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GF Ouro
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Gémeos idênticos foram presos até que o responsável pelos crimes acabou por ilibar o irmão. ADN semelhante não permitia identificar de forma definitiva o violador.
Foi necessário chegar ao julgamento para que, finalmente, Yoan Gomis admitisse ter sido o autor de uma série de violações e roubos que ocorrerram em 2012 e 2013 na cidade francesa de Marselha. O jovem de 26 anos fez a confissão de forma dramática durante a sessão no tribunal, esta semana, deixando de fora do caso o seu irmão gémeo, Elvin, que as autoridades não conseguiram ilibar nem com recurso a testes de ADN: as semelhanças entre o código genético dos dois irmãos não permitiram que qualquer um fosse definitivamente afastado de responsabilidades.
A situação foi a primeira do género em todo o mundo, assinala oIndependent, e chama a atenção para os limites do ADN enquanto prova na justiça.
Inicialmente, as autoridades acreditavam que ambos os irmãos estavam envolvidos na onda de agressões sexuais e roubos a mulheres entre os 22 e os 76 anos: moravam juntos, usavam as mesmas roupas, o mesmo telemóvel e partilhavam a mesma página de Facebook. Ambos negaram as acusações da justiça, que lhes imputava duas violações, três na forma tentada, uma agressão sexual e uma série de assaltos.
Em todos os casos, a vítima era atacada à entrada de um bloco de apartamentos, depois violada e assaltada. A polícia conseguiu identificar os irmãos através de imagens de videovigilância e ambos foram detidos. Ficaram em prisão preventiva durante dez meses, tendo sempre recusado assumir a autoria de qualquer crime. Mas os testes de ADN demonstravam que um dos irmãos - ou os dois - era autor das violações e assaltos.
Foi preciso passar quase um ano para que fosse dado o passo essencial na investigação: os responsáveis perceberam que um dos gémeos, Yoan, tinha uma ligeira deficiência na fala, causada por uma surdez parcial. As vítimas, que não tinham conseguido distinguir fisicamente o responsável dos ataques entre os dois irmãos, foram confrontadas com essa dificuldade na comunicação verbal e recordaram que, efetivamente, o homem que as atacara tinha uma deficiência ao nível da fala.
dn
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