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GF Ouro
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Sócrates criticou em carta a constituição como arguido do administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca, classificando a tese do MP como "patética e absurda". E reafirma não existirem provas contra ele.
Numa carta enviada ao socialista António Campos, revelada esta noite pela SIC sob autorização deste, o ex-primeiro-ministro José Sócrates admite que poderá vir a ser condenado mas, se tal acontecer, será "sem provas".
"Ao fim de 5 meses o MP [Ministério Público] não teve ainda tempo de me apresentar as provas do crime que me imputa", escreve José Sócrates, reiterando: "Não cometi crime algum".
"Só faltava que, no final, ficássemos a saber o que julgávamos para sempre afastado: que no nosso Estado, que queremos de Direito, é possível condenar alguém sempre sem factos e sem provas", escreve o ex-PM.
Sócrates acusa o Ministério Público de laborar numa teoria "patética e absurda". "O Ministério Público tem uma teoria e parece convencido de que não precisa de provar nada", escreve o antigo chefe de Governo, que classifica a ação do MP de "terrorismo de Estado".
"Sabemos agora que é possível manter alguém preso sem factos ou sem provas", escreve. "A situação a que o processo chegou é simplesmente patética. Não sabem dizer onde foi praticado o crime de que me acusam. Nem em que país".
dn