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O jovem partido criado por reformados que se cansaram de não serem ouvidos

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Muitos já são avós, quase todos sofreram na pele os cortes nas reformas e pensões e decidiram que tinham uma palavra a dizer nas eleições, para defender todos sem exceção, incluindo os jovens.




São poucos, novos ainda nestas andanças da política, embora a maioria sejam avós, mas não lhes falta alento, porque estão convictos do que defendem: dignidade e justiça social para todos. Para os reformados e pensionistas, palavras-chave do seu próprio nome, mas também para os jovens. "Hoje não têm emprego e precisam da ajuda dos pais, muitos deles reformados que tiveram cortes nas pensões", diz António Dias, 59 anos, técnico administrativo aposentado e cabeça de lista por Lisboa do PURP, o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas.Esta pode ser a primeira campanha eleitoral do recém-nascido PURP - "oficializámos o partido em julho", esclarece António Dias -, a verba de que dispõem, cerca de oito mil euros conseguidos entre todos, é escassa, a sede está numa casa emprestada, e confessam que "ainda estão a aprender coisas básicas", mas há entusiasmo e "muita vontade de lá chegar". Se não for agora, "será da próxima", acreditam. "Isto está a crescer de dia para dia", garante António Dias.Isto são as ações de rua, o contacto com as pessoas, a campanha eleitoral, que eles fazem "na medida das possibilidades", os panfletos que desaparecem num ápice para as mãos de quem passa. Eles seguem caminho, de bandeiras ao ombro, T-shirts e bonés a condizer, com um sol a brilhar sobre a sigla PURP, em verde.Tem sido assim. E foi assim na última quarta-feira, primeira arruada destes candidatos, que partiu de Campo de Ourique rumo ao Rato, e daí para o Marquês, Avenida da Liberdade abaixo, para os Restauradores, Rossio, Baixa-Chiado e São Bento. Quase meia Lisboa.As reações de quem passa, ou de quem se senta pelas esplanadas a gozar o sol de outono, são variadas. Há muitos que desconhecem o jovem partido dos reformados e ficam com curiosidade. Há quem não queira os papéis e acelere o passo, temendo, talvez, alguma campanha de marketing, das muitas que se fazem por aí a toda a hora. Mas há quem peça o panfleto e fique a lê-lo, quem o aceite e lhe deite um olhar rápido. Outros oferecem palavras de incentivo, "é preciso mudar isto" ou "acho muito bem". E há quem apoie e até se exalte, como uma "anónima" (quis apresentar-se assim) numa esplanada da Avenida da Liberdade, que não poupou palavras: "Aquilo são uns bandidos, uns malandros, é uma pouca-vergonha, cortaram-me na reforma." Não é difícil adivinhar o que será "aquilo".




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