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Civilizações

Luz Divina

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ÁRABE






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Por Rainer Sousa

Os árabes têm a sua história vinculada ao espaço da Península Arábica, onde primordialmente se fixaram em uma região tomada por vários desertos que dificultavam a criação de povos sedentarizados. Por isso, percebemos que no início de sua trajetória, os árabes eram povos de feição nômade que se intercalavam entre as regiões desérticas e os valiosos oásis presentes ao longo deste território.

Conhecidos como beduínos, essa parcela do povo árabe era conhecida pela sua religião politeísta e a criação de animais. A realidade dos beduínos era bem diferente da que poderíamos ver nas porções litorâneas da Península Arábica. Neste outro lado da Arábia, temos a existência de centros urbanos e a consolidação de uma economia agrícola mais complexa. Entre as cidades da região se destacava Meca, grande centro comercial e religioso dos árabes.

Regularmente, os árabes se deslocavam para cidade de Meca a fim de prestar homenagens e sacrifícios às várias divindades presentes naquele local. Entre outros signos sagrados, destacamos o vale da Mina, o monte Arafat, o poço sagrado de Zen-Zen e a Caaba, principal templo sagrado onde era abrigada a Pedra Negra, um fragmento de meteorito de forma cúbica protegido por uma enorme tenda de seda preta.

A atração de motivo religioso também possibilitava a realização de grandes negócios, que acabaram formando uma rica classe de comerciantes em Meca. Nos fins do século VI, essa configuração do mundo árabe sofreu importantes transformações com o aparecimento de Maomé, um jovem e habilidoso caravaneiro que circulou várias regiões do Oriente durante suas atividades comerciais.

Nesse tempo, entrou em contato com diferentes povos e, supostamente, teria percebido as várias singularidades que marcam a crença monoteísta dos cristãos e judeus. Em 610, ele provocou uma grande reviravolta em sua vida ao acreditar que teria de cumprir uma missão espiritual revelada pelo anjo Gabriel, durante um sonho. A partir de então, se tornou o profeta de Alá, o único deus verdadeiro.

O sucesso de sua atividade de pregação acabou estabelecendo a conquista de novos adeptos ao islamismo. A experiência religiosa inédita soou como uma enorme ameaça aos comerciantes de Meca, que acreditavam que o comércio gerado pelas peregrinações politeístas seria aniquilado por essa nova confissão. Com isso, Maomé e seu crescente número de seguidores foram perseguidos nas proximidades de Meca.

Acuado, o profeta Maomé resolveu se refugiar na cidade de Yatreb, onde conquistou uma significativa leva de convertidos que pressionaram militarmente os comerciantes de Meca. Percebendo que não possuíam alternativas, os comerciantes decidiram reconhecer a autoridade religiosa de Maomé, que se comprometera a preservar as divindades milenares da cidade de Meca.

A partir desse momento, os árabes foram maciçamente convertidos ao ideário do islamismo e vivenciaram uma nova fase em sua trajetória. Entre os séculos VII e VIII, os islâmicos estabeleceram um processo de expansão que difundiu sua crença em várias regiões do norte da África, da Península Ibérica e em algumas parcelas do mundo oriental.



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Maia





MAIA





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Por Rainer Sousa

Assim como os olmecas, a civilização maia instiga uma série de questões não respondidas aos diversos paleontólogos, historiadores e antropólogos que investigam este povo pré-colombiano. Os indícios da origem da civilização maia repousam nos sítios arqueológicos da península do Iucatã, que datam entre 700 e 500 a.C. Contudo, novas pesquisas admitem uma organização mais remota, estabelecida em 1500 a.C..


Ao contrário de outras grandes civilizações, os maias não se organizaram politicamente através de uma estrutura de poder político centralizado. Em um vasto território que ia da Guatemala até a porção sul do México, observamos a presença de vários centros urbanos independentes. Entre as principais cidades integradas a esse sistema podemos destacar Piedras Negras, Palenque, Tikal, Yaxchilán, Copán, Uxmal e Labná.


O esplendor da sociedade maia é fundamentalmente explicado pelo controle e as disciplinas empregadas no desenvolvimento da agricultura. Entre os vários alimentos que integravam a dieta alimentar dos maias, podemos destacar o milho, produto de grande consumo, o cacau, o algodão e o agave. Para ampliar a vida útil de seus terrenos, os maias costumavam organizar um sistema de rotação de culturas.


O processo de organização da sociedade era bastante rígido e se orientava pela presença de três classes sociais. No topo da hierarquia encontramos os governantes, os funcionários de alto escalão e os comerciantes. Logo em seguida, temos funcionários públicos e os trabalhadores especializados. Na base da pirâmide ficavam os camponeses e trabalhadores braçais.


Os maias tiveram uma ampla gama de conhecimentos desenvolvidos no interior de sua cultura. De acordo com algumas pesquisas, eles utilizavam um sistema de contagem numérico baseado em unidades vigesimais e, assim como os olmecas, utilizavam do número “zero” na execução de operações matemáticas. Além disso, criaram um calendário bastante próximo ao sistema anual empregado pelos calendários modernos.


Um dos grandes desafios para os pesquisadores da civilização maia gira em torno da decifração do seu complexo sistema de escrita. Um dos maiores empecilhos está relacionado ao fato de que os signos empregados podem representar sons, ideias ou as duas coisas ao mesmo tempo. Além disso, indícios atestam que eles utilizavam diferentes formas de escrita para um único conceito.


A arquitetura desse povo esteve sempre muito ligada à reafirmação de seus ideais religiosos. Várias colunas, arcos e templos eram erguidos em homenagem ao grande panteão de divindades celebrado pela cultura maia. A face politeísta das crenças maias ainda era pautada pela crença na vida após a morte e na realização de sacrifícios humanos regularmente executados.


Por volta do século XIII, a sociedade maia entrou em colapso. Ainda hoje, não existe uma explicação que consiga responder a essa última questão envolvendo a trajetória dos maias. Recentemente, um grupo de pesquisadores norte-americanos passou a trabalhar com a hipótese de que a crise desta civilização esteja relacionada à ocorrência de uma violenta seca que teria se estendido por mais de dois séculos.


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Romana





ROMANA






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Por Rainer Sousa

Quando olhamos para a extensão do Império Romano em um mapa, mal chegamos a imaginar que esta civilização se originou de um pequeno povoado da Península Itálica. Encravada na porção central deste território, a cidade de Roma nasceu por meio dos esforços dos povos latinos e sabinos que, por volta de 1000 a.C., teriam erguido uma fortificação que impediria a incursão dos etruscos.


As poucas informações sobre as origens de Roma são encobertas pela clássica explicação mítica que atribuem sua fundação à ação tomada pelos irmãos Rômulo e Remo. Após a fundação, Roma teria vivenciado seu período monárquico, onde o rei estabelecia sua hegemonia política sobre toda a população e contava com o apoio de um Conselho de Anciãos conhecido como Senado.


Os membros do Senado eram oriundos da classe patrícia, que detinha o controle sobre as grandes e férteis propriedades agrícolas da região. Com o passar do tempo, a hegemonia econômica desta elite permitiu a formação de um regime republicano em que o Senado assumia as principais atribuições políticas. Entre os séculos VI e I a.C., o regime republicano orientou a vida política dos cidadãos romanos.


Entretanto, a hegemonia patrícia foi paulatinamente combatida pelos plebeus que ocupavam as fileiras do Exército e garantiam a proteção militar dos domínios romanos. Progressivamente, a classe plebeia passou a desfrutar de direitos no interior do regime republicano e a criar leis que se direcionavam aos direitos e obrigações que este grupo social detinha.


Apesar de tais reformas, a desigualdade social continuava a vigorar mediante uma sociedade que passava a depender cada vez mais da força de trabalho de seus escravos. As conquistas territoriais enriqueciam as elites romanas e determinavam a dependência de uma massa de plebeus que não encontravam oportunidades de trabalho. De fato, as tensões sociais eram constantes e indicavam as diferenças do mundo romano.


Paulatinamente, as tensões sociais se alargaram com a ascensão de líderes militares (generais) que cobiçavam tomar frente do Estado Romano. As tentativas de golpe sinalizavam a ruína do poder republicano e trilharam o caminho que transformou Roma em um Império. No século I a.C., o general Otávio finalmente conseguiu instituir a ordem imperial.


Durante o Império, observamos a ascensão de governos que mantiveram a ordem, bem como de outros líderes que se embebiam do poder conquistado. No século I d.C., o desenvolvimento da religião cristã foi um ponto fundamental na transformação do Império. A doutrina religiosa e expansionista contrariou as crenças (politeísmo) e instituições (escravismo) que sustentavam o mundo romano.


Por volta do século III, o advento das invasões bárbaras e a interrupção da expansão dos territórios caminhavam em favor da dissolução deste Império. Apesar da derrota imposta aos romanos, suas práticas, conceitos e saberes ainda são fundamentais para que compreendamos a feição do mundo Ocidental. De certa forma, todos os caminhos ainda nos levam (um pouco) a Roma.

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Grega





GREGA






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Por Rainer Sousa

A Grécia Antiga nasceu na região sul da Península Balcânica e também dominou outras regiões vizinhas como a Península Itálica, a Ásia Menor e algumas ilhas do Mar Egeu. Com o passar do tempo, várias cidades politicamente autônomas entre si apareceram e fundaram diversas práticas que influenciaram profundamente os costumes que hoje definem a feição do mundo ocidental.


Do ponto de vista geográfico, o espaço que deu origem ao Mundo Grego é repleto de vários acidentes geográficos. A variação no relevo teve enorme importância para que cada cidade consolidasse uma cultura própria e impedisse a formação de um possível Estado unificado. Além disso, por conta dessa mesma característica, vemos a impossibilidade de uma atividade agrícola extensa.


Após vivenciarem uma experiência social centrada na utilização coletiva das terras, observamos que o desenvolvimento de uma aristocracia empreende a fixação dos primeiros núcleos urbanos. Por conta de sua já citada independência, compreendemos que a Grécia Antiga deve ser observada como um amplo mosaico de culturas que se desenvolvem de forma diversa.


Sumariamente, as cidades-Estado de Atenas e Esparta atestam a existência de tal diversidade cultural e se mostram dotadas de práticas e costumes que influenciaram a cultura Ocidental. Entre os atenienses, concedemos destaque especial à organização do regime democrático. Com passar do tempo, a ideia de se construir um sistema político representativo ganhou espaço e novas ressignificações ao longo do tempo.


Em dado momento, as diferenças entre as cidades-Estado promoveu o acirramento dos interesses políticos entre as mesmas. Com isso, apartadas entre as Ligas de Delos e do Peloponeso, as cidades da Grécia Antiga se desgastaram em uma prolongada guerra que acabou abrindo portas para a dominação de outros povos sobre esta civilização. Primeiramente, temos Alexandre, O Grande, como o primeiro dominador da região.


Mesmo promovendo sua hegemonia militar contra os gregos, o imperador Alexandre assumiu o papel de grande entusiasta da cultura grega. Nos vários centros urbanos e territórios que controlou, fez questão de disseminar os elementos da cultura grega por meio de manifestações diversas. Ao fim, a ação do imperador macedônico foi de suma importância para que os valores helênicos perdurassem ao longo do tempo.


Quando o império macedônico foi conquistado, percebemos que vários elementos da cultura grega influenciaram o desenvolvimento político, social e econômico do Império Romano. Mais uma vez, a cultura grega consolidava-se como elemento formativo de um novo conjunto de ideias e valores historicamente preservados e portadores de referenciais que balizam a compreensão da cultura Ocidental atual.

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Cartaginês





CARTAGINÊS





Por Rainer Sousa

A civilização cartaginesa tem suas origens vinculadas ao processo de expansão econômica e comercial dos fenícios. Por volta do século IX a.C., os fenícios da cidade de Tiro realizaram as primeiras ações que transformaram essa região do norte africano em uma das mais importantes da Antiguidade. Em virtude de sua posição e influência fenícia, Cartago logo se transformou em um poderoso entreposto comercial.


O desenvolvimento da economia marítima e a busca de novos pontos de colonização levaram os cartagineses a entrarem em conflito contra a Grécia e a Sicília. Na qualidade de comerciantes, os cartagineses eram bastante conhecidos pela venda de pedrarias, perfumes, trigo, metais preciosos e tecidos especialmente tingidos. Geralmente, repassavam seus produtos às populações da costa da África, da Bretanha e da Noruega.


Ao chegarmos ao século III a.C., observamos que os cartagineses dispunham de uma ampla rede comercial que sustentava a riqueza desta civilização. Contudo, a disputas territoriais com os romanos estabeleceram uma terrível derrota que assinala o desenvolvimento das chamadas Guerras Púnicas. Ao final do embate, dividido em três períodos, Cartago foi reduzia a ruínas e teve suas terras esterilizadas com sal.


Somente no século I a.C., ela foi reconstruída pela ação do ditador romano Júlio César e, anos mais tarde, pelo imperador Augusto. Durante as invasões bárbaras, os vândalos estabeleceram uma dominação que só foi interrompida pela ofensiva militar dos generais do Império Bizantino. Por muito tempo, Cartago ficou conhecida como centro fundamental do cristianismo na África. Contudo, a posterior expansão islâmica transformou a região em um espaço de hegemonia árabe.

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Fenícia





FENÍCIA



Por Rainer Sousa

Os fenícios foram responsáveis pela formação de uma rica civilização que ocupou uma faixa do litoral mediterrâneo que adentrava o território asiático até as montanhas do atual Líbano. No início de sua trajetória, a exemplo de outros povos da Antiguidade, os fenícios desenvolveram uma economia exclusivamente voltada à agricultura. Contudo, graças ao seu posicionamento geográfico, acabou viabilizando o contato comercial com várias caravanas nômades.


A expansão comercial foi responsável pela organização de vários centros urbanos independentes, entre os quais destacamos Arad, Biblos, Ugarit, Tiro e Sídon. Em cada uma dessas cidades, observamos a presença de um monarca escolhido pela decisão dos grandes comerciantes e proprietários de terra do local. Dessa forma, podemos afirmar que o cenário político fenício era eminentemente plutocrático, ou seja, controlado pelas parcelas mais ricas da população.


O desenvolvimento do comércio entre os fenícios aconteceu primordialmente através da realização de trocas de mercadorias. Com o passar do tempo, a expansão das atividades privilegiaram a fabricação de moedas que facilitaram a realização de negócios. Sob tal aspecto, devemos ainda destacar a grande complexidade do artesanato entre os fenícios. Madeiras, tapetes, pedras, marfim, vidro e metais eram alguns dos produtos que atraíam a atenção dos habilidosos artesãos fenícios.


Outra interessante contribuição advinda do comércio entre os fenícios foi a elaboração de um dos mais antigos alfabetos de toda História. Por meio de um específico conjunto de símbolos, os fenícios puderam empreender a regulação de suas atividades comerciais e expandir as possibilidades de comunicação entre as pessoas. Séculos mais tarde, a civilização greco-romana foi diretamente influenciada pelo sistema inaugurado pelos fenícios.


Na esfera religiosa, os fenícios ficaram conhecidos pelo seu amplo interesse nas práticas animistas, ou seja, a adoração às árvores, montanhas e demais manifestações da natureza. A Grande Mãe e Baal (o deus protetor) eram as duas mais prestigiadas divindades do universo religioso fenício. Geralmente, os rituais eram executados ao ar livre e incluíam a realização de sacrifícios, sendo que alguns destes contavam com a oferenda de seres humanos.


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Inglesa





INGLESA



Por Rainer Sousa


As origens da civilização inglesa estão intimamente relacionadas ao processo de formação do Império Romano do Ocidente. Durante muito tempo, a Ilha da Bretanha ocupava apenas uma posição periférica entre as várias províncias controladas por Roma. Contudo, aos fins da Antiguidade, essa situação se transformou quando os anglos e saxões invadiram este território.


Logo em seguida, os vikings também invadiram a ilha, impondo outra dominação que marcou o cenário britânico até a Baixa Idade Média. No ano de 1066, sob a chefia do rei Guilherme, os normandos franceses conquistaram a região e, assim, instituíram o fim da hegemonia anglo-saxônica no território. Com isso, a Bretanha foi divida em condados a serem distribuídos aos militares que venceram o conflito.


Essa divisão de terras marcou a instalação das práticas feudalizantes que já tomavam grande parte do território europeu. Entretanto, no século XII, a ascensão da dinastia Plantageneta alterou o quadro político presente com o emprego de ações que contribuiriam para a centralização política da Bretanha. Com a criação da “common law” e da justiça real, os reis britânicos concentrariam poder em suas mãos.


A presença dessas estruturas jurídicas permitiu que vários impostos fossem cobrados da população e um exército regular fosse preservado sob o mando do monarca. Contudo, na passagem dos séculos XII e XIII, o envolvimento do reis plantagenetas em guerras contra a França e a organização das Cruzadas, criou um clima de grande insatisfação entre os nobres submetidos à cobrança de vários encargos.


Em 1215, uma revolta organizada pelos proprietários de terra britânicos impôs ao rei a assinatura da Magna Carta, que determinava que a criação de impostos deveria ser primeiramente aprovada por um conselho formado por integrantes do clero e da nobreza. De fato, sob a perspectiva histórica, notamos que os ingleses nunca chegaram a experimentar um regime político absolutista.


Tal sentimento autonomista acabou ganhando proporções ainda mais significativas com ascensão da classe burguesa neste país. No século XVII, antevendo os futuros embates entre a burguesia e os monarcas, a Inglaterra experimentou uma revolução liberal que bania a interferência substanciosa do poder real. Com a Revolução Inglesa, a classe burguesa daquele país atingiu as condições necessárias para dinamizar seu comércio.


O reflexo dessas ações se despontou no século seguinte, quando a nação inglesa atingiu a condição de berço da chamada Revolução Industrial. Contando com tecnologia e apoio governamental, a Inglaterra se transformou em uma das mais influentes potências econômicas de toda a História. Em pouco tempo, os produtos saídos daquela pequena ilha conquistaram mercados consumidores em vários pontos do planeta.


No século XIX, a expansão da economia capitalista instigou os ingleses a promoverem a colonização de territórios espalhados pela África e pela Ásia. No chamado imperialismo ou neocolonialismo, os britânicos interferiram na vida política de diferentes regiões do planeta com o intuito de alargar seus mercados, explorar mão de obra barata e obter matéria-prima a baixo custo.


A consequência maior desta política se deslocou na deflagração da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, onde temos o estopim da feroz concorrência existente entre os grandes países capitalistas. Por fim, sendo a Europa o grande palco desses conflitos, a Inglaterra perdeu sua liderança econômica para os Estados Unidos, sua antiga colônia durante a Idade Moderna.


A cultura inglesa hoje se encontra presente em vários âmbitos da cultura Ocidental. A língua inglesa hoje é praticada nos quatro cantos do mundo, e se tornou um aparato de comunicação indispensável para a atualidade. Além disso, os ingleses criaram o futebol, esporte que hoje mobiliza as paixões e o interesse de várias pessoas ao redor do mundo.

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Olmeca






OLMECA





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Por Rainer Sousa

Há milhares de anos, entre as fronteiras do México e dos Estados Unidos, os olmecas fundaram uma civilização que influenciou a formação cultural de outros povos que habitaram o espaço americano. Antes disso, essa localidade mesoamericana se resumia a presença de algumas populações entre as regiões de pântano e montanha que dominavam uma rudimentar economia agrícola.

O desenvolvimento da civilização olmeca, dado após o período entre 1500 e 1200 a.C., ocorreu graças ao aprimoramento destas técnicas agrícolas, assim puderam vencer as hostilidades do meio e sustentar grandes populações. A partir desse quadro de desenvolvimento, a expansão das áreas ocupadas e o surgimento de núcleos urbanos aconteceram paulatinamente.

A sustentação de muitos desses centros urbanos, erguidos em zonas atingidas por grandes enchentes e secas, ocorreu graças à invenção de um sistema de aquedutos que canalizavam as águas para serem consumidas nas épocas mais quentes. Além disso, podemos observar que a expansão desta civilização também esteve ligada ao desenvolvimento de atividades comerciais, que integraram várias regiões americanas.

A antiga cidade de San Lorenzo é considerada um dos mais significativos polos irradiadores do povo olmeca. Algumas pesquisas sugerem que o processo de desenvolvimento dessa cidade aconteceu graças à vastidão dos recursos hídricos. Além disso, acredita-se que uma elite tenha dominado politicamente o local, tendo em vista a grande quantidade de artefatos luxuosos identificados na região.

Uma das mais eminentes provas desse requinte material de San Lorenzo se atesta na existência de um grande templo repleto de grandes cabeças esculpidas em pedra basalto. Ainda hoje, não se sabe qual o exato significado dessas representações no contexto cultural olmeca. Entretanto, a presença de visíveis traços negroides remonta uma possível e indecifrável presença africana nas Américas.

O esplendor e alto grau de desenvolvimento de San Lorenzo foram perdendo o seu espaço entre os anos de 950 e 900 a.C.. As esculturas foram sendo depredadas e as residências abandonadas. Apesar de não existirem justificações precisas sobre esse episódio da história olmeca, alguns historiadores suspeitam que um conflito interno tenha impulsionado esta debandada.

Na mesma época em que San Lorenzo entrou em visível declínio, a cidade de La Venta se transformou no mais centro aglutinador da cultura olmeca. Até o século IV a.C., esta cidade teve grande importância para tal civilização. Depois disso, talvez pela ação de grandes transformações climáticas, esta região foi sendo desabitada até a extinção definitiva do povo olmeca.

Mesmo com a sua extinção e os limites dos artefatos encontrados, a cultura olmeca impressiona por várias de suas conquistas. Escavações recentes descrevem que este teria sido o primeiro povo a criar um código escrito em todo o mundo Ocidental. Além disso, outras especulações sugerem a criação de uma bússola e a adoção do número “zero” no desenvolvimento de operações matemáticas.


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SumÉria







SUMÉRIA





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Por Rainer Sousa

No decorrer da história mesopotâmica, os sumérios são considerados como a primeira civilização a ocupar os territórios entre os rios Tigre e Eufrates. No quarto milênio antes de Cristo, as primeiras populações sumerianas teriam se deslocado do planalto do Irã até se fixarem na região da Caldeia, que compreende a Baixa e a Média Mesopotâmia. Provavelmente, Quish foi a primeira cidade fundada e logo foi seguida pelo surgimento de cidades como Eridu, Nipur, Ur, Uruk e Lagash.



Do ponto de vista político, as cidades sumerianas eram completamente independentes entre si. Em cada uma delas, um sacerdote contava com o auxilio de um grupo de anciãos para que as principais decisões políticas fossem afixadas. Contudo, em certo momento, vemos que essa configuração passa a ser substituída por um modelo mais centralizador. O patesi assume a condição de monarca da cidade-Estado e transmite os poderes de seu cargo para um herdeiro, formando uma dinastia.


Uma das mais significativas contribuições dos sumerianos está ligada ao desenvolvimento da chamada escrita cuneiforme. Neste sistema, observamos a impressão dos caracteres sobre uma base de argila que era exposta ao sol e, logo depois, endurecida com sua exposição ao fogo. De fato, essa civilização mesopotâmica produziu uma extensa atividade literária que contou com a criação de poemas, códigos de leis, fábulas, mitos e outras narrativas.


A ausência de união política entre os sumerianos pode ser percebida na existência de vários conflitos entre as cidades que ocupavam o território. Aproveitando das constantes guerras entre as cidades de Lagash e Ur, os semitas se instalaram na Mesopotâmia e organizaram uma robusta civilização em torno da cidade de Acad. Por volta de 2350 a.C., os acadianos conquistam as regiões sumerianas e, assim, constituíram o Império Acádio, o primeiro grande Estado mesopotâmico.




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Assíria






ASSÍRIA





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Por Rainer Sousa

Localizados na região mesopotâmica, os assírios constituem uma das várias civilizações que aparecem entre os rios Tigre e Eufrates. A formação desse império aconteceu graças ao amplo desenvolvimento de uma cultura visivelmente voltada para a guerra. Saque, destruição e massacre eram táticas comuns que asseguravam a supremacia dos assírios contra os outros povos guerreiros da região.


Além da truculência, o exército assírio era composto por uma avançada tecnologia bélica que os colocavam em vantagem sobre os demais povos. O uso dos cavalos garantia o rápido abatimento de vários inimigos no campo de batalha. Ao mesmo tempo, a infantaria era composta por uma ampla hierarquia de guerreiros que exerciam funções que tornavam a força militar assíria bastante ágil.


O tom violento da dominação assíria foi capaz de provocar a subordinação de várias populações encontradas ao longo da região mesopotâmica. Contudo, essa cultura baseada no terror e opressão, não teve condições suficientes para suportar as várias revoltas que aconteciam contra este povo. Não por acaso, em 612 a.C., os caldeus e medos conseguiram derrotar as forças do império assírio.


Sob essas novas condições, aconteceu o processo de consolidação do chamado Segundo Império Babilônico, que se estende de 612 a 539 a.C.. O auge desse novo império se desenrola no governo de Nabucodonosor, reconhecido por suas várias obras públicas, como a Torre de Babel e os suntuosos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das mais populares construções de todo o mundo antigo.




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Celta






CELTA





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Por Rainer Sousa

Os celtas integram uma das mais ricas civilizações do mundo antigo. As origens desta civilização remontam ao processo de desenvolvimento da Idade do Ferro, quando estes teriam sido os responsáveis pela introdução do manuseio do ferro e da metalurgia no continente europeu. De fato, o reconhecimento do povo celta pode se definir tanto pela partilha de uma cultura material específica, quanto pelo uso da língua céltica.


Não compondo uma civilização coesa, os celtas se subdividiram em diferentes povos entre os quais podemos destacar os belgas, gauleses, bretões, escotos, batavos, eburões, gálatas, caledônios e trinovantes. Durante o desenvolvimento do Império Romano, vários desses povos foram responsáveis pela nomeação de algumas províncias que compunham os gigantescos domínios romanos.


Do ponto de vista econômico, podemos observar que os celtas estabeleceram contato comercial com diferentes civilizações da Antiguidade. Por volta do século VI a.C., a relação com povos estrangeiros pode ser comprovada pela existência de elementos materiais de origem etrusca e chinesa em regiões tipicamente dominadas pelas populações célticas.


Por volta do século V a.C., os celtas passaram a ocupar outras regiões que extrapolavam os limites dos rios Ródano, Danúbio e Sanoa. A presença de alguns armamentos e carros de guerra atesta o processo de conquista de terras localizadas ao sul da Europa. Após se estenderem em outras regiões europeias, os celtas foram paulatinamente combatidos pelas crescentes forças do Exército Romano.


A sociedade céltica era costumeiramente organizada através de clãs, onde várias famílias dividiam as terras férteis, mas preservavam a propriedade das cabeças de gado. A hierarquia mais ampla da sociedade céltica era composta pela classe nobiliárquica, os homens livres, servos, artesãos e escravos. Além disso, é importante destacar que os sacerdotes, conhecidos como druidas, detinham grande prestígio e influência.


A religiosidade dos celtas era marcada por uma série de divindades que possuíam poderes únicos ou tinham a capacidade de representar algum elemento da natureza ou animal. Com o passar do tempo, alguns mitos e deuses foram incorporados pelo paganismo romano e, até mesmo, na trajetória de alguns santos cristãos. Atualmente, a Irlanda é o país onde se encontram vários vestígios da cultura céltica.


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Francesa






FRANCESA




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Por Rainer Sousa

A ideia de uma civilização francesa remonta ao processo de fusão entre as culturas romana e gaulesa durante a Antiguidade. Nessa época, a incursão dos povos germânicos no Império Romano do Ocidente foi responsável pela consolidação de uma série de práticas culturais e instituições políticas que definiram o nascimento de uma nova configuração na antiga região da Gália.


Na Idade Média, contrariando o forte processo de descentralização política da época, o reino dos Francos estabeleceu a mais influente monarquia de toda a Europa Medieval. Nesse período, as dinastias e imperadores deste reino contribuíram para o estabelecimento do cristianismo pela Europa. A associação entre Estado e Igreja foi uma prática que caracterizou o reino medieval franco.


A dissolução desta monarquia, ocorrida entre os séculos IX e X, fez com que o poder dos senhores feudais tivessem grande importância. Do ponto de vista histórico, o território francês foi um dos lugares onde as práticas feudais tiveram maior presença em toda a Europa. Não por acaso, o privilégio da classe nobiliárquica se estendeu durante muito tempo e ainda preservava alguns resquícios no século XIX.


Na Era Moderna, a formação das monarquias nacionais empreende uma série de guerras onde a organização de um Estado forte e centralizado começa a tomar força. A Guerra dos Cem Anos e os vários conflitos religiosos aparecem na construção de um governo francês limitado pela força do poder real. Ao fim, na chegada do século XVIII, a França viveria o auge e, logo depois, a crise do regime absolutista.


Estabelecendo a passagem da Idade Moderna à Contemporânea, os franceses viveram um processo revolucionário capaz de transformar a feição de meio mundo. A famosa Revolução Francesa instituiu ideais políticos que, apesar dos seus limites, abalaram a hegemonia monárquica europeia e, ao mesmo tempo, permitiram o desenvolvimento dos levantes que encerram a ordem colonial em terras americanas.


Durante um bom tempo, a França se tornou um sinônimo de vanguarda e experimentalismo que transformou a sua capital, Paris, na histórica Cidade Luz. A influência da cultura francesa alcançou tal ponto, que, nas primeiras décadas do século XX, a importação de seus modismos e costumes teve amplo espaço nos grades centros urbanos brasileiros.

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Indiana





INDIANA





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Por Rainer Sousa

As origens da civilização se desenham no processo de ocupação territorial promovido por diversas tribos árias entre 2000 e 1500 a.C.. Antes disso, a civilização hindu foi responsável pela organização de uma vasta cultura repleta de artefatos que comprovam a presença de uma sociedade complexa dotada de uma agricultura extensiva, a realização de atividades comerciais e práticas religiosas próprias.


A partir desse evento temos a formação da civilização védica, que ganha esse nome por causa dos textos sagrados reunidos nos Vedas. Esta obra consiste em um conjunto de poemas e escritos atribuídos à Krishna, encarnação de Vishnu, uma das mais importantes divindades do povo indiano. Nele temos a presença de preceitos religiosos e também das regras sociais que justificam o sistema de castas indiano.


Segundo este sistema, o nascimento de uma pessoa em uma determinada família define a natureza de sua casta. Seguidores do princípio da reencarnação, os indianos relacionam a presença de uma pessoa em uma casta com a abnegação espiritual dela em suas vidas passadas. Na medida em que a espiritualidade é trabalhada, o indivíduo pode ocupar uma casta superior a cada encarnação.


Por volta do século VI a.C., um novo movimento religioso transformou o cenário indiano novamente. Segundo os códices indianos, nessa época, um príncipe chamado Sidarta Gautama abandonou sua vida de luxo e prazeres para experimentar uma vida ascética e centrada no fim do sofrimento humano. Com isso, escreveu os diversos princípios do Budismo, religião que se propagou em várias regiões do mundo Oriental.


Outras religiões como o islamismo e o jainismo também aprecem na trajetória da civilização indiana e demonstram a presença de uma historicidade em seu passado. Ao atingimos a era Moderna, observamos que outras civilizações ocidentais passaram a entrar em contato com a Índia. Os valiosos e diversificados produtos indianos chamavam a atenção dos mercadores europeus dos séculos XV e XVI.


Quando atingimos o século XIX, a entonação do contato com os europeus se transformou mediante as ações imperialistas tomadas pelo Império Britânico. Interessados em desenvolver sua economia e conquistar novos mercados, os ingleses promoveram um gradual processo de intromissão política na Índia. Com o passar do tempo, a dominação viabilizou uma forte tensão entre britânicos e indianos.


O fim da hegemonia britânica só ganhou força quando o líder Mahatma Gandhi empreendeu a organização de um movimento pacifista. Por meio da desobediência civil não violenta e a realização de discursos de grande impacto à população indiana, este líder político e espiritual conseguiu desarticular as justificativas e a ordenação do controle político sustentado pela Inglaterra.


Após atingir a independência, a Índia se envolveu com uma ainda não resolvida disputa territorial com os paquistaneses pela região da Caxemira. Além disso, a sua economia se adaptou às necessidades do capitalismo contemporâneo e, hoje, ocupa a condição de país emergente. Apesar disso, vemos que a Índia sofre com os vários dilemas que expõe as tensões entre a modernização ocidental e a perpetuação de suas antigas tradições.


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Persa





PERSA




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Por Rainer Sousa

Localizados entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio, os persas estabeleceram uma das mais expressivas civilizações da Antiguidade no território que hoje corresponde ao Irã. Por volta de 550 a.C., um príncipe chamado Ciro realizou a dominação do Reino da Média e, assim, iniciou a formação de um próspero reinado que durou cerca de vinte e cinco anos. Nesse tempo, este habilidoso imperador também conquistou o reino da Lídia, a Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e a Babilônia.


O processo de expansão inaugurado por Ciro foi restabelecido pela ação do imperador Dario, que dominou as planícies do rio Indo e a Trácia. Nesse momento, dada as grandes proporções assumidas pelo território persa, este mesmo imperador viabilizou a ordenação de uma geniosa reforma administrativa. Pelas mãos de Dario, os domínios persas foram divididos em satrápias, subdivisões do território a serem controladas por um sátrapa.


O sátrapa tinha a importante tarefa de organizar a arrecadação de impostos e contava com o auxílio de um secretário-geral e um comandante militar. Para resolver os constantes problemas oriundos da cobrança de impostos, Dario estipulou a criação de uma moeda única (dárico) e a construção de um eficiente conjunto de estradas. Por meio destas, um grupo de funcionários, conhecidos como “olhos e ouvidos do rei”, fiscalizavam o volume de arrecadação de cada satrápia.


Essas ações garantiram o desenvolvimento de uma bem articulada economia baseada no comércio entre as várias cidades englobadas pelo império persa. Ao mesmo tempo, precisamos destacar que os padrões e regulamentos estabelecidos pelo próprio Estado foram responsáveis pela manutenção de um eficiente corpo administrativo e a realização de várias obras públicas. Somente após a derrota nas Guerras Médicas é que passamos a vislumbrar a desarticulação deste vasto império.


A vida religiosa da civilização persa atrai a curiosidade de muitas pessoas que se interessam pelos povos da Antiguidade Oriental. Seguidores dos ensinamentos do profeta Zoroastro, os persas possuem uma estrutura de pensamento religioso bastante próxima a de outras crenças, como o judaísmo e o cristianismo. Em suma, acreditam na oposição entre duas divindades (Mazda, o deus do Bem, e Arimã, o deus do Mal) e no fim dos tempos.


As manifestações artísticas persas foram visivelmente influenciadas pela esfera política. Em várias obras, monumentos e outras construções, há reproduções que homenageiam a vida e os importantes feitos dos reis. No campo arquitetônico, os palácios persas eram dotados por uma complexa gama de elementos de decoração e jardinagem. Segundo algumas pesquisas, os persas construíram alguns de seus palácios através da escavação de grandes rochas.


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Turca





TURCA





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Por Rainer Sousa

A origem da civilização turca remonta ao processo de decadência da dominação dos hunos na região da Ásia Central. Até então conhecidos como “goturcos”, este povo se consolidou graças à localização estratégica de seus territórios, controlados por prósperas rotas comerciais. Contudo, o declínio desta civilização acabou propiciando a invasão dos mongóis e árabes a esta porção do território asiático.


Nesse processo, observamos a ascensão dos seljúcidas, uma tribo islâmica que conseguiu determinar a expansão da crença muçulmana pela Ásia Menor. No auge de sua formação, o Império turco-otomano englobou vastas regiões da Anatólia, do Cáucaso, da Europa Oriental, do norte da África e do Oriente Médio, além dos Bálcãs. Entre os séculos XVI e XVII compunham um dos mais poderosos Estados do Mundo Moderno.


Já no século XIX, os turco-otomanos não vivenciaram os mesmos tempos de prosperidade e hegemonia. Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918), lutaram ao lado dos alemães e acabaram perdendo seus domínios após serem derrotados e obrigados a concordar com os termos estipulados pelo Tratado de Sèvres. A pretensão era realizar o desmembramento dos territórios turco-otomanos em favor da dominação dos aliados.


Contudo, sob a chefia do general Mustafá Kemal, os turcos deram fim aos interesses hegemônicos estrangeiros no conflito que ficou conhecido como a Guerra de Independência Turca. A partir deste momento, os turcos vivenciaram um claro processo de ocidentalização de suas instituições políticas impondo o fim do sultanato e do poder local de seus califas.


Da segunda metade do século XX em diante, a nação turca experimentou um visível processo de ocidentalização de sua cultura. Nesse meio tempo, crises econômicas e golpes políticos imprimiram os avanços e retrocessos dessa tendência modernizante. Atualmente, uma das mais importantes metas do governo turco é viabilizar a integração econômica do país com a União Europeia.

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Asteca





ASTECA





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Por Rainer Sousa

Até o século XIII, na porção noroeste do México, observamos a presença de uma pequena tribo seminômade na região Aztlan. Por razões históricas não muito bem esclarecidas, essa população decidiu se deslocar para a direção sul, até alcançar o território do lago Texcoco, no vale do México. Após derrotar algumas populações que dominavam a região, este povo foi responsável pela criação da civilização asteca.


Ao longo de dois séculos de dominação, os astecas formaram um imponente império contendo mais de quinhentas cidades e abrigando mais de quinze milhões de habitantes. Nesse processo de deslocamento, também é importante falar sobre o estabelecimento da agricultura como atividade econômica fundamental. Graças à agricultura, os astecas tornaram-se uma numerosa civilização.


Primeiramente, as técnicas de plantio rudimentares se aliavam a uma latente indisponibilidade de terras propícias ao plantio. Contudo, esse obstáculo foi superado através da dominação do sistema de chinampas. Na chinampa, temos uma esteira posta sobre a superfície das regiões alagadiças. Na parte superior dessas esteiras, a fértil lama do fundo desses terrenos alagados era aproveitada para a plantação.


A dieta dos astecas era basicamente dominada pelo consumo de pratos feitos a partir do milho. Além disso, consumiam um líquido extraído do cacau, conhecido como xocoalt, uma espécie de ancestral do popular chocolate. Tabaco, algodão, abóbora, feijão, tomate e pimenta também integravam a rica mesa dos astecas. Curiosamente, o consumo de algumas carnes era reservado a membros das classes privilegiadas.


Portadores de uma forte cultura voltada ao conflito, os astecas tinham sua sociedade controlada por uma elite militar. O rei era o líder maior de todos os exércitos e exercia as principais funções políticas ao lado de outro líder destinado a criação de leis, a distribuição dos alimentos e a execução de obras públicas. Logo após essa elite política, tínhamos os militares e sacerdotes limitados à elite da sociedade asteca.


Logo em seguida, tínhamos a presença de comerciantes e artesãos que definiam a classe intermediária. O comércio tinha grande importância na civilização asteca, a troca comercial geralmente envolvia gêneros agrícolas, artesanato, tecidos, papel, borracha, metais e peles. Em algumas situações, os comerciantes atuavam como espiões e, por isso, recebiam a isenção de impostos.


Os camponeses ocupavam a mais baixa posição da hierarquia social asteca. Também devemos assinalar a existência de uma pequena população de escravos, obtidos por meio dos conflitos militares. A única via de ascensão acontecia por meio de algum ato de bravura executado em guerra. O soldado era prestigiado com a doação de terras, joias e roupas.


A cultura e o saber dos astecas tiveram expressão nos mais diversificados campos. Assim como os maias, estabeleceram a criação de um calendário que organizava a contagem do tempo e também cunharam um sistema de escrita. Em suma, a escrita deste povo era dotada de um sistema pictórico que combinava o uso de objetos e figuras e outro hieroglífico, sistematizado por símbolos e sons.


A medicina asteca não reconhecia limites e distinções para com as práticas religiosas. Curandeiros e sacerdotes integravam uma rica cultura religiosa cercada por vários dos deuses formadores de uma complexa mitologia fornecedora de sentido a vários eventos e dados da cultura asteca. Em algumas festividades, o sacrifício e o derramamento de sangue humano integravam os rituais astecas.


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Chinesa





CHINESA





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Por Rainer Sousa

Atualmente, quando falamos dos chineses, lembramos de uma grande extensão territorial ocupada por uma população gigantesca. Contudo, essa compreensão da China esquece dos milhares de anos que integram a sua história. Os mais antigos documentos que falam deste povo possuem mais de quatro mil anos de idade, atestando a condição de uma das mais antigas civilizações de todo o mundo.


Os indícios mais remotos do povo chinês comprovam a sua formação múltipla traçada pela influência de vários povoados que habitaram pioneiramente o território. Entre as povoações que delineiam a origem dos chineses podemos destacar a cultura Daxi, a cultura Majiapang, a cultura Hemudu e a cultura Yangshou, estabelecida nas proximidades do rio Amarelo.


De acordo com as lendas originárias do povo chinês, as populações que ocupavam a porção norte do rio Amarelo se unificaram. Com o passar do tempo, tivemos a formação de uma nação expansionista liderada por dois bravos imperadores conhecidos como Amarelo e Impetuoso. Sob o seu comando, forças militares foram organizadas com o intuito de se conquistar a parcela sul dos domínios próximos ao rio Amarelo.


Sob essa nova configuração, os chineses formaram uma sociedade patriarcal sustentada pelo desenvolvimento da economia agrícola. O desenvolvimento material dessa época é reconhecido nas técnicas de fabricação da seda, no invento de instrumentos que facilitavam a agricultura e o domínio de metais que aprimoraram os armamentos empregados pelos exércitos.


O mais extenso período da história chinesa compreende os séculos V ao XIX, quando observamos um imenso império centralizado organizando a vida desta grande civilização. Até o século XV, os chineses ocuparam posição destacada na produção intelectual e tecnológica. Eles foram os inventores da pólvora, do compasso, das primeiras prensas e da medicina.


Na Idade Contemporânea, a supremacia do Império Chinês foi abalada pelo contato com as nações europeias envolvidas no processo de expansão da economia industrial. Durante o século XIX, a ação imperialista acabou estabelecendo uma série de conflitos que contribuíram para um novo período da história chinesa. Os chineses modernizaram suas instituições e, hoje, ocupam a condição de potência mundial.



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Germânica





GERMÂNICA




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Por Rainer Sousa

Ao falarmos dos povos germânicos, estabelecemos a observação de uma grande miríade de culturas espalhadas em diferentes tribos denominadas pelos romanos como bárbaras. A expressão “bárbaro” denuncia o olhar preconceituoso que os romanos dedicavam às tribos germânicas, pois a expressão visava promover uma distinção negativa entre os povos que dominavam a língua latina e aqueles que não sabiam esse mesmo idioma.


Entre os germânicos podemos encontrar uma grande variedade de povos, entre os quais podemos destacar os suevos, visigodos, vândalos, ostrogodos, saxões, anglos, burúngios e alamanos. Apesar das várias diferenças que podemos traçar entre essas tribos, existem algumas características em comum que acabaram adentrando os domínios do decadente Império Romano do Ocidente.


Do ponto de vista econômico, os germânicos estabeleciam uma economia agrícola de natureza itinerante que promovia o uso das terras até o seu completo esgotamento. Paralelamente, a caça e a pesca eram outras atividades que também exerciam um relativo destaque. Influenciados pela sua cultura militar, os germânicos promoviam saques e invasões que se transformavam em outra interessante fonte de renda.


Politicamente, os germânicos não contavam com uma estrutura política fortemente centralizada. Os líderes guerreiros tinham papel de destaque, contudo, as relações pessoais e a autonomia individual prevaleciam sob qualquer experiência centralizadora. Com o passar do tempo, uma elite de guerreiros foi tomando um papel político de maior expressividade que os diferenciou dos camponeses que trabalhavam em suas terras.


A ordem social dos germânicos era estabelecida por meio de clãs e tribos patriarcais que se mantinham unidas pelas relações consanguíneas. Geralmente, quando alguma decisão atingia uma grande parcela da população, uma assembleia de guerreiros era responsável pela tomada de decisão. O comitatus, que estipulava a união militar dos guerreiros, era de caráter transitório e influenciou a formação social do mundo medieval.


A religiosidade dos germânicos era marcada pela adoração de várias divindades que estabeleciam uma mitologia bastante diversificada. Uma das mais importantes divindades era Odin, o deus da guerra. A vida após a morte era uma crença comum entre os germânicos. Para os grandes guerreiros, a morte previa a passagem para um imenso paraíso chamado de valhalla.



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Japonesa





JAPONESA





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Por Rainer Sousa

As origens da civilização japonesa são remotas e bastante imprecisas. Contudo, alguns estudos indicam que os primeiros ocupantes deste território apareceram no século III a.C.. Entre as várias culturas que surgem nesse período de formação, podemos destacar a existência dos Yayoi, Kyushu e Jomon. De acordo com algumas pesquisas, as mais remotas civilizações teriam chegado da Sibéria durante o período neolítico.


O processo de unificação política do Japão teria acontecido ao longo da dinastia Yamato, que configurou a presença de um Estado centralizado. Contudo, ao atingirmos o século VI, a existência do poder real foi paulatinamente perdendo espaço para o poder exercido pelos chefes locais. Após a chamada Guerra Onin, o poder central perdeu espaço para os senhores de terra locais que guerreavam constantemente entre si.


No século VII, os conflitos e disputas locais perderam espaço para a rearticulação da dinastia Yamato, que conseguiu promover mudanças que recuperaram o governo monárquico. Após algumas disputas, a monarquia japonesa se tornou praticamente hegemônica durante uma fase de aproximadamente mil anos. Nesse tempo, vale destacar a ascensão dos samurais enquanto importantes agentes militares e políticos.


No século XVI, o contato com os comerciantes espanhóis e portugueses determinou o gradual processo de abertura da civilização japonesa ao mundo ocidental. A ação de mercadores e clérigos jesuítas marcou um primeiro momento das transformações culturais que ganharam espaço no Japão. No século XIX, a ação imperialista norte-americana foi peça chave fundamental para a abertura do povo nipônico ao Ocidente.


Com a abertura econômica forçada pela esquadra militar dos EUA, os japoneses entraram em contato com novas ideologias políticas. Em pouco tempo, um forte movimento nacionalista reivindicou a modernização das instituições do país e o fim da influência estrangeira no território. A partir de 1868, a chamada Revolução Meiji ordenou a industrialização japonesa e a extinção das antigas instituições medievalescas.


Curiosamente, em um curto espaço de tempo, os japoneses abandonaram a posição de nação subordinada ao imperialismo para se transformar em uma potência industrial promotora de tal política dominadora. O auge dessa nova situação aparece nas primeiras décadas do século XX, quando o governo japonês se envolveu nos conflitos da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.


No fim da Segunda Guerra, temendo a ascensão de uma potência socialista vizinha, os EUA promovem o lançamento das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Esta tragédia nuclear acabou simbolizando a reconstrução da nação japonesa, que não tinha recursos para se recuperar das terríveis perdas econômicas e humanas do conflito. Na década de 1970, acabou se reerguendo e ocupando um importante papel na economia mundial.


Atualmente, os japoneses são sistematicamente associados ao desenvolvimento de tecnologia de ponta que marca o capitalismo. Os campos de informática, robótica, telecomunicações, automobilismo são os mais significativos alvos que atestam a posição de vanguarda nipônica. Vez ou outra, os meios de comunicação divulgam mais um invento ou descoberta proveniente dos laboratórios japoneses.


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Rapa-nui





RAPA-NUI





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Por Rainer Sousa

Conhecida como um dos pontos mais distantes do planeta, a Ilha de Páscoa fica localizada a exatos 3700 quilômetros do continente americano e quase mantém a mesma distância em relação ao Taiti, no Pacífico. Por conta da posição isolada, esse pequeno montante de terras lançado no oceano parece não ser propício à formação de nenhum tipo de civilização ou cultura.


Como se não bastasse o problema da distância, Páscoa é uma ilha dotada de vários acidentes geográficos que impedem a presença de terras férteis ou algum outro recurso favorável à fixação humana. Entretanto, contrariando a quase grotesca imagem desse lugar, Páscoa é tomada por uma série de gigantescas estátuas que pretendem representar a face de um humano.


A partir desse indício, várias pessoas tiveram a curiosidade de pesquisar e tentar desvendar esse mistério revelado por um grupo de navegantes holandeses do século XVIII. Após várias pesquisas, etnógrafos e outros especialistas chegaram à conclusão de que o chamado “povo Rapa Nui” alcançou a ilha de Páscoa em pequenas embarcações de casco duplo.


Convivendo paralelamente às pesquisas científicas, a tradição oral de alguns povos que vivem mais proximamente ao local diz que o primeiro a pisar naquelas terras foi um sujeito chamado Hotu Matua. Para os arqueólogos, o processo de ocupação da ilha teria acontecido entre os séculos V e VIII d.C.. Além disso, os estudiosos também estão convencidos de que a população animal teria sido instalada pelas tribos polinésias que visitaram a região.


Sejam lá quais os eventos que fornecem uma explicação lógica ao processo de ocupação da ilha, a presença das estátuas de rosto humano, também conhecida como moai, é o grande mistério que cerca o lugar. Ao todo, são contabilizados 887 monólitos que tem entre 1 a 10 metros de altura. Vale ainda destacar que outras versões semelhantes dessas estátuas podem ser encontradas no Taiti e no Havaí.


Nenhum relato ou evidência mais clara apontam para os reais motivos que teriam justificado a construção destas estátuas. Entretanto, realizando um estudo comparativo das tradições dos povos polinésios vizinhos, alguns estudiosos concluíram que as estátuas serviriam para demarcar as terras ou apontar a liderança política de algum líder que tenha vivido na ilha.

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