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Grécia. Presidente deve marcar amanhã data das eleições antecipadas. Sondagem mostra Syriza com apenas dois pontos de avanço
"A 25 de janeiro o povo deu-nos um mandato para negociações difíceis. Depois de 12 de julho não tínhamos o direito de continuar com esse mandato. Por isso peço um novo mandato para continuar", disse ontem Alexis Tsipras à televisão Alpha, na sua primeira entrevista após se ter demitido. "Ainda não tive oportunidade para governar, tanto eu como o meu governo fomos absorvidos pelas negociações e a asfixia económica" dos últimos sete meses, disse ainda o líder do Syriza.
O primeiro-ministro demissionário, à semelhança de entrevistas anteriores, utilizou grande parte do tempo a explicar o acordo da cimeira de 12 de julho e que deu origem ao terceiro resgate a Atenas. "Podia ter seguido o meu coração e vir-me embora como um herói por alguns momentos. Mas no dia seguinte enfrentaria o colapso do sistema bancário e, quem sabe, uma guerra civil no país", afirmou Tsipras, garantindo estar de "consciência tranquila".
Sobre os sete meses que culminaram neste acordo, Tsipras admitiu que os seus maiores erros foram substimar "o poder da justiça e o poder do dinheiro e dos bancos" e não prever a "magnitude da reação dos círculos europeus mais conservadores". Um dos protagonistas das negociações foi o ex-ministro Yanis Varoufakis, que Tsipras reconhece ter dado "um grande impulso ao novo governo", mas que a partir de uma certa altura os parceiros europeus "deixaram de o ouvir".
Com o líder da recém-formada União Popular a terminar hoje de manhã, sem sucesso, o seu mandato para formar governo, o presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, deve convocar amanhã eleições antecipadas - a data mais defendida é 20 de setembro. E nomear um governo de transição, que deverá ser liderado pela presidente do Supremo, Vassiliki Thanou, a primeira mulher no cargo.
dn