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Diretora-geral do FMI separa situação grega de resgates português, irlandês e cipriota. Atenas tem até hoje à noite para apresentar novas medidas do programa de resgate
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, admitiu ontem ser "necessária" uma reestruturação da dívida grega. Uma posição que contraria a opinião da maioria dos países da zona euro, mas que vai ao encontro do relatório do FMI divulgado na semana passada: o documento dizia que as finanças públicas da Grécia não serão sustentáveis sem uma redução substancial da dívida, admitindo ainda que Atenas vai precisar de 50 mil milhões de ajuda adicional ao longo de três anos.
"Sempre recomendámos que o programa fosse assente em duas vertentes: de um lado as reformas significativas e a consolidação fiscal, como aconselhámos nos casos de Portugal, Irlanda, Chipre e, fora da zona euro, na Letónia e na Islândia - e que funcionou. E do outro a reestruturação da dívida, que consideramos ser preciso no caso particular da Grécia. Esta análise mantém-se", disse Lagarde na Brookings Institution, um think-tank de Washington. Ou seja, a situação grega tem contornos especiais e o que se decida para o caso de Atenas - incluindo o perdão de parte da dívida - não será aplicado a outros países resgatados.
dn