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Professores não têm formação para lidar com a indisciplina nas salas de aula

kokas

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Castigos físicos deixaram de ser socialmente aceites após o 25 de Abril. Docentes não recebem formação para lidar com mau comportamento.
Professora do 1.º ciclo há 14 anos, Raquel M. deparou-se neste ano com um caso "muito grave" de indisciplina na sala de aula. "O aluno faltava-me ao respeito, desafiava-me, dizia-me que não mandava nele e que não o podia castigar", conta ao DN. Depois de recorrer à ajuda da psicóloga da escola, a docente continuava a sentir que lhe faltavam ferramentas para lidar com a situação, o que a levou a inscrever-se numa formação de gestão de conflitos. "Durante a licenciatura não tive nenhuma cadeira que abordasse estas questões. Quando comecei a lecionar nem sentia essa necessidade, mas cada vez sinto mais, porque os professores perderam autoridade", acrescenta.


Há um défice de formação para lidar com a indisciplina em Portugal, de acordo com um estudo que está a ser desenvolvido pela Universidade do Minho e que contou com a colaboração de três mil professores. 60% dos participantes, muitos no ensino há várias décadas, afirmaram nunca ter tido qualquer formação específica para lidar com este problema, que até ao 25 de Abril de 1974 era resolvido através da aplicação de castigos severos com réguas e canas-da-índia. A situação agrava-se quando 85% dos participantes consideram que a indisciplina "aumentou significativamente, ou muito significativamente", nas salas de aula nos últimos cinco anos.
Embora considerem que a indisciplina se generalizou, os docentes não referem um aumento da gravidade da mesma. "Os atos mais graves de indisciplina - agressões verbais e físicas - são residuais", destaca João Lopes, coordenador do estudo. Mais de metade dos inquiridos falam sobretudo de desatenção e 27% referem intervenções fora de vez. Para os professores do ensino básico, a responsabilidade do aumento da indisciplina é sobretudo dos pais. Seguem-se as políticas educativas, os próprios alunos, os diretores dos agrupamentos e as escolas e, por fim, os professores. Nos níveis escolares seguintes, aumenta a responsabilidade do aluno.



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