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Nova Orleães procura renascer, dez anos depois do Katrina

kokas

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Set 27, 2006
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No sábado assinala-se uma década da tragédia que devastou a cidade. O presidente Obama marca presença amanhã.
No topo da Canal Street, em Nova Orleães, há um cemitério discreto que desde 2007 é paragem obrigatória para quem visita a cidade. É ali que estão sepultados os corpos de 83 vítimas do furacão Katrina que nunca ninguém reclamou - trinta não puderam sequer ser identificados, embora os seus dados genéticos tenham sido guardados. Os túmulos integram o Katrina Memorial, um dos locais onde no próximo sábado, 29 de agosto, será assinalado o 10.º aniversário da passagem do furacão Katrina, que devastou a cidade, no que foi o pior desastre de que há memória nos Estados Unidos.
O presidente Obama marca presença na cidade amanhã, onde vai encontrar-se com as autoridades locais e estaduais e também com moradores de alguns dos bairros afetados e, entretanto, reconstruídos. Desde que se tornou presidente dos Estados Unidos, logo no primeiro mandato, em 2009, Barack Obama definiu publicamente a necessidade de acelerar a reconstrução de Nova Orleães como uma prioridade, como assinalou a Casa Branca na semana passada.
Logo no ano seguinte, em 2010, na passagem do 5.º aniversário da tragédia, que matou 1833 pessoas e deixou 80% da cidade debaixo de água, causando mais de um milhão de desalojados e danos materiais que ascenderam a 150 mil milhões de dólares (131,4 mil milhões de euros), Obama fez questão de ir a Nova Orleães. E, na sua intervenção, não poupou a anterior administração federal, a do seu predecessor George W. Bush, pela forma como lidou com a tragédia. Obama afirmou na altura que o Katrina foi "um desastre natural, mas também uma catástrofe causada por mão humana". E sublinhou que houve "uma falha vergonhosa do governo, que deixou inúmeros homens, mulheres e crianças sozinhos, em abandono completo".
Amanhã, o presidente dos Estados Unidos vai pôr a tónica "no renascimento" e no esforço comum para a reconstrução, que só se tornou possível porque "os cidadãos, a cidade e os líderes corporativos têm trabalhado em conjunto para erguer as comunidades e construir de novo", divulgou a Casa Branca.
A reconstrução, porém, ainda não está concluída - e as marcas do desastre, apesar de tudo, persistem na memória da comunidade e de quem perdeu familiares e haveres. Uma década depois, Nova Orleães secou as águas, reergueu casas e reabriu escolas, reforçou os diques e construiu mais barreiras, ergueu o seu discreto memorial que, visto de cima tem a forma distinta da espiral de um furacão, e voltou a tocar e a cantar nos seus icónicos bares e nas ruas. Um esforço imenso que contou com verbas federais globais da ordem dos 120 mil milhões de dólares ( 105 mil milhões de euros).



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