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A iguaria que está a matar os tailandeses de cancro

kokas

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A receita inclui peixe, formigas, sumo de lima e ervas aromáticas da região

O 'koi pla' é dos pratos favoritos do nordeste da Tailândia, mas os ingredientes utilizados provocam um tipo de cancro altamente letal.
É um dos pratos mais populares do nordeste da Tailândia, mas também dos mais perigosos. Chama-se koi pla e trata-se, afinal, de uma mistura de peixes pequenos apanhados nos rios e lagos tailandeses da região, finamente cortados, com ervas aromáticas locais, sumo de lima e formigas vermelhas vivas. A iguaria é servida crua e é particularmente nociva para o fígado, onde se aloja um parasita do peixe que inflama o órgão ao longo do tempo. Se o consumo do koi pla não for controlado, ao longo dos anos a inflamação passa a cancro, altamente letal: dos cerca de 2000 casos diagnosticados por ano, apenas 200 são suscetíveis de ser submetidos a tratamento, normalmente através de uma cirurgia. Aos restantes doentes, são oferecidos cuidados paliativos, que mais não fazem do que aliviar o desconforto, até à inevitável morte, conta a BBC.






A única forma de evitar a doença é a prevenção, ou seja, cozinhar o koi pla ou deixar de o consumir de todo.


Banchob Sripa, médico do Laboratório de Pesquisa de Doenças Tropicais da universidade tailandesa de Khon Kaen, tem sido responsável por grande parte das campanhas de sensibilização para o parasita que se transmite pela ingestão desta iguaria. A equipa de investigadores que lidera descobriu que em determinadas comunidades, 80% dos habitantes estão infetados com o parasita - os mais novos com apenas quatro anos - mas o cancro raramente se desenvolve antes dos 50. Quando finalmente o faz, há pouca esperança para os portadores da doença.
Apesar dos esforços para avisar da gravidade da situação, muitos tailandeses continuam a preferir comer o seu peixe cru, mesmo quando sabem que têm o fígado doente. A solução, para os investigadores, passa também por intervir no ambiente, limpando a água onde vivem os peixes que servem de alimento à população, de forma a quebrar o ciclo de vida do parasita e diminuir o número de infeções.
Em algumas aldeias, porém, os apelos dos médicos têm surtido efeito: as faixas etárias mais jovens compreendem a doença e já cortaram com o peixe cru. O problema são os mais velhos, que dificilmente conseguirão reverter o hábito, admite Sripa. Cerca de 10% continuam a deliciar-se com o koi pla, como fizeram ao longo de toda a vida.


dn
 
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