kokas
GF Ouro
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Reviravolta. 47% para o sim, 43% para o não, diz a última sondagem. A margem é escassa para cantar vitória, mas o medo do caos, brandido pelos apoiantes do sim, parece ganhar terreno.
"Se me perguntarem se quero o meu dinheiro de volta, quero. Cortaram-me um terço do salário: ganhava 1500 e agora ganho 1000, perdi o subsídio de Natal, o subsídio de férias e o subsídio de Páscoa [estes dois últimos correspondiam a meio salário]. As medidas da troika foram demasiado duras, vejo as instituições europeias e o FMI como crime organizado." A dureza da qualificação, porém, não leva esta funcionária pública de 44 anos, socióloga, que não quer que o seu nome saia no jornal, a apoiar o Syriza contra a troika. "Compreendo que a Grécia está numa situação muito má e todos devemos fazer a nossa parte e acho que devemos permanecer na União Europeia. Vou votar sim e acho que o sim vai ganhar. E que o governo se deve demitir."
O mesmo acha Anna, 41 anos, quadro de uma instituição privada de estudos e planeamento. Apesar de normalmente apoiante do Nova Democracia (o partido de centro--direita que esteve no poder de 2012 até 2014), Anna até já votou Syriza - "Foi em 2009, estava zangada com o ND" - e, houvesse agora eleições, não faz ideia de quem apoiaria. "Sei em quem não votaria: nem no ND nem no Syriza. Talvez votasse no Potami. São do centro, parecem honestos e não são políticos profissionais."
dn