kokas
GF Ouro
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Até ao fim de setembro, a PSP vai deixar passar infrações como não fazer pisca antes de virar, estacionar em local proibido ou conduzir sem cinto, que implicam multas até 600 euros.
No primeiro dia da "greve" às multas incentivada por quatro sindicatos da PSP, em Faro, no Algarve, dois agentes num carro patrulha praticaram o protesto, de manhã, com dois condutores que não fizeram o sinal de mudança de direção. Um dos automobilistas lembrou ao polícia que o interpelou, com alguma ousadia, que, afinal, era o primeiro dia de "greve de zelo" na PSP e por isso o agente até devia ser compreensivo. Os dois condutores puderam ir à sua vida sem pagar a coima que iria de 60 a 300 euros. Foram ainda avisados, pedagogicamente, do significado da infração que cometeram: não avisar da mudança de direção pode criar problemas de segurança ao condutor que vai na retaguarda.
Esta "greve" às multas de trânsito vai prolongar-se até final de setembro, caso a ministra da Administração Interna não aprove o estatuto profissional da PSP na próxima reunião de conselho de ministros, na quinta-feira. Pode haver outras situações em que os polícias escolham não intervir, em sinal de protesto, mas é no trânsito que os exemplos abundam.
Segundo soube o DN com fontes policiais, o universo de 23 mil agentes da PSP é incentivado a "fechar os olhos" a contraordenações graves, como usar o telemóvel enquanto se conduz, ou a outras menos graves como a condução sem o cinto de segurança colocado (infração grave quando se faz o transporte de menores ou inimputáveis sem o cinto) ou a mudança de direção não assinalada.
dn