kokas
GF Ouro
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Vestiu um fato azul-cião, a cor das novas fardas da PSP, para a entrevista ao DN. Paulo Rodrigues, 42 anos, operacional do Corpo de Intervenção, preside ao maior sindicato da polícia há nove anos.
Esperavam em final de mandato de um governo, a seis meses das eleições, voltar a estar num cenário destes de pré-conflito?
Não esperávamos nada. Estamos a falar de uma instituição que cada vez é mais importante para o país e que até tem servido como instrumento de publicidade do governo. Somos um país seguro e isso é importante para o turismo. Tudo isso é muito bonito, mas é feito com o trabalho dos polícias. Pensávamos nós que iríamos ter por parte do governo o respeito pelos direitos dos polícias e melhorar a sua condição socioprofissional. Fomos durante, praticamente dois anos, identificando os problemas, com o Dr. Miguel Macedo, e encontrando soluções. Tal foi o choque quando vemos um projeto que em nada tem que ver com o que tínhamos conversando. Entregam-nos uma proposta que ainda consegue ser pior do que a que temos.
Foram ludibriados?
Esperemos que não tenham andado a enganar-nos. Até pode haver vantagens em alterar um estatuto no final do mandato. Houve a possibilidade de olhar para os problemas da PSP, conhecer melhor os profissionais, ter um conhecimento muito mais profundo da instituição e, por isso, tem toda a capacidade para criar um projeto muito mais seguro. Ora, neste caso, estamos a falar de um projeto que não gora só as expectativas dos polícias. Pode prejudicar o próprio funcionamento da PSP.
dn