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Dez turcos detidos por alegada ajuda a terroristas de Xinjiang

kokas

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Set 27, 2006
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As autoridades de Xangai detiveram dez cidadãos turcos que alegadamente ajudaram vários suspeitos de terrorismo na região autónoma uigure de Xinjiang, no noroeste do país, informou a imprensa oficial.

Segundo o jornal China Daily, estas detenções somam-se às de outras 11 pessoas, incluindo nove suspeitos de terrorismo da região, que foram detidas em novembro sob acusação de ligação a atividades terroristas.

Os dez cidadãos turcos, por sua vez, estão acusados de fornecerem passaportes falsos do seu país aos suspeitos de Xinjiang, e foram detidos quando tentavam abandonar a China a partir do aeroporto internacional de Pudong, o maior de Xangai, de onde deveriam embarcar para a Síria, Afeganistão e Paquistão.

A polícia de Xangai encontrou entre os objetos dos detidos várias gravações de áudio e vídeo relacionadas com atividades terroristas, explicou o jornal.

Segundo outro jornal, o Global Times, o motivo oficial da detenção dos dez cidadãos turcos foi o de alegadamente terem ajudado terceiras pessoas a atravessarem ilegalmente as fronteiras nacionais através da utilização e venda de passaportes falsos.

A lei chinesa castiga estes crimes com sentenças entre dois e sete anos de prisão.

As detenções foram divulgadas dois dias depois de a polícia chinesa ter matado a tiro seis pessoas que ameaçavam detonar explosivos em Xinjiang, região onde a tensão, elevada nos últimos anos, é habitual entre a etnia local uigur, de fé muçulmana, e a etnia han, maioritária em quase todo o país.

A violência em Xinjiang fez cerca de 200 mortos em 2014.

A China responsabiliza as forças separatistas do movimento do Turquestão Oriental, que acusa de pretenderem criar um estado independente na zona mais ocidental do país.

Associações uigures no estrangeiro negam a existência de grupos terroristas na província e atribuem a violência em Xinjiang à discriminação da minoria uigur, com centenas de pessoas condenadas à morte no ano passado.

Situado a mais de dois quilómetros de Pequim, Xinjiang é um território quase 17 vezes maior que Portugal e com apenas 23,5 milhões de habitantes, muito rico em recursos minerais, que confina com o Afeganistão, Paquistão e várias ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central.

Os uigures, etnia de religião muçulmana e cultura turcófona, constituem 46% da população, quando há cerca de meio-século ultrapassavam os dois terços. Milhares de famílias han, a principal etnia da China, radicaram-se em Xinjiang, e hoje constituem cerca de 40% da sua população. Na capital, Urumqi, ultrapassaram mesmo os uigures.

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