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SOCIEDADE
Bebé morre no Hospital de Viana e família apresenta queixa-crime
Menino sofria de uma cardiopatia congénita. Avós acreditam que atraso na transferência foi negligência médica

Por: Redação / EC | hoje às 16:31


A família do bebé de dez meses que morreu este domingo no hospital de Viana do Castelo apresentou uma queixa-crime no comando distrital da PSP, disse à Lusa o segundo comandante daquela força policial.

Em declarações à Lusa, a avó do menino anunciou que a família requereu a realização da autópsia para avançar com uma queixa crime, junto do Ministério Público (MP), por negligência médica.

«Vamos seguir com este caso para a frente. O meu neto morreu por negligência médica», afirmou, Maria do Céu Antunes.

Em comunicado, a Unidade de Saúde do Alto Minho ULSAM revelou a abertura «de um processo de averiguação interna para o cabal esclarecimento do ocorrido», garantindo que «todo o procedimento foi pautado por corretas atitudes clínicas».

Segundo a ULSAM a morte da criança foi declarada hoje, às 00:01, depois de se terem «revelado infrutíferas» as manobras de reanimação realizadas «durante 30 minutos», na sequência de uma paragem cardíaca.

Adiantou que o bebé, que sofria de uma cardiopatia congénita, encontrava-se internado naquela unidade hospital.

Maria do Céu Antunes explicou que levou o neto ao hospital, quinta-feira passada, por apresentar tosse.

«A operação que lhe iam fazer ao coração já tinha sido adiada duas vezes por ele estar doente. Tinha nova cirurgia marcada para a próxima quinta-feira e por isso decide, por prevenção, levá-lo ao hospital por causa daquela tosse», explicou, adiantando que aquela operação «esteve inicialmente para janeiro, depois para fevereiro, e agora estava prevista para o dia 12 de março».

Segundo a avó, o menino deu entrada no hospital de Viana, cerca das 08:40 de quinta-feira, «com tosse mas sem febre».

«Cerca das 10:30 começou a aparecer a febre. Por sorte, o pediatra que o acompanha no hospital de Viana encontrava-se de serviço, e decidiu interná-lo», adiantou.

A avó do menino garantiu que a partir de sexta-feira «e porque a febre não cedia» a família «pediu várias vezes» para que fosse efetuada a transferência para o Hospital de São João, onde o menino era seguido devido ao seu problema de saúde.

«Na sexta-feira às 21:30 a febre continuava a não ceder e insistimos para que o transferissem para o Porto mas disseram-nos que o estado de saúde do meu neto não cumpria os requisitos para a transferência», sustentou.

No sábado, adiantou a avó, o bebé «foi transferido do serviço de pediatria para Neonatologia», no hospital da capital do Alto Minho.

«Cerca das 20:15, depois do padre do hospital o ter batizado pedimos novamente para que fizessem a transferência para o São João. O meu neto não estava nada bem. Só o começaram a preparar para seguir para o Porto cerca das 21:30. Entretanto chegou a ambulância do São João mas já era tarde», explicou a avó.

De acordo com a nota enviada à imprensa, a ULSAM explicou que se tratava de uma criança com uma cardiopatia congénita, acompanhada no Serviço de Cardiologia Pediátrica do Hospital de São João, doença que «condicionou fortemente o seu desenvolvimento ponderal e saúde, com vários episódios prévios de descompensação respiratória».

«O presente internamento deveu-se a um quadro de pneumonia com uma evolução rápida e grave, o que motivou a decisão de transferência para a Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos do Hospital de São João», lê-se naquele documento.

Segundo aquela unidade hospitalar «o desfecho fatal ocorreu após as manobras de estabilização prévias ao transporte efetuadas pela equipa do Transporte Inter-Hospitalar pediátrico (TIP), encontrando-se o paciente com entubação endotraqueal e ligado a suporte ventilatório».
 
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