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GF Ouro
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Beneficiária do programa de ajuda do Rotary Club de Sesimbra garante que recebeu leite em más condições e foi banida por comentar o caso. Voluntários confirmam divergência mas não a exclusão.
Andreia Branco, mãe de uma criança de seis meses, reclama ter sido banida do programa de ajuda alimentar do Rotary Club de Sesimbra, no Casal do Sapo. A razão, diz ela, prende-se com o facto de ter manifestado o seu descontentamento após receber leite para o filho fora de prazo e "em más condições".
Ao jornal Público, os voluntários do programa de ajuda e solidariedade social, uma iniciativa informal do Rotary Club de Sesimbra que tem o apoio da câmara municipal local, confirmaram a divergência com Andreia Branco, mas a versão de cada uma das partes não coincide.
A coordenadora do projeto, Teresa Mayer, não quis falar aoPúblico, mas dois voluntários que colaboram com o projeto acusam a beneficiária de "má-fé" e "ingratidão", garantindo que não distribuem produtos foram do prazo de validade. Explicando que os alimentos são distribuídos no mesmo dia em que são recolhidos nos supermercados - e entregues com pouco prazo de validade, mas nunca fora - Isabel Godinho e Emídio Mendes realçam que Andreia Branco levou o leite "há mais de dois meses e só agora levantou a questão".
Já a beneficiária explica que das três latas de leite em pó para recém-nascido que recebeu no passado mês de abril, duas estavam fora do prazo de validade e a outra estava aberta e amassada, não tendo por isso dado o leite ao filho. Na altura, esclarece, decidiu não reclamar para não parecer "pobre e mal-agradecida".
No entanto, terá comentado com amigos a questão do leite, pelo que na semana passada foi confrontada pelos voluntários do Rotary durante mais uma distribuição de alimentos. Gerou-se uma discussão que terminou com os voluntários a dizerem-lhe que dali não levava mais nada. Depois desse episódio, relatou o caso no Facebook.
dn