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França dá pensão de invalidez a mulher alérgica ao wi-fi

kokas

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Set 27, 2006
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Marine Richard, de 39 anos, sofre de hipersensibilidade eletromagnética e não pode estar junto de telemóveis, 'routers', televisores ou outros gadgets, tendo alegado estar impossibilitada de trabalhar.
Foi uma estreia na justiça francesa: um tribunal de Toulouse reconheceu a uma mulher de 39 anos uma incapacidade laboral motivada pela hipersensibilidade às ondas eletromagnéticas. A queixosa, Marine Richard, sofre de uma "deficiência funcional" na ordem dos 85%, "com restrição substancial e durável do acesso ao emprego", considerou o tribunal. Por esta razão, conceceu a Richard uma pensão de invalidez de cerca de 800 euros por mês por um período de três anos, eventualmente renovável, conta oLe Monde.

Ex-jornalista de rádio, Marine Richard vive atualmente em reclusão num espaço isolado, devido ao problema que diz afetá-la desde 2010. A doença, que não é reconhecida oficialmente em França, tem sido alvo de controvérsia entre os especialistas. Os sintomas que apresenta, entre náuseas, formigueiros, fadiga, dores de cabeça e insónias, são comuns a outras patologias, ainda que aqueles que se dizem hipersensíveis às ondas eletromagnéticas afirmem que é das antenas, computadores portáteis, telefones sem fio ou wi-fi que vem o seu mal-estar. E se alguns dizem sentir apenas desconforto, outros alegam que a alergia não lhes permite levar uma vida dita normal, uma vez que o quotidiano os obriga a estar cercados de tecnologia. Porém, nenhum estudo científico estabeleceu até ao momento uma ligação definitiva entre a exposição eletromagnética e estes sintomas.
Marine Richard, a quem o tribunal concedeu agora o subsídio, mudou-se para um celeiro renovado nas montanhas, sem eletricidade, onde vive em reclusão e sem água da rede pública: tira-a de um poço nas imediações. A sua advogada, Aline Terrasse, defende que a decisão do tribunal de Toulouse poderá estabelecer um precedente legal para "milhares de pessoas" que sofrem do mesmo problema. Richard, por sua vez, não hesitou em classificar a decisão como "um avanço".
A Organização Mundial de Saúde, apesar de considerar a hipersensibilidade eletromagnética como uma doença, diz não existirem bases científicas que liguem os sintomas à exposição a ondas eletromagnéticas. A Suécia e Alemanha consideram esta condição uma doença laboral, apesar de muitos especialistas defenderem que se trata de uma fobia. Há mesmo quem fale num efeito "nocebo", ou seja, um efeito placebo ao contrário: as pessoas sentem-se mal só porque acreditam terem sido expostas a algo nocivo.




dn


 
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