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Sapatos suspeitos da China obrigam a baixar valor das exportações de calçado

kokas

GF Ouro
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Calçado made in China importado por empresas da Guarda e de Mafra foi reexportado para Espanha e Itália. Os preços, inferiores a dois euros por par, levantaram suspeitas.
Uma série de operações estranhas de exportação de calçado oriundo da China, e que Portugal vendeu depois para Espanha e Itália, obrigou a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) a reajustar os dados das exportações do calçado em 2014, retirando-lhes dez milhões de pares de sapatos, no valor de 18 milhões de euros. De acordo com os novos dados, a que o DN/Dinheiro Vivo teve acesso, as empresas portuguesas de calçado produziram e exportaram, afinal, "apenas" 77 milhões de pares de sapatos, no valor global de 1845 milhões de euros.

E o que levou à suspeita? Os preços médios destes sapatos, de material sintético e têxtil, eram da ordem de 1,82 euros e, em alguns casos, ficavam-se pelos 77 cêntimos o par. "Por esses preços não é possível produzir em Portugal. Esse valor não dá nem para pagar a palmilha", sublinha João Maia, diretor-geral da APICCAPS.
Além do preço médio extraordinariamente baixo, o que fez despertar a curiosidade para estas operações foi o facto de serem oriundas de concelhos com pouca, ou mesmo nenhuma, tradição na indústria do calçado, como Guarda e Mafra. "Os dados que o INE fornece indicam-nos as exportações por tipo de calçado e concelho de origem. E dão-nos também a lista dos principais exportadores por concelho. Cruzadas as informações, detetámos a existência de uma série de empresas muito recentes, com não mais do que dois ou três anos - algumas delas até já encerraram a atividade - e que usavam Portugal como mero porto de transhipment nas suas operações de importação da China e de reexportação para Espanha e Itália. E, embora não saibamos quem são os proprietários, sabemos que os gerentes são todos estrangeiros, designadamente chineses e espanhóis."


dn
 
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