2,25 milhões de dólares. Um dos laboratórios operava a 200 metros de uma escola e centro de dia, enquanto outro se situava junto a um concorrido centro equestre na Califórnia.
 
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Cartel Tijuana

Fundada por Ramón Eduardo Arellano-Félix (1964-2002), o Cartel Tijuana opera a partir da sua sede na fronteira Estados Unidos com México, perto de San Diego, na Califórnia. Domina o tráfico ilegal de drogas em Baja Califórnia, e é conhecida pela sua excessiva violência.
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Ramón Eduardo Arellano Félix foi um dos membros mais
impiedosos do Cartel Tijuana, e suspeito de vários assassinatos.

Ramón Eduardo Arellano Félix ficou conhecida pelo seu massacre de 1997 de 12 membros de uma família em Mazatlán, e um trabalho mal feito de assassinato contratado que ceifou 19 vidas em Enseñada, a 17 de Setembro de 1998. Um dia depois da matança, o FBI colocou Ramón Eduardo Arellano-Féliz na lista dos mais procurados no mundo. Escapou às autoridades até 10 de Fevereiro de 2002, morrendo no tiroteio com a polícia mexicana em Mazatlán. As autoridades acreditam que Ramón Arellano-Félix planeava a morte de um traficante de droga rival, mas os seus planos foram gorados por uma rusga que veio a resultar na sua morte.

Outros crimes brutais atribuídos ao Cartel Tijuana:
- O assassinato do Cardeal Juan Jesus Posadas Ocampo, em 1993, apanhado no meio de um tiroteio entre gangues de droga em conflito no Aeroporto de Guadalajara;
- Em 1994, uma guerra territorial ceifou 26 vidas em San Diego;
- Em Setembro de 1994, o Procurador mexicano Ernesto Ibarra Santes, foi assassinado;
- A emboscada e morte de dois polícias à saída do Tribunal Federal de Tijuana, em Novembro de 1997.
No caso do Procurador Ibarra, dois suspeitos voaram para os Estados Unidos, onde um se declarou culpado de acusações de droga em San Diego; o outro foi extraditado e declarou-se culpado de porte ilegal de armas em Abril de 1998. A emboscada e morte dos dois polícias, levou à detenção e condenação do tenente do Cartel de Tijuana, Everardo Arturo Paez Martinez.

As autoridades americanas indiciaram Francisco e Benjamim Arellano-Félix por tráfico de droga em 1980 e 1989. Benjamim fugiu mas continuou a controlar os negócios do Cartel Tijuana, mas Francisco foi capturado pela Guarda Costeira Americana enquanto pescava na costa da Baja Califórnia, a 16 de Agosto de 2006.
A detenção de Francisco partiu de uma indiciação federal em 2003 devido a acusações de assassinato, contrabando e conspiração. Apesar desse sucesso, o governo americano ainda considera o Cartel Tijuana como a maior e mais violenta organização de tráfico de drogas na Baja Califórnia.
 
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Cartel Juárez

O Cartel de Juárez, também conhecido como Organização Fuentes Vicente Carrillo, tem a sua sede em Ciudad Juárez, Chihuahua, no México, perto de El Paso, no Texas, do lado americano.

O Cartel Juárez é uma das várias organizações de tráfico de drogas que têm sido conhecidas por decapitar seus rivais, mutilar seus corpos e despejá-los em lugares públicos para instilar o medo não só para o público em geral, mas também para as autoridades locais e os seus rivais como o Cartel de Sinaloa. O Cartel de Juárez possui um braço armado conhecido como La Línea, um gangue da rua de Juarez, que geralmente realiza as execuções. Também utiliza o gangue Azteca para atacar seus inimigos.
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O Cartel de Juárez foi um protagonista dominante no centro do país, controlando uma grande percentagem do tráfico de cocaína do México para os Estados Unidos. A morte de Amado Carrillo Fuentes em 1997, no entanto, foi o início do declínio do Cartel de Juárez, já que Carrillo contava com vínculos com o oficial de interceptação de drogas do alto escalão do México, o general de divisão José de Jesús Gutiérrez Rebollo. Em Setembro de 2011, a Polícia Federal do México informou que o cartel é conhecido como Novo Cartel de Juárez. Alega-se que o Novo Cartel de Juárez seja responsável por execuções recentes em Ciudad de Juárez e Chihuahua. Rafael Aguilar Guajardo estabeleceu o Cartel Juárez na cidade Juárez, do outro lado da fronteira com El Paso, no Texas. O cartel prosperou, mas só atingiu o seu pico depois da morte de Aguilar em Abril de 1993, quando Amado Carrillo Fuentes assumiu o comando.

Amado Carrilo Fuentes: O Senhor dos Céus

Amado Carrilo Fuentes foi membro do Cartel de Guadalajara, até os seus chefes o mandarem para a Colômbia como embaixador, para descobrir os melhores pontos de tráfico de cocaína de Pablo Escobar. Carrilo rapidamente saiu e reemergiu como chefe do Cartel Juárez depois da morte de Aguilar. Depressa estabeleceu uma frota privada de 22 aviões comerciais Boeing 727, que lhe valeram a alcunha de "Senhor dos Céus". Ganhava cerca de 25 biliões de dólares em carregamentos ilegais de droga.
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No meio de dois homens, Amado Carrilo Fuentes com sua forma discreta de vestir,
próprio dos principais líderes do narcotráfico.

A frota aérea privada de Carrillo usava vários aeroportos municipais e pistas de aterragem rurais por todo o México, transportando toneladas de cocaína e outras drogas ilícitas para os Estados Unidos. Os agentes da DEA apelidaram-no "o mais poderoso dos traficantes de droga mexicanos", calculando o seu rendimento mensal em 200 milhões de dólares. Carrillo é considerado um dos criminosos mais ricos da história, com um património líquido estimado de 25 biliões. No seu tempo livre, Carrillo viajava pelo mundo, da América do Sul até à Rússia, procurando nações que o protegessem se alguma vez tivesse de enfrentar a ameaça de prisão. Essa ameaça levou-o a fazer cirurgia plástica, aparentemente resultando na sua morte, no hospital da cidade do México, a 3 de Julho de 1997.

Morte misteriosa de Carrillo

Existem versões sobre a morte de Carrillo:
- Complicações na anestesia ou avaria no ventilador;
- Assassinado por dois guarda-costas presentes na cirurgia.
Outra versão sugere que Carrillo sobreviveu à operação, substituindo o corpo por um dos primos para as fotos da morte e outros testes forenses semelhantes.

Mais tarde, o Cartel Juárez foi transformado numa espécie de nova Aliança Triângulo Dourado, liderado conjuntamente por um consórcio de senhores da droga de estados fronteiriços como Chihuahua, Durango e Sinaloa.
 

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Cartel de Sinaloa

O Cartel de Sinaloa é um dos mais poderosos do mundo, em termos de crime organizado, dedicando-se ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Os Estados Unidos consideram o Cartel Sinaloa como a mais poderosa organização de tráfico de drogas do mundo. Em 2011, o Los Angeles Time considerou o Cartel de Sinaloa como o mais poderoso do México.

Pedro Avilés Pérez foi um pioneiro traficante de drogas no Estado mexicano de Sinaloa, no final dos anos 1960. É considerado como a primeira geração de grandes traficantes de drogas mexicanos de maconha que marcou o nascimento do narcotráfico mexicano em grande escala. Avilés também foi pioneiro no uso de aviões para contrabandear drogas para os Estados Unidos. A segunda geração de traficantes de Sinaloa, como Rafael Caro Quintero, Ernesto Fonseca Carrillo, Miguel Ángel Félix Gallardo e Avilés Pérez Joaquín "El Chapo" Guzmán afirmariam que aprenderam tudo o que sabiam sobre o narcotráfico, enquanto servia na organização Avilés.

Miguel Ángel Félix Gallardo, que eventualmente fundou o Cartel Guadalajara foi preso em 1989, e na prisão, continuou sendo um dos principais traficantes do México, mantendo contacto com a organização através do telemóvel até que foi transferido para uma nova prisão de segurança máxima na década de 1990. Nesse ponto, seus sobrinhos e os irmãos Arellano Félix, criaram a sua própria organização, que veio a ser conhecido como o Cartel de Tijuana, enquanto o Cartel de Sinaloa continuou a ser dirigida por ex-tenentes Héctor Luis Palma Salazar, Adrián Gómez González e Joaquín Guzmán Loera "El Chapo".
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Joaquín Guzmán Loera "El Chapo", traficante mexicano ligado ao Cártel
de Sinaloa.

Natural de Sinaloa, Guzmán Loera "El Chapo", começou a subir no submundo nos anos 80, como membro do cartel de droga liderado por Miguel Ángel Félix Gallardo, com o pseudónimo de "El Padrino". Depois das autoridades aprisionarem Félix Gallardo em 1989, Guzmán Loera tomou o comando do Cartel Sinaloa, também conhecido como "Aliança de Sangue".

O Cártel de Sinaloa é conhecido por escavar túneis. Uma dessas operações foi descoberta em Douglas, no Arizona, em 1990. O arquitecto Felipe de Jesus Corona-Verbera escapou à polícia durante 17 anos por um desses túneis, antes de entrar na prisão para uma sentença de 18 anos em Agosto de 2006.
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A polícia do Arizona descobriu mais de seis túneis abrangendo a fronteira, durante o período de 1995-2001. O ataque ao túnel de Naco, em Arizona, em 1999, rendeu aos agentes da DEA 2600 kg de cocaína no valor de 1,5 milhão de dólares. Outro ataque em Nogales, em 2001, revelou 840 kg de cocaína no valor de 6,5 milhões de dólares. Outra rusga ligada ao cartel em 1993 encontrou 7,3 toneladas de cocaína escondida em latas de pimenta em Tecate, Baja Califórnia.

Essa intromissão no território do Cartel Tijuana causou uma reacção violenta, tendo os irmãos Arellano-Félix tentado matar Guzmán Loera em Guadalajara. Mas os atiradores fizeram uma emboscada ao carro errado e mataram o Cardeal Juan Jesus Posadas Ocampo, em vez do seu alvo pretendido. Guzmán Loera foi preso, mas dentro da prisão, continuou a gerir o cartel, acompanhado por prostitutas e bons vinhos. Alguns dias antes da sua extradição para os Estados Unidos, Guzmán Loera saiu da prisão, deixando o director do estabelecimento prisional e mais 30 guardas com acusações de aceitarem 500.000 dólares em subornos. Três anos antes, Guzmán foi detido pela polícia, e ofereceu ao chefe da polícia 50.000 dólares, e partiu sem ver o interior de uma cela. A partir daí as autoridades policiais tentaram em vão capturá-lo.

Escutas levaram 200 soldados paraquedistas mexicanos a um esconderijo nas Montanhas Sierra Madre, em Novembro de 2004, mas Gusmán Loera escapou aos seus perseguidores que juraram ter ouvido a sua voz na linha 30 minutos antes do ataque. Frustrados, os soldados paraquedistas descarregaram a sua raiva fazendo explodir os carros caros de Guzmán.

Em 2006, Guzmán Loera surpreendeu os patronos do restaurante Nuevo Laredo, juntando-se a eles ao jantar e pagando a conta, enquanto os seus guarda-costas olhavam atentamente. A recompensa de 5 milhões de dólares oferecidos pela DEA por informações sobre Guzmán não atraiu os caçadores de prémios.
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Finalmente, Guzmán foi capturado em 22 de Fevereiro de 2014, no hotel
da cidade mexicana de Mazatlán.

Guzmán encontrava-se evadido da prisão de alta segurança do Estado de Jalisco, no México, desde 2001. Em 2013 chegou a ser dado como morto. Segundo a revista Forbes de 2009, Guzmán conhecido por "El Chapo", ocupava a posição 701° dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna de mais de 1 bilião de dólares.
 

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Cartel Gulf

O Cartel Gulf foi criado por Juan Nepomuceno (1915-2001), assim apelidado por causa da proximidade do Golfo do México. Juan Nepomuceno Guerra começou no contrabando de álcool em toda a fronteira com os Estados Unidos durante a época da Lei Seca. Terminada a proibição de bebidas alcoólicas em 1933, criou um sindicato do crime, conhecido como o Cartel de Matamoros.
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Embora nunca foi provado que contrabandeasse bebidas alcoólicas, armas, tabaco e até mesmo drogas, Juan é considerado o Padrinho do Cartel do Golfo. Junto com seus dois irmãos Arturo e Roberto, Juan Nepomuceno Guerra começou o contrabando de álcool nos Estados Unidos na década de 1930. Logo após a conclusão da Lei Seca, Don Juan, como era conhecido, dedicou-se ao tráfico de drogas. Nepomuceno Guerra também ampliou sua ascendência através da incorporação de casas de jogos de azar, prostituição, tráfico de seres humanos e roubo de carros. Seu sobrinho, Juan García Ábrego, trabalhou ao longo de sua tutela, e lentamente, começou a tomar conta do negócio de drogas na década de 1970.

Era de García Ábrego (1980-1990)

Na década de 1980, García Ábrego começou a incorporar cocaína em operações de tráfico de drogas, e começou a ter a supremacia sobre o que agora foi considerado o Cartel do Golfo, a maior dinastia criminosa na fronteira E.U.A.-México. Ao negociar com o Cartel de Cali, García Ábrego foi capaz de garantir 50% da transferência de Colômbia como forma de pagamento para a entrega, em vez de 1500 dólares por quilograma que recebiam anteriormente. Esta renegociação, no entanto, forçou Garcia Ábrego a garantir a chegada do produto desde a Colômbia até ao seu destino. Em vez disso, criou armazéns ao longo da fronteira norte do México para preservar centenas de toneladas de cocaína, o que lhe permitiu criar uma nova rede de distribuição e aumentar sua influência política.
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Além de tráfico de drogas, García Ábrego iria enviar dinheiro a ser lavado, na casa dos milhões. Por volta de 1994, estima-se que o Cartel do Golfo tenha encarregado um terço de todos os carregamentos de cocaína, para os Estados Unidos a partir do Cartel de Cali. Durante os anos de 1990, o Procurador-Geral do México, estimou que o Cartel do Golfo valia mais de 10 biliões de dólares. Os oficiais americanos calculam que o Cartel Gulf transportou mais de 30 toneladas de cocaína para os Estados Unidos em 1993. Carregamentos do Cartel Guf foram apreendidos em Nova Iorque, Nova Jersey e Michigan.
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O Cartel Gulf é conhecido pela sua violência impiedosa. Em 1993, a DEA calculou que o exército privado do cartel tinha 300 milhões de dólares de parte e um arsenal de armas sofisticadas. Agentes locais e corruptos, assim como membros da Polícia Judiciária Federal do México, servem o Cartel Gulf como atiradores e guardas para carregamentos importantes.
 
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Máfia Mexicana

A Máfia Mexicana é um gangue prisional muito forte nos Estados Unidos. Foi formada em 1957 por 13 mexicanos pertencentes a gangues de rua, membros de diferentes bairros de Los Angeles, e presos no estabelecimento prisional na Instituição Profissional Deuel, na Califórnia. A sua finalidade era proteger os presos mexicanos contra outros detidos e funcionários. Alargou depois a actividade para extorsões e tráfico de drogas. Possui cerca de 30.000 membros em todos os Estados Unidos. Gostam particularmente de tatuagens. São conhecidos também pelo nome La Eme (espanhol para "o M").
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Apesar do seu nome, não se originou no México, é apenas uma organização criminosa prisional norte-americana. Os policiais relatam que La eMe é o gangue mais poderoso dentro do sistema prisional da Califórnia. Funcionários do governo afirmam que existem 155 a 300 membros oficiais da Máfia Mexicana, com cerca de 990 associados que auxiliam La eMe no cumprimento das suas actividades ilegais.
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La Nuestra Familia: Inimiga da Máfia Mexicana

Inimigos da Máfia Mexicana este gangue mexicano foi criado nos finais dos anos 60, no norte da Califórnia.
Nuestra Familia foram criados nos estabelecimentos prisionais de Folsom e Soledad, na Califórnia em 1968.
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No final dos anos 1960, os presos mexicanos-americanos do sistema prisional da Califórnia começaram a se separar da Máfia Mexicana. A Máfia Mexicana tinha sido inicialmente criada para proteger os mexicanos na prisão, mas houve abuso por parte de membros de La Eme para com os latinos presos provenientes de áreas agrícolas rurais do norte da Califórnia. Os abusos levaram à guerra entre Nuestra Familia e membros da Máfia Mexicana em 1968, no qual um membro da La Eme supostamente roubou um par de sapatos de um nortista. Este evento colocara em movimento a guerra de gangues de mais longa duração na Califórnia.
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Nuestra Familia pretendem preservar sua cultura, e para que novos membros sejam aceites, necessitam primeiro passar por um treino de recrutamento que pode durar até dois anos. O grupo exige ainda que todos os seus integrantes coloquem o gangue à frente de suas próprias famílias, das drogas e até do dinheiro. Caso alguém não cumpra as regras, pode receber punições severas.
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Os Gangues Americanos/Mexicanos

Estima-se que em 2011, cerca de 1,4 milhão de americanos pertenciam a mais de 33.000 gangues diferentes, e juntas são responsáveis ​​por 48% dos crimes violentos no país. Os gangues são conhecidos por se envolver tradicionalmente em actividades como o jogo, o tráfico de drogas e armas, crime de colarinho branco, tais como falsificação, roubo de identidade e fraude, tráfico humano e prostituição.
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"Warriors: Os Selvagens da Noite" (1979), filme
norte-americano realizado por Walter Hill.
 

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Irmandade Ariana

No mundo das prisões de alta segurança são os reclusos mais temidos. Com alcunhas como "A Besta" e "O Hulk", até criminosos mais duros os conhecem. Os membros da Irmandade Ariana são os criminosos mais impiedosos das prisões americanas, sempre prontos para estrangular com as próprias mãos, espancar guardas ou arrancar olhos dos seus inimigos com os polegares e ao mínimo sinal de desrespeito. É também conhecida como A Marca, ou AB.
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Até os anos 60, a maioria das prisões dos E.U.A. eram de ambiente racista. Após a Lei de Direitos Civis de 1964, que permitia os negros gozar dos mesmos direitos legais que os brancos, muitos passaram a se organizar à partir das linhas raciais. Acredita-se que a Irmandade Ariana tenha sido formada à partir de um grupo de motociclistas em 1964, na Penitenciária Estadual de San Quentin, na Califórnia. Decidiram lutar contra os negros que formaram o seu próprio grupo, o Black Guerrilla Family. Em meados da década de 1970, a Irmandade possuía uma ligação com Charles Manson e a Família Manson, porém a relação não durou muito pela AB considerar Manson muito esquerdista.

Na década de 1990, a Irmandade Ariana havia mudado seu foco de matar por razões estritamente raciais para acções de crime organizado, como narcotráfico, prostituição e assassinatos marcados, assumindo assim, poderes muito maiores que as famílias italianas dentro do sistema prisional. Por exemplo, quando encarcerado na Penitenciária Federal de Marion, em 1996, após ser atacado, o chefe da Família Gambino, John Gotti teria pedido a Irmandade Ariana para assassinar seu atacante. O plano de retaliação foi abandonado pois o atacante foi imediatamente transferido para prisão preventiva.
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A sua marca registada: Tatuagens com simbolismo
nazis e a busca pela supremacia ariana.


A Irmandade Ariana, gangue de supremacia branca, possui mais de 20.000 membros, dentro e fora dos presídios. Segundo o FBI, a quadrilha representa menos de 1% da população prisional, mas é responsável por até 20% dos assassinatos no sistema penitenciário federal dos Estados Unidos.
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Como a maioria dos gangues de prisão, os membros da Irmandade Ariana marca-se com tatuagens distintas. Os desenhos geralmente incluem as palavras "Aryan Brotherhood", "AB", "666", simbolismo nazi, como runas Schutzstaffel e suásticas, bem como trevos e iconografia celta.
 

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Os Crips&Bloods: Gangues Afro-Americanos

Os Crips

Gangue afro-americano de rua fundado em Los Angeles, na Califórnia, em 1969, pelos jovens Raymond Washington e Stanley Williams, então com 15 anos de idade. O que era inicialmente apenas uma sigla passou a ser um das maiores e mais poderosos gangues de rua dos Estados Unidos, ultrapassando a marca de 35.000 membros, com uma enorme rede de subdivisões em áreas diferentes do mundo.
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São conhecidos pelo envolvimento em assaltos, assassinatos, tráfico de drogas e também pelo hábito de seus integrantes vestirem roupas de cor azul. Contudo, essa prática está sendo abandonada por causa da facilidade da polícia em identificar os membros.
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Crips é também conhecida por ter uma intensa e amarga rivalidade com os Bloods, com gangues de Chicago e também gangues latinos. Por causa de sua fome territorial, outros gangues juntaram-se aos Crips, para se proteger e formaram o que hoje é o gangue dos Bloods. Eles adoptaram a cor vermelha como sua bandeira, por ser reconhecida facilmente como oposta à bandeira azul dos Crips. Uma grande rivalidade surgiu entre os dois gangues através dos anos 70 e 80.

Em meados dos anos 80, os Crips estavam envolvidos em tráfico de drogas, e iniciaram e expandiram através dos E.U.A. uma nova droga chamada Crack.

O Crack apareceu nos Estados Unidos primeiramente em bairros pobres do centro das cidades de Nova Iorque, Los Angeles e Miami no final de 1984 e em 1985. O nome inglês crack deriva do seu barulho peculiar ao ser fumado.
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O crack é a conversão do cloridrato de cocaína para base livre através de sua mistura com bicarbonato de sódio e água. É a forma de cocaína mais viciante e também a mais viciante de todas as drogas. As pedras de crack oferecem uma curta, mas intensa euforia aos fumadores.

Durante meados de 1980 os Crips criaram várias ligações com outros gangues ao redor da América e países vizinhos. Em meados de 1990, o tráfico de drogas com a Colômbia estava a todo vapor. Os gangues de ruas começaram a usar o tráfico como uma operação de negócios. A violência era o procedimento padrão.

Nessa época os gangues cresciam de maneira assustadora. Super gangues, como os Latin Kings, Crips, Bloods, Sureños e Gangster Disciples, espalharam suas influências por toda a América. As grandes cidades começaram a sofrer com a violência dos gangues. Para diminuir a violência entre Crips e Bloods, uma trégua foi assinada em Watts. A trégua foi baseada nos ideais criados pelo fundador dos Crips, Stanley "Tookie" Williams no seu "Tookie Protocol For Peace". Embora tenham diminuído, os crimes continuam.

Bloods

Gangue afro-americano com origem na cidade de Los Angeles, na Califórnia, na década de 70. Inimigos mortais dos Crips, os Bloods são reconhecidos pela cor vermelha e também pelo símbolo com os dedos que forma a palavra "blood" (sangue em português).

O gangue foi crescendo ao longo do tempo. Os membros da Bloods são tidos como destemidos e recrutam sempre sob ameaças. Também colaboram com outros gangues para realizar trabalhos em conjunto, especialmente no tráfico de droga. Em meados de 1971, os Avalon Garden Crips e Inglewood Crips e mais alguns sets de Crips juntaram forças. Eles começaram a expandir o território Crip, para áreas não Crip, que eram controladas pelos L.A. Brims, um poderoso gangue de rua formada em 1969. Para responder às investidas dos Crips, muitos pequenos gangues se juntaram e formaram os Bloods, incluindo os Bishops e os Anthem Park Boys. Os Denver Lanes também tinham rixa com os Crips mas eles acabaram por desaparecer de L.A. Os membros dos Bloods são constituídos entre 25.000 e 30.000 e espalhados em quase todas as maiores cidades dos Estados Unidos. São conhecidos por vestirem cores vermelhas. O símbolo do gangue é a palavra inglesa "Blood" (em português: sangue) feito pelas suas próprias mãos.
 
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Mara Salvatrucha/MS-13

Actualmente, a maior e mais violenta organização criminosa do mundo é a Mara Salvatrucha ou MS-13, ligada ao narcotráfico e à prática de outras dezenas de crimes como homicídios, tráfico de armas, extorsão, prostituição, roubo, assaltos, raptos, roubo de veículos e vandalismos. Calcula-se que tenha ramificações na Guatemala, São Salvador, Honduras, México, Estados Unidos, Canadá e Espanha, e contam com cerca de 70.000 a 100.000 membros, dominando diversos estabelecimentos prisionais destes países.
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O fenómeno de seu surgimento é extremamente interessante. Ocorreu nos subúrbios mais pobres da cidade de Los Angeles, nas décadas de 70 e 80, quando imigrantes salvadorenhos, fugitivos da sangrenta guerra civil que se desenvolvia em São Salvador, passaram a ser assassinados por gangues rivais norte-americanas e hostilizados pela população local. Como defesa, criaram um grupo com a designação de Mara Salvatrucha. Mara, que significa bando ou gangue de rua, e Salvatrucha, a designação do país de origem, embora muitos já fossem cidadãos norte-americanos descendentes de salvadorenhos.
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O número 13 possui diversos significados. Além de uma homenagem à Máfia Mexicana que controla outros gangues hispânicos e domina os presídios do sul da Califórnia, está relacionado com a idade em que o jovem pode ser aceito na organização além dos segundos de espancamentos que é submetido para mostrar sua coragem perante os demais.
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O seu crescimento foi fomentado basicamente por duas decisões equivocadas das autoridades americanas da época:

- A primeira, a de agrupar os presos nas penitenciárias por etnias, o que fortaleceu a identidade do grupo por questões de sobrevivência, além de originar outras facções também famosas por seu grau de violência como a Black Guerrilla Family e a Arian Brotherhood.

- O segundo, quando resolveu extraditar para São Salvador as principais lideranças da MS-13, as quais já possuíam fortes laços com os E.U.A., amplas ligações com a criminalidade local e conhecimento de como se processava o tráfico de drogas. Encontraram um país devastado pela guerra, e neste ambiente, tiveram as condições ideais para crescer até se constituir um poder paralelo ao do Estado.

Estimativas de agências de inteligência apontam que estes grupos apresentam tendência de crescimento em todo o mundo levantando inclusive, a hipótese da possibilidade de infiltração de redes terroristas. Alguns cartéis mexicanos, como os Los Zetas, estariam treinando os gangues centro-americanos na selva da região de Péten, na Guatemala, enquanto o Cartel de Texis aposta no recrutamento de membros da MS-13.
 

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Los Aztecas

Los Aztecas do Texas são uma força paramilitar poderosa em ambos os lados da fronteira com o México. Muitos dos membros do gangue são recrutados de prisões do Texas. Algumas das actividades mais notáveis da organização são dentro dos muros da prisão.
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Os Aztecas trabalham com os cartéis de Juárez e Los Zetas, vendendo drogas e fazendo contrabando de estrangeiros ilegais. Membros do gangue também teriam assassinado funcionários do consulado americano. O gangue tem uma estrutura militar, que ajudou a manter a ordem rígida. Formado nas prisões de El Paso, no Texas, em 1986, expandiu-se como uma organização criminosa transnacional. Trata-se actualmente de um dos gangues mais violentos nos Estados Unidos. Dizem ter mais de 3000 membros em locais como Novo México, Texas, Massachusetts e Pensilvânia e pelo menos 5000 membros em Ciudad Juarez, no México.
 

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La Línea

La Línea foi criado por uma série de antigos polícias corruptos fortemente armados e treinados extensivamente na guerra urbana.
A sua função é proteger traficantes de drogas, tendo protegido o Cartel Juárez.
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Mas depois formaram uma aliança com os Azteca para lutar contra as forças do Cartel de Sinaloa, em 2008, e estabeleceram uma base de operações em Ciudad Juárez como a ala de execução do Cartel Juárez. La Línea também esteve envolvido em extorsões e sequestros. A DEA estima que cerca de 70% da cocaína que entra nos Estados Unidos flui através da fronteira El Paso (E.U.A.) e Juárez (México). No entanto, a hegemonia da La Línea recuou de 2008 a 2012, quando o Cartel Juárez perdia terreno contra o Cartel de Sinaloa, que agora controla a maioria das rotas de contrabando na região.
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Acosta Hernández (El Diego), um ex-líder de La Línea capturado pela Polícia
Federal do México.

La Línea está ligado a alguns dos massacres da Ciudad Juárez, incluindo o massacre de 16 adolescentes numa festa na escola secundária; o tiroteio que matou 19 pacientes no centro de reabilitação, e do ataque com carro-bomba perpetrados em 2010. O ex-líder de gangue, apelidado de El Diego, era culpado de realização de mais de 1500 assassinatos de 2008 a 2011.
 
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