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É num antigo navio nazi que a Guarda Costeira americana treina cadetes

kokas

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O navio foi pintado com cores americanas.



Mudou de nome. De 'Horst Wessel' passou a 'Eagle'. E de cores. Uma nova pintura cobriu a suástica na proa. Esta é a história de um navio histórico.
O navio hoje conhecido como Eagle costumava ter o nome de um herói nazi. Os Estados Unidos ficaram com ele no fim da guerra após um processo de envolveu tirar um nome de um chapéu e depois trocá-lo com os russos debaixo da mesa. Depois de a suástica na proa ter sido substituída por um símbolo mais democrático e americano, a Guarda Costeira dos EUA começou a usar o navio para treinar os seus cadetes, até hoje.
A história foi contada por Tido Holtkamp, um alemão que trabalhara nesse navio durante a Segunda Guerra Mundial, logo quando se juntou à Marinha. O navio chamava-se Horst Wessel nesse tempo, nome de um herói do movimento nazi que inspirou uma canção que viria a tornar-se o hino do partido.
Em 1959, Tido Holtkamp estava nos Estados Unidos. No final da guerra tinha imigrado para o país, e acabara por lutar pelos americanos na Guerra da Coreia. Foi com surpresa, portanto, que um dia viu o Horst Wessel no mar junto à costa do Connecticut, estado onde ficou a viver. "Um fantasma", descreve a BBC, apesar de estar pintado com as cores norte-americanas. Holtkamp reconheceu o navio imediatamente, embora não percebesse o que este estaria a fazer nos Estados Unidos.
A história, que o alemão reconstituiu e contou no seu livro A Perfect Lady, teve o seu momento crucial em 1946, quando os comandantes dos exércitos aliados decidiram dividir entre si a frota da marinha alemã. De acordo com Holtkamp, a divisão foi feita colocando os nomes dos navios num chapéu, que eram retirados pelos comandantes à vez. E embora o Horst Wessel tenha, inicialmente, "calhado" aos russos, um acordo secreto resultou numa troca entre os russos e os americanos que permitiu que esse navio fosse para os EUA. Em junho desse ano, o navio, que passou a chamar-se Eagle, foi levado para os Estados Unidos, onde tem sido usado para treinar os cadetes da Guarda Costeira desde então.
Faz 70 anos em 2016 que o navio atravessou o Atlântico, e em comemoração vai regressar para a Alemanha. A BBC destaca que o navio se tornou num símbolo de paz e parceria entre os EUA e a Alemanha, agora que a águia na proa segura nas garras, em vez de uma suástica, o emblema da Guarda Costeira. Holtkamp relembra com entusiasmo o dia em 1959 em que voltou a ver o navio da sua juventude. "Desci até ao antigo convés onde eu dormia sempre, e estava lá uma máquina de Coca-Cola", contou à BBC.



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