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GF Ouro
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Jardins e calçada portuguesa na Avenida dos Aliados (década de 1960)
Do Palácio de Cristal ao Café A Brasileira até ao Estádio das Antas. A página Porto Desaparecido, com 70 mil seguidores no Facebook, escolhe maravilhas perdidas ao longo dos anos.
Era um edifício espantoso de ferro e vidro construído pelo arquiteto inglês Thomas Dillen Jones para acolher a Exposição Internacional do Porto, em 1865. Inspirado no Crystal Palace londrino, o Palácio de Cristal, três naves com 150 metros de comprimento por 72 de largura, foi durante quase um século um ex-líbris do Porto, até que em 1951 acabou abruptamente por ser demolido para dar lugar ao Pavilhão dos Desportos (atual Pavilhão Rosa Mota), que sediaria o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins do ano seguinte.
Na cidade correu o rumor de que a prova iria ser transferida para Lisboa pelo atraso em definir um local para acolher o evento e a decisão de destruir um monumento para construir o recinto desportivo naquele local precipitou-se. O belo edifício enquadrado nos jardins que ainda hoje são um pulmão da Invicta acabaria por ser destruído no mesmo fim de semana em que foi tomada a decisão. Porém, a cúpula do novo recinto que lhe tomou o lugar não foi terminada a tempo e desse Mundial há hoje caricatas imagens de jogos a decorrer ao relento ou cobertores e oleados estendidos sobre o taco do rinque alagado pela chuva.
O Palácio de Cristal está a ser a mais votada das sete maravilhas do Porto que deixaram de existir, mas outras memórias mais ou menos distantes para os portuenses, como os jardins e a calçada portuguesa da Avenida dos Aliados, o Café a Brasileira (cujo interior foi recentemente delapidado) ou o Estádio das Antas estão também em destaque na votação que a página Porto Desaparecido promoveu ao longo deste mês no Facebook. Ao todo, são 32 candidatos que estiveram a votos através de uma aplicação na rede social em que cada utilizador pode escolher os seus preferidos. O resultado da eleição das Sete Maravilhas Desaparecidas do Porto será divulgado hoje pela página que conta com 70 mil seguidores no Facebook desde que foi criada em abril de 2012 pela iniciativa de Manuel de Sousa.
dn