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Bombeiros de Paço de Arcos desistiram de alugar o salão nobre para a conferência com neonazi italiano mas o evento realiza-se hoje noutro local. Polícia garante estar atenta aos radicais.
Elementos da investigação criminal da PSP têm seguido os passos do neonazi italiano Francesco Saverio Montana e de um grupo de extremistas espanhóis, bielorussos e ucranianos que chegaram na quinta-feira a Lisboa para participar numa conferência que iria realizar-se no salão nobre dos Bombeiros de Paço de Arcos, alugado para o efeito. O presidente da direção dos bombeiros, Tiago Fernandes, cancelou ontem a realização do evento nas instalações da corporação depois de conhecer por um artigo do Jornal de Notícias o perfil de radical de extrema-direita do orador principal, Francesco Montana, como admitiu ao DN. Mas a conferência mantém-se hoje em local que a organização quer agora manter secreto.Segundo confirmou o DN com fontes policiais, os movimentos dos principais participantes no evento têm estado a ser monitorizados por agentes à paisana. Só se a conferência atrair elementos desordeiros que venham criar confusão é que serão chamadas ao local as equipas de Intervenção Rápida. A organização garantiu ao DN estar à espera de 50 a 60 pessoas no almoço-convívio e de mais de 200 na conferência-debate que se seguirá à tarde.Tiago Fernandes, presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos, assegurou ao DN que "Salvador Costa, do Núcleo de Estudos Oliveira Salazar, contactou para alugar o espaço e disse-me que a conferência ia ter o testemunho de um ex-soldado da guerra da Ucrânia, sobre o conflito com os russos". Diz Tiago Fernandes que desconhecia que o dito soldado ucraniano era, nem mais nem menos, que Francesco Saverio Montana, neonazi italiano, que é voluntário no batalhão Azov [grupo ultra-nacionalista ucraniano] na guerra na Ucrânia.
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