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Jardim, "desapaixonado" pelo PSD, fala de Passos como "o rapazito"

kokas

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Set 27, 2006
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Alberto João Jardim deu hoje uma entrevista à TVI24 em que se disse “desapaixonado” pelo partido e vincou a necessidade de levar a cabo uma mudança no país, motivo pelo qual apresentou o documento ‘Tomar a Bastilha’.
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Aos 72 anos, Alberto João Jardim apresentou uma proposta de revisão constitucional que promete “dar maior estabilidade ao país” ao “federalizá-lo” e ao “tornar o sistema presidencialista”. Tudo partiu, segundo indica, da iniciativa de amigos, que o consideravam alguém “contra o sistema político, com a obrigação de ser coerente”.





“Eu sei que isto é polémico. Mas não é uma loucura. Todos os movimentos da opinião pública são no sentido de devolver o país aos cidadãos. É preciso dar o salto”, alertou o homem que liderou a Madeira durante quatro décadas mas que recusa a figura de “senhor todo-poderoso” da região autónoma.
“Está aí a aparecer uma série de candidatos, como Sampaio da Nóvoa, que são os tipos que formam o regime, o que significa que é para continuar tudo na mesma. Todos querem manter um sistema, cada um à sua maneira, para recolher vantagens”, acusou o antigo líder regional social-democrata, como forma de justificar o passo que tomou.
Jardim não se assume como um candidato presidencial, mas admite que “desde que haja igualdade de circunstâncias para todos os candidatos presidenciais e eleições limpas, se o povo votar num candidato que defende uma alteração constitucional, o povo sufragou essa alteração”.
Já em relação ao partido que fundou, o PSD, o político diz-se “desapaixonado” e considerado uma “persona non grata”. Mas as principais fissuras notam-se na sua relação com o líder do partido.

Passos Coelho: “o rapazito que chegou a primeiro-ministro”
“Há três anos, propus ao primeiro-ministro que fosse às capitais dos países que estavam sob intervenção [da troika] para criar um bloco sul e conseguir fazer uma repartição das riquezas da Europa. Ele, no alto das suas grandezas, disse-me que era desprestigiante juntar-se aos países mais fracos. E ficou ali agarrado aos alemães”, contou.
A sua relação “péssima” com Passos Coelho “vem de trás”, mas ainda hoje se sentem as sequelas. “Em 40 anos ajudei a fundar o PSD, peguei na região mais atrasada do país e fiz dela a segunda mais desenvolvida, retirei o poder estrangeiro sobre a Madeira. Você acha que, na altura que um tipo se vai embora, um rapazito que chegou a primeiro-ministro pode atirar-me assim para o caixote do lixo e desconsiderar-me?”, questionou, retirando a Passos Coelho mérito pelos feitos alcançados pelo Executivo.
“Teve ministros notáveis que fizeram um excelente trabalho. A sorte deste primeiro-ministro foi ter Vítor Gaspar no princípio, que fez uma estratégia em que não se caía na maneira como se caiu em cima dos pensionistas e da Função Pública”.


nm
 
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