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PCP classifica acordo como processo de chantagem e asfixia financeira

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PCP classifica acordo como processo de chantagem e asfixia financeira

O PCP criticou hoje o acordo alcançado para um terceiro programa de ajuda financeira à Grécia, que classificou de "processo de chantagem, desestabilização e asfixia financeira", acrescentando que tirou partido de "incoerências" do Governo grego.
"Face às decisões da Cimeira do Euro visando o início das negociações de um novo 'memorando' para a Grécia, o PCP reafirma a sua condenação do processo de chantagem, de desestabilização e de asfixia financeira promovido pela União Europeia e o FMI visando impor ao povo grego a continuação do endividamento, da exploração, do empobrecimento e da submissão", afirmou o PCP em comunicado.
Os comunistas consideraram também que o processo de "ingerência e chantagem" não deixou de tirar partido de "incoerências, contradições e cedências do Governo grego", acrescentando que as negociações evidenciam que "a União Europeia da solidariedade e da coesão não existe".

O PCP condenou ainda a atuação do Governo português e do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que classificou de "alinhamento com as imposições da União Europeia e do seu diretório de potências".

"Uma atuação que, contando com a cumplicidade do PS, põe em causa o interesse nacional e denuncia o objetivo de prosseguimento, em Portugal, da política de exploração, de empobrecimento e de submissão do país aos ditames do grande capital, da União Europeia e do FMI [Fundo Monetário Internacional]", refere o comunicado.

Os comunistas afirmaram também que "as decisões agora anunciadas são profundamente contrárias às aspirações e interesses dos trabalhadores e do povo grego e à vontade de mudança de política expressa nas eleições de 25 de janeiro e no referendo de 05 de julho".

O PCP defende, assim, que "perante a dimensão e natureza de dívidas insustentáveis, sejam as próprias instituições da UE a ter de admitir a possibilidade de alterar prazos e juros", e defende a renegociação da dívida, a "favor dos trabalhadores e do povo e integrada numa política de crescimento económico, resposta a direitos sociais e desenvolvimento soberano e não a favor dos credores e usada como moeda de troca para mais exploração e empobrecimento".

Os comunistas voltaram a defender a renegociação da dívida portuguesa "nos seus prazos, montantes e juros" e a necessidade "do estudo e preparação para a libertação do país da submissão ao euro, de modo a resistir a processos de chantagem e a garantir a soberania monetária, orçamental e económica".

"O PCP, confiando na força do povo português e dos demais povos da Europa, tem a profunda convicção de que será possível construir uma Europa de cooperação entre Estados soberanos e iguais em direitos, de progresso, liberdade e de paz, assente nos valores da solidariedade, da justiça social, da democracia e do respeito mútuo", continua a nota.

Após 17 horas de negociações, os chefes de Estado e de Governo da zona euro concluíram hoje de manhã um acordo para negociar um terceiro plano de resgate com a Grécia.

Fonte: Noticias ao Minuto
 
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