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GF Ouro
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A "foto de família" dos cabeça de lista socialistas
PS apresentou cabeças de lista para as legislativas. Aposta em académicos e investigadores foi o trunfo do líder socialista para criticar as políticas de educação e ciência do atual governo.
A escolha de de cinco independentes e, sobretudo, de vários académicos e investigadores serviu esta sexta-feira como rampa de lançamento para António Costa diferenciar o projeto político do PS dos quatro anos de governo PSD-CDS. Se "confiança" já era uma palavra em que o secretário-geral socialista vinha há muito a insistir, a aposta em novas figuras "para a linha da frente do combate político" também foi invocada como "garantia" de que essa confiança não será violada depois das eleições.
No salão nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, e no dia em que completou 54 anos, Costa puxou de um exemplo de Alexandre Quintanilha, o professor que foi convidado para cabeça da lista "rosa" no Porto um dia depois de se ter jubilado, para salientar que a sua equipa procura inspirar essa confiança.
O cientista recordou um episódio de há uma semana e meia em que foi abordado por uma senhora, num café, que lhe perguntou se era "o senhor Alexandre" e que lhe disse que tinha "os cabelos muito bonitos". Alguns minutos volvidos, e já depois de lhe terem sido cantados os parabéns, Costa aproveitou a deixa e gracejou, provocando várias gargalhadas na sala: "Todos nós, que fomos autarcas, sabemos que nos dizem que começamos com o cabelo bonito. O difícil é no ano seguinte continuarmos com o cabelo bonito."
Ora, para o líder socialista este esforço por recuperar para a ação política figuras como Alexandre Quintanilha, Helena Freitas, Tiago Brandão Rodrigues e Manuel Caldeira Cabral - Maria Manuel Leitão Marques, apesar de independente, já fez parte dos dois executivos de José Sócrates como secretária de Estado da Modernização Administrativa - traduz a vontade socialista de "mudar desta maioria para uma nova maioria que tenha no conhecimento o álfa e Ómega da sua governação".
Costa quer "políticas públicas centradas no conhecimento" e um país com "emprego digno, com qualidade e com futuro" - condição que diz ser indispensável para fazer regressar os jovens emigrantes -, motivo pelo qual voltou a atacar os quatro anos do governo de Passos Coelho no que à educação e ciência diz respeito.
dn