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Universidade de Aveiro desenvolve tecnologia para armazenar e dar mobilidade à eletricidade

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Universidade de Aveiro desenvolve tecnologia para armazenar e dar mobilidade à eletricidade
Chama-se Dispositivo Modular de Armazenamento de Energia Elétrica (DMAE) e pretende diminuir a resistência à opção pelo automóvel eléctrico.
Consiste numa estrutura metálica que aloja baterias de iões de lítio – as mesmas que equipam os automóveis eléctricos – e que é móvel por estar inserido num camião. Desenvolvido no Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da Universidade de Aveiro (UA), o Sistema de Gestão e Controlo do DMAE, é o cérebro que torna exequíveis as inovadoras funcionalidades do dispositivo.

DMAE.jpg
Tecnologia vai ao encontro dos condutores que optaram por um carro eléctrico​

Diminuir os tempos de espera para carregar o automóvel, ultrapassar as limitações decorrentes da rede eléctrica e possibilitar modelos de negócio decorrentes do armazenamento de electricidade, serão as características distintivas desta tecnologia que, sendo móvel, pode não só ir ao encontro dos condutores, que optaram por um carro ecológico, como também efectuar o armazenamento de electricidade em qualquer central de produção de energia renovável.
O DMAE virá a ser um camião eléctrico que executa o armazenamento de energia, tal como um camião cisterna armazena combustível fóssil.
Embora dependente do tipo e capacidade das baterias que estejam inseridas no DMAE, a ideia é ser capaz de abastecer simultaneamente dez automóveis eléctricos, em modo rápido.
Ou seja, até dez veículos poderão estar ao mesmo tempo a carregar 80 por cento da capacidade da sua bateria, um número superior ao que actualmente se verifica nos pontos da rede de carregamento eléctrico nacional.
O número total de veículos eléctricos que pode ser abastecido por uma carga do DMAE depende da energia que tenha sido armazenada e também do estado de carga dos veículos, mas em termos médios o DEM aponta, que um DMAE possa carregar pelo menos três dezenas de veículos.“As baterias inseridas no dispositivo são interligadas por uma rede de electrónica de potência, de forma inteligente, formando uma matriz dinâmica de baterias”, explica José Santos.
O investigador responsável pelo desenvolvimento do Sistema de Gestão e Controlo do DMAE adianta que “a matriz é dinâmica pois as interligações no seu interior e as ligações com o exterior do dispositivo são monitorizadas e geridas pelo Sistema de Gestão e Controlo em tempo real”.
O DMAE pode assim executar múltiplas funções com a energia que armazena.

DMAE1.jpg
'A cisterna' elétrica pode efectuar o armazenamento de eletricidade em qualquer central de produção de energia renovável.​
O projecto, apoiado parcialmente por um Vale Inovação, teve a duração de um ano e foi desenvolvido em parceria com a empresa D2M-Energytransit, à qual pertence a patente do DMAE.
Os ensaios efectuados pelo protótipo construído no laboratório do DEM deram resultados, que vão de encontro às expectativas da empresa e corroboram as propriedades inovadoras do DMAE.
O armazenamento de electricidade é uma ambição antiga do sector eléctrico e, como explica o investigador do DEM, “a vantagem do conceito DMAE, será que a considerável capacidade de armazenamento [até 4 MWh com as melhores baterias de veículos eléctricos existentes actualmente], não é resultante de uma grande bateria construída de raiz, mas sim do agrupamento de baterias já existentes”.
Os custos são por isso “notoriamente inferiores”.
Considerando a associação do conceito DMAE com o modelo de swap stations (já existentes em alguns países), em que os automóveis trocam a bateria em vez de esperar pelo carregamento parcial, a modularidade do dispositivo ganha maior vantagem.
Pela rotação das baterias nele inseridas (por troca com as recebidas na swap station) o tempo de vida útil do DMAE aumenta grandemente, aumentando a sua sustentabilidade.
Os automobilistas ganham duplamente, por verem reduzido o tempo para repor a autonomia total (estima-se inferior a cinco minutos a operação de troca) e a diminuição da limitação da autonomia, principal receio dos condutores.

Ciência Hoje
 

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