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GF Ouro
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Sampaio da Nóvoa
Candidato independente quer "transformar Belém num lugar de todos os portugueses" e deixa críticas à maioria . E Ramalho Eanes deixou críticas à "germanização" da Europa
Sampaio da Nóvoa criticou duramente, esta quinta-feira à noite em Sintra, o atual Presidente da República por ter desistido dos portugueses, uma "impressão" que se tornou nítida nas suas voltas pelo país. "Os portugueses sentem-se abandonados, como se os políticos, a começar pelo Presidente da República, tivessem desistido deles, tivessem desistido de os proteger", apontou.
Discursando numa sessão em que apresentou a sua Comissão de Candidatura - presidida pelos três ex-presidentes da República eleitos depois do 25 de Abril, Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio - o candidato afirmou que é preciso "transformar Belém num lugar de todos os portugueses, num lugar que todos os portugueses sintam como seu", num país que Sampaio da Nóvoa quer "ajudar a levantar, no respeito pela Constituição e pelos seus valores". E repetiu a frase, para acrescentar de improviso: "Uma Constituição que alguns gostariam que desaparecesse, mas eu não."
O candidato recusou ainda ficar pelas "meias-palavras, como se tudo isto fosse normal ou aceitável, como se tudo isto fosse fatalidade ou destino. Não é. Vivemos um momento excecional, dramaticamente excecional, das nossas vidas." E recusou-se a "pactuar" com esta "tibieza que tudo justifica", mas também que, "pasme-se, até tem o despudor de dizer que estamos melhor. Não, não estamos", atirou.
Mais à frente, numa passagem muita aplaudida, diria que quer "uma presidência de tipo novo, sem amarras, que exija um combate mais duro à corrupção, não permitindo nunca que o Estado seja capturado por interesses privados. Há política a mais nos negócios e negócios a mais na política".
Sem se referir a nenhum eventual avanço de candidatos, Sampaio da Nóvoa afirmou que a sua candidatura "não se esconde", "não se enreda em calculismos e oportunismos", "não desvaloriza as presidenciais, transformando-as numa mera 'segunda volta' das legislativas, que não usa as presidenciais para disputas entre os partidos ou dentro deles".
dn