Grécia: coligação não apoia mas mantém-se no governo

O líder da coligação de governo da Grécia, Panos Kammenos, afirmou esta segunda-feira que não pode apoiar as exigências feitas pelos credores para um terceiro resgate ao país.

Ainda assim, segundo a Reuters, o líder do Partido dos Gregos Independentes vai manter-se no governo de Tsipras.
O primeiro-ministro grego já enfrenta obstáculos dentro do próprio partido. Mas a oposição pro-europeia deverão passar as medidas, o que deverá ser suficiente.

O acordo fechado na cimeira da zona euro para se avançar com um terceiro programa de resgate à Grécia, no valor de 86 mil milhões de euros, impõe condições a Atenas com calendários a curto prazo.

Até quarta-feira, o Parlamento grego tem que aprovar medidas como o aumento do IVA e o alargamento da base tributária para aumentar as receitas fiscais, a reforma do sistema de pensões - incluindo a garantia da sua sustentabilidade a longo prazo -, o assegurar da independência do instituto de estatísticas grego (ELSTAT) e a aplicação integral das principais normas previstas do Tratado de Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária.

tvi24

Esta noticia é complicada...

Mas, o que o jornalista Miguel Sousa Tavares comenta...é uma reflexão para toda a gente...grande verdade :isso_se_faz: isto não se faz aos países mais pobres da Europa. :isso_se_faz: No meu ver não se dão ferramentas a um país para ele ter autonomia, no entanto dá-se a um pais "pão com mel" que são os mercados de financiamento e vive-se de serviços, e não há produção de produtos e bens essenciais...e depois tem que se vomitar o mel e o pão a dobrar... ainda por cima os negócios dos empréstimos do FMI...e outros que tais...




Miguel Sousa Tavares diz:


Afirmando que não faz qualquer sentido aceitar o novo resgate de 86 mil milhões de euros, Miguel Sousa Tavares refere que a questão não é saber se a Grécia está salva, mas sim “se vai conseguir pagar esta dívida”. “É evidente que não vai”, concluiu.

O habitual comentador da SIC afirma que “nada [do acordo] tem a menor racionalidade económica” e que, “se das duas vezes em que foi feito o acordo, ele falhou, é óbvio que à terceira vez também não vai funcionar”.

Miguel Sousa Tavares acrescenta que as negociações foram fruto de “uma clara vontade política de tornar inviável o governo do Syriza” e que o objetivo do Eurogrupo foi “punir e humilhar a Grécia”. "Quis-se deliberadamente punir e humilhar a Grécia", sublinhou.

Sobre o futuro helénico, Sousa Tavares deixa claro que “Tsipras está em muito pior situação do que na altura do referendo” e que o seu país deixou de ser autónomo, uma vez que “ficou claro que Wolfgang Schäuble manda mais na Grécia do que os dez milhões de gregos”.

“Acho que houve uma vontade deliberada de mostrar aos países endividados que eles não têm qualquer espécie de soberania. O que aconteceu foi um golpe de estado num país alheio”, concluiu.


http://www.msn.com/pt-pt/noticias/n...milhar-a-grécia/ar-AAcVs9s?ocid=mailsignoutmd