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GF Ouro
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Das 57 pessoas condenadas nas prisões nacionais pelo crime de incêndio florestal apenas três são mulheres, com idades entre os 21 e os 49. A psicóloga da PJ Cristina Soeiro explica as motivações.
Uma mulher de 40 anos ateou vários fogos em redor da sua casa num único verão, no distrito de Coimbra, causando pequenos incêndios que não causaram muitos estragos. Mas as chamas alarmavam a vizinhança, que chamava a polícia de cada vez que via as labaredas. O marido da incendiária estava longe de imaginar que o perigo dormia consigo. Até que percebeu que a mulher ateava os fogos quando estava longos períodos sozinha em casa e que o fazia como chamada de atenção.
A mulher acabou constituída arguida pelo crime de incêndio florestal, mas devido a um quadro psicológico perturbado a pena não foi de prisão mas de sujeição a tratamento psiquiátrico ambulatório. Nas prisões portuguesas existem 57 incendiários a cumprir pena, dos quais apenas três são mulheres, segundo dados da Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais.
As três que cumprem pena enquadram-se nas características do perfil das mulheres que ateiam fogos para chamar a atenção ou por motivos passionais (vingança do companheiro, normalmente), segundo o estudo da psicóloga forense Cristina Soeiro, da Polícia Judiciária.
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