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GF Ouro
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É uma "medicina da felicidade". O processo burocrático avança com rapidez e a maioria dos que recebem o novo tratamento está a negativar na contagem do vírus.
Quando recebeu o telefonema do Hospital Curry Cabral a dizer que tinha a medicação para a hepatite C à sua espera, a alegria foi indescritível. Mas não chegava. Luís Figueiredo, 46 anos, queria sentir os comprimidos na mão para ter a certeza de que era verdade. O momento ficou gravado para a posteridade numa fotografia feita à porta do hospital a 19 de fevereiro, dois dias depois de o Ministério da Saúde ter assinado o acordo com a Gilead, que levou um ano a negociar. Faz amanhã um mês que os dois medicamentos inovadores - sofosbuvir e um segundo com este remédio combinado com ledispavir -, com taxas de cura de 95%, passaram a ser comparticipados pelo Estado e a estarem disponíveis no hospital.
Desde 17 de fevereiro até à última quinta-feira, segundo dados enviados ao DN pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), 1133 doentes com hepatite C receberam os dois remédios inovadores da Gilead. Ou seja, uma média de 49 pessoas por dia. Quase tantos como os 70 que no espaço de pouco mais de três meses tiveram acesso ao mesmo tratamento quando este ainda só estava disponível por autorização especial, por não haver acordo para o preço a pagar pelo Ministério da Saúde ao laboratório.
dn