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Rússia não deve olhar para a UE "como se fosse sua inimiga"

kokas

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Set 27, 2006
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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu esta quinta-feira, em Riga, que a Rússia não deve olhar para a política europeia de vizinhança a Leste “como se fosse sua inimiga”, e disse esperar que haja progressos que permitam normalizar as relações.

Passos Coelho falava aos jornalistas após participar no jantar de trabalho de chefes de Estado e de Governo que assinalou o arranque da IV Cimeira da Parceria Oriental, uma reunião que o primeiro-ministro admitiu estar “muito marcada” pelas relações difíceis com a Rússia, na sequência do conflito na Ucrânia.

“Esta cimeira está muito marcada, como não pode deixar de ser, por tudo o que se tem passado justamente nesta vizinhança europeia e, em particular, porque vivemos uma situação na Ucrânia que marca de uma forma muito especial a relação entre a UE e a Rússia”, apontou.

Passos Coelho comentou que a UE tem “pena que a Rússia não tivesse, desde o início, aceitado participar na política europeia de vizinhança, porque (a Rússia) é o grande parceiro dentro do continente europeu, mas a ideia que por vezes perpassa de que alguma da instabilidade que se vive nesta região é resultado da política europeia de vizinhança é errada”, pois, o que a UE procura “é criar condições para uma boa vizinhança, quer a leste, quer a sul”.

Afirmando que continuam a ser dados passos para melhorar a relação de vizinhança a Leste, com os países que integram a parceria, Passos Coelho frisou que é importante que a Rússia, “que é um parceiro importante da União Europeia, consiga respeitar aquilo que é a lei internacional, e não olhar para esta política de vizinhança como se fosse sua inimiga”.

Quanto às relações entre a UE e Moscovo, lembrou que “foram adotadas sanções em relação à Rússia que só serão revistas no caso de haver um desenvolvimento favorável no cumprimento dos acordos de Minsk”.

“Essa é a nossa vontade. O nosso desejo é que isso aconteça”, declarou.

Passos Coelho deslocou-se hoje a Riga, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, para participar na cimeira da Parceria Oriental, que junta os chefes de Estado e de Governo da União Europeia e os líderes de seis antigas repúblicas da União Soviética.

Esta IV cimeira entre os 28 e os seus parceiros a Leste (Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, República da Moldávia e Ucrânia) tem lugar, a poucos quilómetros da Rússia, num contexto de relações muito frias entre a UE e Moscovo, devido ao conflito na Ucrânia, que teve origem precisamente numa anterior cimeira da Parceria Oriental, em novembro de 2013, em Vilnius.

Nessa cimeira celebrada na capital da Lituânia, o então presidente ucraniano Viktor Ianukovitch renunciou, à “última hora”, a assinar o acordo de associação que havia sido negociado entre Kiev e os seus parceiros europeus – uma aproximação que foi sempre do desagrado do Kremlin -, levando a manifestações que acabariam por ditar o seu afastamento e provocar o conflito separatista no país, que prossegue, passado cerca de ano e meio.
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