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Os Grandes Revolucionários de todos os Tempos

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Charles Darwin: A Evolução das Espécies

Charles Darwin (1809-1882), naturalista britânico, alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da selecção natural e sexual. Esta teoria culminou no que é agora, considerado o paradigma central para explicação de diversos fenómenos na biologia.
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Darwin começou a se interessar por História Natural na universidade enquanto era estudante de Medicina, e depois, Teologia. A sua viagem de cinco anos a bordo do brigue "HMS Beagle" e escritos posteriores trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama como escritor. O naturalista inglês surpreendeu-se com a grande quantidade de espécies de animais e plantas que encontrou nas regiões pesquisadas. Na América do Sul, por exemplo, chamou-lhe a atenção a grande diversidade de tentilhões que conheceu nas ilhas Galápagos (costa ocidental da América do Sul). Nestes cinco anos de pesquisa científica e nos estudos que realizou com todo material colectado e observado, procurou descobrir a razão da existência desta grande diversidade de plantas e animais.
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Foi no ano de 1859 que escreveu um dos seus principais
livros: "A Origem das Espécies". Nesta obra procura
explicar a evolução das espécies vegetais, e principalmente,
animais no nosso planeta.
ArquivoExibir.aspx

Numa outra obra, intitulada "A Origem do Homem"
explica o surgimento da raça humana no nosso planeta.

Mas desde os anos 30 do século XIX que Darwin reescrevia as notas de "A Origem do Homem", que só seria publicado em 1871. O livro insere abertamente os macacos na nossa árvore genealógica e considera as raças humanas uma única família, diversificada pela «selecção sexual» - a provocadora teoria de Darwin que diz que a escolha por parte das fêmeas dos machos em competição leva a características raciais divergentes. Por tudo isso, "A Origem do Homem" de Darwin continua a influenciar a maneira como nos vemos enquanto seres humanos.

Os dois livros revolucionaram o conhecimento científico a respeito da origem e evolução dos seres vivos no planeta, contrariando as explicações religiosas. As obras geraram profundos debates e controvérsias, principalmente entre os sectores mais conservadores da sociedade. Actualmente, as ideias darwinianas são aceitas no mundo científico. De acordo com suas explicações, o motivo de existir pequenas diferenças na descendência, entre os animais e plantas, fazem com que determinadas espécies possam viver mais tempo do que outras. As espécies que vivem mais podem gerar um número maior de descendentes, facto que permite o aparecimento de novos tipos de variações.
 
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Os Revolucionários da Arte

A expressão "Homem da Renascença" representa alguém capaz de ser muito competente em actividades distintas.
Mas na realidade, a maioria dos homens da Renascença era tal como hoje, especialista no seu ofício:
- Cristóvão Colombo não pintava.
- Maquiavel não desenhava engenhos de guerra.
- Miguel Ângelo não inventava máquinas voadoras, mas actuava como arquitecto e escultor.
Leonardo da Vinci entrava nesta lista da categoria do Homem da Renascença: como o mais votado na categoria arte, mas também foi um finalista nas categorias invenção e engenharia.

Era alguém que ora poderia estar pintando "A Última Ceia", como a projectar tanques de guerra e máquinas voadoras. Mais tarde dedicou-se aos estudos de anatomia humana, e ainda teve uma presença na escultura, antes de se dedicar outra vez à pintura. Por mais visionário que fosse, a maioria de seus projectos acabou ficando no papel. Foi como artista que ele acabou eternizado.
Da_Vinci_Vitruve_Luc_Viatour.jpg

O homem Vitruviano de Leonardo da Vinci
sintetiza o ideário renascentista: humanista e
clássico.

A palavra Renascença foi cunhada pelo pintor Giorgio Vasari em 1550, no seu livro "Vida dos Artistas". Significava o renascimento da técnica perdida da Antiguidade, mas também do interesse no ser humano e em estudar e copiar a natureza. Para Vasari, Leonardo marca o início da Alta Renascença, o período de auge do movimento.

Leonardo da Vinci começou a pintar, aos 14 anos, na oficina de seu mestre, Verrocchio. Nessa época, as grandes novidades eram e o trabalho de sombras e volumes. Mas tudo ainda tinha um certo ar medieval, um tanto sombria, pesada e solene, com temas quase exclusivamente religiosos. Isso é visível mesmo nos primeiros quadros de Da Vinci. É a evolução da sua pintura que mostra o exacto momento dessa passagem.
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Baseado nos seus estudos de anatomia humana, de observações da natureza e experiências com luz, Leonardo da Vinci criou imagens cada vez mais realistas, atento aos detalhes de como funcionavam músculos, tendões e posturas corporais, mas também foi capaz de infundi-las de vida, de expressão. De uma outra atitude que não era mais a de ansiar pelo Paraíso enquanto se aguentava a vida terrena. De objectos de recordação religiosa, os quadros se tornaram uma janela para a vida. A própria composição dos quadros de Leonardo, quase sempre triangular, era uma manifestação de harmonia, uma razão redescoberta, que podia compreender a natureza.
 

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Miguel Ângelo: O Divino

Miguel Ângelo Buonarroti é um dos maiores artistas de todos os tempos, um homem cujo nome se tornou sinónimo de "obra-prima". Escultor, pintor, arquitecto e poeta, foi um dos fundadores da Alta Renascença e mais tarde um dos expoentes do Maneirismo. Um génio atormentado e raramente satisfeito com os seus trabalhos. Interessado no estudo das formas do corpo humano e nas expressões e gestos dos homens, Miguel Ângelo realizou as suas obras mais importantes por encomenda dos poderosos papas da Igreja Católica.
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Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni, nasceu na cidade de Capresse, na Itália, no dia 6 de Março de 1475. Porém, o artista passou parte de sua infância e adolescência na cidade de Florença. Como grande parte dos pintores e escultores da época, Miguel Ângelo começou a carreira artística sendo aprendiz de um grande mestre das artes. Seu mestre, que lhe ensinou as técnicas artísticas, foi Domenico Girlandaio. Após observar o talento do jovem aprendiz, Girlandaio encaminhou-o para a cidade de Florença, para aprender com Lorenzo de Médici. Na Escola de Lorenzo de Medici, Miguel Ângelo permaneceu por 2 anos (1490 a 1492). Em Florença, recebeu influências artísticas de vários pintores, escultores e intelectuais da época, já que a cidade era um grande centro de produção cultural.

Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. Sua carreira se desenvolveu na transição do Renascimento para o Maneirismo, e seu estilo sintetizou influências da arte da Antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do Humanismo e do Neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retractou com enorme pujança.

Várias de suas criações estão entre as mais célebres da arte do ocidente, destacando-se na escultura o Baco, a Pietà, o David, as duas tumbas Medici e o Moisés; na pintura o vasto ciclo do tecto da Capela Sistina e o Juízo Final no mesmo local, e dois frescos na Capela Paulina; serviu como arquitecto da Basílica de São Pedro implementando grandes reformas na sua estrutura e desenhando a cúpula, remodelou a praça do Capitólio romano e projectou diversos edifícios, e escreveu grande número de poesias.

O seu legado

Miguel Ângelo foi repetidas vezes disputado por várias cidades, que tentaram seduzi-lo com pensões vultosas para que se estabelecesse entre eles.
Até mesmo o sultão da Turquia desejou tê-lo na sua corte:
- Os banqueiros Gondi de Florença puseram à sua disposição quaisquer quantias que ele desejasse.
- O rei da França, Francisco I, lhe ofereceu 3000 coroas para lá se radicar.
- A Signoria de Veneza, uma pensão vitalícia de 600 coroas e liberdade completa de acção.
Foi estimadíssimo por todos os seus patronos; mesmo o turbulento Papa Júlio II, com quem discutiu inúmeras vezes, lhe mostrava caloroso afecto. Júlio III, embora não o tenha empregado para nenhuma tarefa definida em consideração à sua idade avançada, constantemente solicitava seu conselho e se mostrava tão atencioso a ponto de dizer que daria seu sangue e anos de sua vida para prolongar a de Miguel Ângelo, queria sempre que ele sentasse ao seu lado e abria caminho quando ele passava.

Morte de Miguel Ângelo

Miguel Ângelo morreu em 18 de Fevereiro de 1564, aos 89 anos de idade na cidade de Roma. Até aos dias de hoje é considerado um dos mais talentosos artistas plásticos de todos os tempos.
Um dos maiores representantes do Renascimento Italiano. "Pietá", "O Juízo Final", "Moisés", "A Criação de Adão", e o "Tecto da Capela Sistina" são algumas das obras que eternizaram o artista.

Algumas das suas obras artísticas:

Na escultura:

Baco feito entre 1496 e 1498, em mármore, tem 2,03 metros de altura.
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Baco segura na sua mão esquerda uma
pele de leão e um cacho de uvas de onde
se alimenta um fauno apresentando também
uma elevada atenção ao pormenor.

Representando o Deus da mitologia romana, Baco, a escultura foi encomendada pelo banqueiro e coleccionador Jacopo Galli para o seu jardim seguindo a tipologia da escultura da antiguidade clássica e transmitindo jovialidade e sensualidade. Esta obra impulsionaria a carreira de Miguel Ângelo.

A Pietà (em português Piedade) é talvez a mais conhecida e uma das mais famosas esculturas feitas pelo artista. A Pietà está na Basílica de São Pedro, em Roma, na primeira capela da alameda do lado direito. Tem 1,74 metro por 1,95 metro e é feita em mármore.
572px-Michelangelo's_Pieta_5450_cropncleaned.jpg

A escultura representa Jesus morto nos braços da Virgem Maria. A fita que atravessa o peito
da Virgem Maria traz a assinatura do autor, única que se conhece: MICHAEL ANGELUS.
BONAROTUS. FLORENT. FACIEBA(T), ou seja, «Miguel Angelo Buonarotus de Florença fez».

David é uma das esculturas mais famosas do artista. O trabalho retracta o herói bíblico com realismo anatómico impressionante, sendo considerada uma das mais importantes obras do Renascimento. A escultura encontra-se em Florença, em Itália, cidade que originalmente encomendou a obra.
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A estátua de David feita em mármore mede 5,17
metros. Devido à genialidade que sempre foi
atribuída à obra, ela foi escolhida como símbolo
máximo da República de Florença. Miguel Ângelo
levou três anos para concluir a escultura (começou-a
em 1501 e concluiu-a em 1504).

Moisés é uma das principais obras do artista renascentista. Conta-se que após terminar de esculpir a estátua de Moisés, Miguel Ângelo passou por um momento de alucinação diante da beleza da escultura. Bateu com um martelo na estátua e começou a gritar: «Por que não falas?»
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Observando atentamente a estátua, pode-se
verificar que Moisés possui um par de chifres
acima dos seus olhos, nascendo por baixo dos
seus cabelos.

Uma explicação para o sucedido poderá ser a tradução errada de karan (baseado na raiz keren, que geralmente significa "chifre"; o termo é actualmente interpretado como significando "radiando" ou "emitindo raios") feita por São Jerónimo para o latim. A escultura está na Basílica de San Pietro in Vincoli, em Roma. Segundo Ernesto Fischer, no seu livro "A Necessidade da Arte" (capítulo II), esta obra não só personificava o ideal do Homem do Renascimento, como também se apresentava como um repto para que a sociedade de então encarnasse esse ideal: no fundo, o mesmo desejo de Moisés, ao trazer as tábuas da lei que deveriam reformar a sociedade do seu tempo.

Na pintura:

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O Tecto da Capela Sistina é um monumental fresco de Miguel Ângelo, realizado
entre os anos de 1508 e 1512, na Capela Sistina, no Vaticano, como o nome indica.
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Entre os frescos cita-se "A Criação de Adão", um fresco de 2,80 metros x 5,70 metros, pintado
por volta de 1511, que figura no tecto da Capela Sistina. A cena representa um episódio do Livro
do Génesis no qual Deus cria o primeiro homem: Adão.
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"O Juízo Final" é um fresco do pintor renascentista italiano que mede 13,7 metros x 12,2
metros, pintado na parede do altar da Capela Sistina. É na visão do artista, uma representação
do Juízo Final inspirada na narrativa bíblica.
 
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O Impressionismo (Pintura ao ar livre)

O Impressionismo foi um movimento artístico que nasceu em Paris, em 1874, graças a um grupo de pintores que se revoltou contra as regras académicas. É o primeiro movimento moderno. A primeira acção do pintor impressionista foi abandonar o ateliê sombrio e levar o seu cavalete para o ar livre, sob a luz do sol. A mudança foi radical.
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Claude Monet: O Criador do Impressionismo

Oscar-Claude Monet (1840-1926), pintor francês, foi o mais célebre entre os pintores impressionistas. O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do Sol", de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol" - eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha". A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adoptaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.
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"Impressão, nascer do Sol" é a mais célebre e importante obra
do impressionista Claude Monet. É um óleo sobre tela, datado
de 1872 (mas provavelmente realizado em 1873), que representa
o nascer da matina no porto de Havre, com uma cerrada névoa
sobre o estaleiro, os barcos e as chaminés no fundo da composição.

Nascido em Paris, o início da sua carreira artística foi marcado por dificuldades financeiras. Porém, na década de 1870, Monet começou a obter sucesso. As suas obras de arte seguiam, como temática principal, as paisagens da natureza. Trabalhava de forma harmónica as cores e luzes, criando imagens belas e fortes.
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Neste contexto artístico, podemos citar a série de pinturas que realizou sobre a catedral de Rouen (1892-1894), onde o artista retractou a construção em diversos momentos do dia, com variações de luminosidade. Vale a pena destacar também as obras de arte com temas aquáticos como por exemplo, os murais no Museu I’orangerie.
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"Mulheres no Jardim" é uma pintura do impressionista francês,
datado de 1866-1867. Trata-se de um óleo sobre tela. O quadro
retracta o quotidiano burguês de quatro senhoras, que ocupam a
sua manhã a colher flores no jardim, sob a sombra das árvores.

Nesta cena primaveril, é notável a habilidade de Claude Monet na representação do traje feminino. No quadro o artista também explora intensamente a luz, mostrando um exímio jogo de luminosidade, estudo que lhe seria muito útil durante o seu percurso impressionista, iniciado poucos anos mais tarde.

Em Paris, o rio Sena e as belas paisagens serviram de inspiração para numerosos quadros de Monet e seus amigos que puderam pintar ao ar livre.
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Quadro "O Estuário do Sena" de Claude Monet.

Em 1899, Monet pintou em Giverny, as famosas séries de quadros chamadas "Nenúfares". Na sua propriedade em Giverny, Monet tinha um lago e uma pequena ponte japonesa que inspirou a série de nenúfares. Estas obras quando foram expostas fizeram grande sucesso. Era o reconhecimento tardio de um génio da pintura.
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O quadro Nenúfares pintado em 1904 retracta os nenúfares no lago do jardim
do pintor, em Giverny. A tela é um testemunho vivo da busca pela perfeição da
luminosidade de Monet, nos seus trabalhos. A paleta de cores é exuberante,
variando entre verdes, castanhos, azuis e rosas esquiços ou salmão, remetendo-nos
para o início da matina, o nascer do sol. Na água do lago estão patentes perfeitos
reflexos das árvores, que rodeiam o lago de Giverny.

Esta tela pertence à célebre série de pinturas do mesmo nome que o presente trabalho: "Nenúfares". Esta é talvez o melhor trabalho pertencente à série, e é considerado uma das mais prodigiosas pinturas concebidas por Monet.

Morte de Monet

Monet teve uma catarata no fim da sua vida. A doença o atacou por causa das muitas horas com seus olhos expostos ao Sol, pois gostava de pintar ao ar livre em diferentes horários do dia e em várias épocas do ano, o que foi outra característica do Impressionismo. Durante sua doença Monet não parou de pintar, usou nessa época de sua vida cores mais fortes como o vermelho-carne e vermelho goiaba, cor tijolo, entre outros verdes, rosas, vermelhos e cores mais fortes. Monet morreu em 1926, deixando um legado artístico reconhecido até aos dias actuais. Alguns críticos de arte consideram Monet um dos mais importantes pintores de todos os tempos.

 
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Paul Cézanne: O Precursor da Arte Moderna

Paul Cézanne (1839-1906), pintor pós-impressionista francês, cujo trabalho forneceu as bases da transição das concepções do fazer artístico do século XIX para a arte radicalmente inovadora do século XX. Cézanne pode ser considerado como a ponte entre o impressionismo do final do século XIX e o cubismo do início do século XX. A frase atribuída a Matisse e a Picasso, de que Cézanne "é o pai de todos nós", deve ser levada em conta.
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Após uma fase inicial dedicada aos temas dramáticos e grandiloquentes próprios da escola romântica, Paul Cézanne criou um estilo próprio. Introduziu nas suas obras distorções formais e alterações de perspectiva em benefício da composição ou para ressaltar o volume e peso dos objectos. Concebeu a cor de um modo sem precedentes, definindo diferentes volumes que foram essenciais para suas composições únicas.

Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva e sim, as modificava. A sua concepção da composição era arquitectónica; segundo as suas próprias palavras, o seu próprio estilo consistia em ver a natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro e o cone. Cézanne preocupava-se mais com a captação destas formas do que com a representação do ambiente atmosférico. Não é difícil ver nesta atitude uma reacção de carácter intelectual contra o gozo puramente colorido do impressionismo.

Cézanne cultivava sobretudo a paisagem e a representação de naturezas mortas, mas também pintou figuras humanas em grupo e retratos. Antes de começar as suas paisagens estudava-as e analisava os seus valores plásticos, reduzindo-as depois a diferentes volumes e planos que traçava à base de pinceladas paralelas. Árvores, casas e demais elementos da paisagem subordinam-se à unidade de composição. As suas paisagens são subtilmente geométricas. Cézanne pintou sobretudo a sua Provença natal ("O Golfo de Marselha" e as célebres versões sucessivas de "O Monte de Sainte-Victoire").
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"O Golfo de Marselha visto de L'Estaque" (1885) de Paul Cézanne.
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"O Monte de Sainte-Victoire" (1896-1898) de Paul Cézanne.

Nas suas numerosas naturezas mortas, tipicamente compostas por maçãs, levava a cabo uma exploração formal exaustiva que é a terra fecunda de onde surgirá o cubismo poucos anos mais tarde.
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"Natureza morta com cesta".
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Entre as representações de grupos humanos, são muito apreciadas as suas cinco versões de "Os Jogador de Cartas", uma série de pinturas a óleo sobre tela feita entre 1890 e 1895 pelo pintor Paul Cézanne.
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Uma versão de "Os Jogadores de Cartas" foi vendida em 2011 para a família real do Qatar
por um preço variadamente estimado de 250 milhões de dólares (190 milhões de euros),
tornando-se o trabalho de arte mais caro vendido até essa altura.

A Mulher com Cafeteira, pela sua estrutura monumental e serena, marca o grande momento classicista de Cézanne.
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"Mulher com Cafeteira" (1890-1894). O retrato
desta mulher velha usando um vestido azul,
revela a impessoalidade com que Cézanne
trabalhava seus quadros.

Legado

Após a morte de Cézanne em 1906, as suas pinturas foram exibidas em Paris em Setembro de 1907, no Salon D’Automne. A mostra causou um grande impacto na direcção da vanguarda parisiense, tornando-o um dos artistas mais influentes do século XIX e o responsável pelo advento do Cubismo. As explorações de simplificação geométrica e dos fenómenos ópticos inspiraram Picasso, Braque, Gris e outros, que passaram a experimentar múltiplas visões, mais complexas, de um mesmo objecto chegando, finalmente, à fractura da forma. Cézanne abriu uma das mais revolucionárias possibilidades de exploração artística no século XX, influenciando profundamente o desenvolvimento da arte moderna.
 
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Arte Moderna

Arte Moderna é um termo que se refere às expressões artísticas surgidas no final do século XIX, que se estenderam até a metade do século XX. Na arte moderna vê-se a influência da Revolução Industrial, das máquinas a vapor, do aumento das velocidades, da fotografia, do cinema, do avião, do estudo da mente entre outros elementos que contribuíram para a mudança do pensamento e das atitudes. Deste estilo os peritos elegeram nomes como Pablo Picasso, o Mestre do Cubismo.
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"Abaporu", obra da pintora brasileira Tarsila do Amaral, que foi um
dos expoentes do Modernismo.
 
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Pablo Picasso: O Maior Pintor do Cubismo

O artista espanhol Pablo Picasso (1881-1973) é considerado um dos mais importantes artistas plásticos do século XX, tendo destacado em diversas áreas das artes plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e cerâmica.
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Pablo Picasso nasceu na cidade espanhola de Málaga, fez seus estudos em Barcelona, porém trabalhou principalmente na França. Seu talento para o desenho e artes plásticas foi observado desde sua infância. É conhecido por ser o co-fundador do cubismo, inventor da escultura construída, o co-inventor da colagem e pela variedade de estilos que ajudou a desenvolver e explorar.

As suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores:

- Fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade.

- Fase Rosa (1905-1907), predomina as cores rosa e vermelho, e suas obras ganham uma conotação lírica. Recebe influência do artista Cézanne e desenvolve o estilo artístico conhecido como cubismo. O marco inicial deste período é a obra "Les Demoiselles d'Avignon" (1907), cuja característica principal é a decomposição da realidade humana.
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"Les Demoiselles d'Avignon" (As senhoritas de Avignon) é um dos quadros mais notáveis
do pintor espanhol Pablo Picasso pintado em 1907. É considerado um quadro pré-cubista.

Os nomes das suas fases finais são controversos:

- A Fase Africana (1907-1909).

- O Cubismo Analítico (1909-1912). A prioridade dada à forma é máxima, tal que a composição cromática aponte quase para uma só cor. O objecto é de tal forma distorcido que quase tende para a abstracção, ficando no limite do perceptível e do abstracto. No cubismo analítico há a predominância de poucas cores: preto, cinzento e tons de castanho e ocre.

- O Cubismo Sintético (1912-1919) é a última fase do Cubismo. Também conhecido como cubismo de colagens. Esta decorre do começo da utilização de elementos tais como letras, bocados de madeira, cartas. Estes eram introduzidos numa tentativa de estimular a visão, desfazendo a carga hermética característica do cubismo analítico. O cubismo de colagens não visa explorar a expressão ou a decoração, mas sim a realização da própria peça enquanto obra de arte.

Em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), Picasso pinta seu mural mais conhecido: "Guernica". Esta obra já pertence ao expressionismo e mostra a violência e o massacre sofridos pela população da cidade basca de Guernica. A obra "Guernica" foi exposta no pavilhão da República Espanhola. Medindo 3,50 metros por 7,82 metros, esta tela pintada a óleo é normalmente tratada como representativa do bombardeamento sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de Abril de 1937, por aviões alemães, apoiando o ditador Francisco Franco.
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Na "Guernica", a pintura foi feita com o uso das cores preto e branco, algo que demonstrava
o sentimento de repúdio do artista ao bombardeamento da pequena cidade espanhola.
Claramente em estilo cubista, Picasso retracta pessoas, animais e edifícios nascidos pelo
intenso bombardeamento da força aérea alemã (Luftwaffe).

Na década de 1940, volta ao passado e pinta diversos quadros retomando as temáticas do início de sua carreira. Neste período, Picasso passa a dedicar-se a outras áreas das artes plásticas: escultura, gravação e cerâmica. Já na década de 1960, começa a pintar obras de artes de outros artistas famosos: "O Almoço Sobre a Relva" de Manet" e "As Meninas" do Artista Plástico Velázquez, são exemplos deste período.

Já com 87 anos, Picasso realiza diversas gravuras, retomando momentos da juventude. Nesta última fase de sua vida, aborda as seguintes temáticas: a alegria do circo, o teatro, as tradicionais touradas e muitas passagens marcadas pelo erotismo.
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A pintura "Mulheres de Argel", de Pablo Picasso, foi a obra mais cara já vendida num
leilão, na casa Christie`s, em Nova Iorque. Em 11 de Maio de 2015, o quadro foi arrematado
por 179,3 milhões de dólares por um comprador cujo nome não foi divulgado.

Pablo Picasso morreu a 8 de Abril de 1973 em Mougins, França, com 91 anos de idade. Excepcionalmente prolífico durante a sua longa vida, Picasso conquistou renome universal e imensa fortuna graças às suas conquistas artísticas revolucionárias, tornando-se uma das mais conhecidas figuras da arte do século XX.
 

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A arte conceptual ou arte conceitual

A arte conceptual ou arte conceitual foi iniciada em 1965, e prevaleceu pela década de 70, o que implicou uma remodelação dos processos criativos e expressivos. Nesta arte valoriza-se mais a ideia da obra do que o produto acabado, sendo que às vezes este produto nem mesmo precisa de existir. É bastante expressada através de fotografias, vídeos, mapas, textos escritos e performances. Não existem limites muito bem definidos para que uma obra seja considerada Arte Conceptual já que esta abrange vários aspectos tendo como intenção desafiar as pessoas a interpretar uma ideia, um conceito, uma crítica ou uma denúncia. O objectivo é que o observador reflicta sobre o ambiente, a violência, o consumo e a sociedade. Esta arte é vivenciada por todos os observadores do mesmo modo ou seja, ela não possui nenhuma singularidade aos olhos de quem a vê. Apesar da arte conceptual ter surgido nos anos 60, a sua origem é mais antiga, tendo Marcel Duchamp (1887-1968), como seu precursor.
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Marcel Duchamp: Precursor da Arte Conceitual

Marcel Duchamp (1887-1968), pintor, escultor e poeta francês, cidadão dos Estados Unidos a partir de 1955, e inventor dos ready made.
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Marcel Duchamp é um dos precursores da arte conceitual
e introduziu a ideia de ready-made como objecto de arte.

Ready-made

O ready-made nomeia a principal estratégia artística de Marcel Duchamp. É uma forma ainda mais radical da arte encontrada. Essa estratégia refere-se ao uso de objectos industrializados âmbito da arte, desprezando noções comuns à arte histórica como estilo ou manufactura do objecto de arte e referindo sua produção primariamente à ideia. O ready-made é manifestação radical da intenção de Marcel Duchamp de romper com a artesania da operação artística, uma vez que se trata de apropriar-se de algo que já está feito: escolhe produtos industriais, realizados com finalidade prática e não artística (urinol de louça, pá, roda de bicicleta), e os eleva à categoria de obra de arte.

Caracteriza-se por uma operação de sentido que faz retornar o literário ao problema da arte, contrariando a ênfase modernista na forma do objecto artístico. O conceito de alegoria retorna na forma de uma operação que indicia um significado novo num objecto concreto. Ao adoptar tal operação de sentido, Duchamp termina por implicar mais que a obra de arte; é necessário tratar de toda a constelação estética que envolve a obra e da conjuntura de sentido que a produz, mas também a que a sustenta e sanciona.
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"A Fonte", um urinol de porcelana branco, é considerado uma das obras mais
representativas do dadaísmo na França. Criado em 1917, é uma das mais notórias
obras do artista Marcel Duchamp. Em Janeiro de 2006, estimava-se que a obra
valeria cerca de 3 milhões de euros.

Marcel Duchamp começou sua carreira como artista criando pinturas de inspiração romantista, expressionista e cubista. Dessa fase, destaca-se o quadro "Nu descendo a escada", que apresenta uma sobreposição de figura de aspecto vagamente humano numa linha descendente, da esquerda para a direita, sugerindo a ideia de um movimento contínuo.
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"Nu Descendo uma Escada", pintura feita em 1912
por Marcel Duchamp. O trabalho é amplamente
considerado como um clássico modernista e se tornou
um dos mais famosos de seu tempo.

Este quadro "Nu Descendo uma Escada", na época de sua génese, foi mal recebido pelos partidários do Cubismo, que o julgaram profundamente irónico para com a proposta artística por eles pretendida. Nesta fase lhe rendeu ainda, o quadro "Rei e Rainha rodeados por rápidos nus", que sugere um rápido movimento através de duas figuras humanas.
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O quadro "A Noiva" apresenta formas
geométricas bastante delineadas e
sobrepostas, insinuando uma figura
de proporções humanas.

Sua carreira como pintor estendeu-se por mais alguns anos, tendo como produto quadros de inegável valor para a formação da pintura abstracta. É no entanto, como escultor que Duchamp vai atingir grande fama. Tendo se mudado para Nova Iorque e largado a Europa numa espécie de estagnação criativa, Duchamp encontra na América um solo fértil para sua arte dadaísta.

Decorrente dessa fase, e em virtude de seus estudos sobre perspectiva e movimento, nasce o projecto para a obra mais complexa do artista: "A noiva despida pelos seus celibatários", ou conhecida pelo nome "O Grande Vidro".
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Trata-se de duas lâminas de vidro, uma sobre a outra, onde se vê
uma figura abstracta na parte de cima, que seria a noiva, e na parte
de baixo, se percebe uma porção de outras figuras (feitas de cabides,
tecido e outros materiais), dispostas em círculo, ao lado de uma
engrenagem (retirada de um moinho de café).

Essa obra consumiu anos inteiros de dedicação de Duchamp, e só veio a público muito depois do início de sua construção, intercalada, portanto, por uma série de obras. Não se tem um consenso acerca do que representa essa obra, mas diversas opiniões em conflito, com base em psicologismos e biografismos, renderam e ainda rendem bastante discussão.
 
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Pop Art

Pop Art, movimento artístico surgido na década de 50 na Inglaterra, alcançou sua maturidade na década de 60 em Nova Iorque (E.UA.). O nome desta escola estético-artística coube ao crítico britânico Lawrence Alloway (1926-1990) sendo uma das primeiras, e mais famosas imagens relacionadas ao estilo - que de alguma maneira se tornou paradigma deste -, a colagem de Richard Hamilton (1922-2011): "O que Exactamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?" de 1956.

A Pop art propunha que se admitisse a crise da arte que assolava o século XX, desta maneira pretendia demonstrar com suas obras a massificação da cultura popular capitalista. Procurava a estética das massas, tentando achar a definição do que seria a cultura pop, aproximando-se do que costuma chamar de kitsch. Diz-se que a Pop Art é o marco de passagem da modernidade para a pós-modernidade na cultura ocidental.
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Deste estilo de arte, os peritos elegeram Andy Warhol como uma das figuras centrais da Pop Art nos Estados Unidos. Como muitos outros artistas da Pop Art, Andy Warhol criou obras em cima de mitos. Ao retractar ídolos da música popular e do cinema, como Michael Jackson, Elvis Presley, Elizabeth Taylor, Brigitte Bardot, Marlon Brando, e sua favorita, Marilyn Monroe, Warhol mostrava o quanto personalidades públicas são figuras impessoais e vazias; mostrava isso associando a técnica com que reproduzia estes retratos, numa produção mecânica ao invés do trabalho manual.
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Da mesma forma, utilizou a técnica da serigrafia para representar
a impessoalidade do objecto produzido em massa para o consumo,
como as garrafas de Coca-Cola e as latas de sopa Campbell.
 
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Andy Warhol: A Grande Figura da Pop Art

Andy Warhol, nascido Andrej Varhola, Jr. (1928-1987), empresário, pintor e cineasta norte-americano, foi a grande figura do movimento de Pop Art. Nascido em 6 de Agosto de 1928, em Pittsburgh, nos Estados Unidos, Andy Warhol era o terceiro filho de emigrantes da Checoslováquia. O pai, Andrei, veio para os Estados Unidos para evitar ser recrutado pelo exército austro-húngaro, no fim da Primeira Guerra Mundial. Em 1921 a mulher, Júlia, juntou-se-lhe, tendo a família ido viver para Pittsburgh.
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Nos primeiros anos de estudo, Warhol teve coreia, uma doença do sistema nervoso que provoca movimentos involuntários das extremidades, que se acredita ser uma complicação da escarlatina e causa manchas de pigmentação na pele. Tornou-se um hipocondríaco, desenvolvendo um medo de hospitais e médicos. Muitas vezes de cama quando criança tornou-se um excluído entre os seus colegas de escola, ligando-se fortemente com sua mãe. Às vezes quando estava confinado à cama, desenhava, ouvia rádio e coleccionava imagens de estrelas de cinema ao redor de sua cama. Warhol depois descreveu esse período como muito importante no desenvolvimento da sua personalidade, do conjunto de suas habilidades e de suas preferências.
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Aos 17 anos, em 1945, entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje Universidade Carnegie Mellon e se graduou em design. Logo após, mudou para Nova Iorque e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrinas de lojas. Começa aí uma carreira de sucesso como artista gráfico ganhando diversos prémios como director de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts.

Fez a sua primeira mostra individual em 1952, no Hugo Galley onde exibe 15 desenhos baseados na obra de Truman Capote. Esta série de trabalhos é mostrada em diversos lugares durante os anos 50, incluindo o MOMA, Museu de Arte Moderna, em 1956. Passa a assinar Warhol.
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A série de "Latas de Sopa Campbell" foi produzida por Warhol em 1962
e é uma das suas obras mais conhecidas.

Na década de 60, sua trajectória como artista plástico sofre uma reviravolta, pois ele passa a se apropriar das ideias publicitária nas suas criações, valendo-se de tonalidades fortes e tintas acrílicas. Neste mesmo período, renova o movimento conhecido como Pop Art, ao gerar mecanicamente inúmeras cópias de seus trabalhos, através de uma técnica denominada serigrafia: processo de reprodução de imagens sobre papel, madeira, vidro, entre outros materiais, o qual utiliza uma moldura com tela de seda ou nylon formado por malhas; a tinta passa através das malhas permeáveis, que correspondem à imagem a ser impressa, permanecendo as restantes impermeáveis à tinta.
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Andy concretiza essa produção artística com temas extraídos do dia-a-dia, como latas de sopas Campbell, garrafas de Coca-Cola, rostos de ícones da indústria cultural, entre eles, os de Marilyn Monroe, Elvis Presley, Che Guevara, Michael Jackson, entre outros. As colagens e a utilização de matéria-prima descartável, geralmente não utilizada pelos artistas plásticos, foram outras técnicas privilegiadas por Andy.

Atentado a Andy Warhol

Em 1968, Valerie Solanas (1936-1988), feminista radical lésbica e escritora norte-americana, invade o estúdio de Warhol e o fere com três tiros, mas o ataque não é fatal e Warhol se recupera, depois de se submeter a uma cirurgia que durou cinco horas.
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Valerie Solanas foi autora do livro "SCUM Manifesto"
onde encoraja a criação de uma sociedade dirigida
pelas mulheres, livre do controle masculino. Este
episódio é tema do filme "I shot Andy Warhol"
(Eu atirei em Andy Warhol), dirigido por Mary
Harron, em 1996.

Morte de Andy Warhol

Em 1987, Andy Warhol foi operado à vesícula biliar. A operação correu bem mas morreu no dia seguinte.
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Andy Warhol está enterrado no cemitério católico bizantino de São João Batista no Estado
da Pensilvânia (E.U.A.).
 
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