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O 'sonho' de Costa que derrubou Seguro mas não 'apagou' Sócrates

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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A menos de uma semana das eleições, o Notícias ao Minuto recorda os últimos quatro anos do principal partido da oposição, marcado por interrupções, divergências e críticas dentro do próprio partido, tal como a 'sombra' sempre presente de José Sócrates.


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O legado socialista dos últimos quatro anos começa a escrever-se em 2011 quando, a 6 de abril, Teixeira dos Santos, ministro das Finanças do governo de Sócrates, deixou cair 'a bomba' ao declarar o pedido de ajuda externa após o chumbo do quarto Plano Económico de Crescimento (PEC IV). A 17 de maio do mesmo ano, Portugal 'mergulhou' num programa de assistência financeira.



Um mês depois, o povo português decidiu dar a vitória ao PSD nas eleições de 5 de junho. O até então primeiro-ministro socialista anunciou a demissão no próprio dia e entraram em cena António José Seguro e Francisco Assis, ambos candidatos à liderança do maior partido da oposição. A esta altura do campeonato, António Costa geria ainda os comandos da Câmara Municipal de Lisboa.António José Seguro levou a melhor sobre 'a timidez' de Assis. A primeira vitóriaaconteceu a 23 de julho, quando Seguro foi eleito pelos militantes socialistas como secretário-geral do PS, com 68% dos votos, contra 32% de Assis.Ainda em 2011, em setembro, Seguro sentiu a (primeira) ameaça de Costa e interrompeu uma entrevista ao autarca socialista, que abandonou a mesma em direto, dizendo mais tarde: Seguro “representa uma nova etapa de intimidade entre a liderança política [do PS] e a comunicação".O ano seguinte foi inteiramente protagonizado pelo Governo de Passos Coelho que, entretanto, anunciou cortes nas pensões, dos subsídios de férias e Natal, um "enorme aumento" de impostos e ainda a TSU dos pensionistas (que haveria de cair). 2012 ficou, por isso, marcado pelo momento em que os portugueses começaram a sentir o peso 'pesado' da austeridade na carteira. Inúmeros protestos e ‘grândoladas’ decorreram em todo o país contra os cortes e a presença da troika.A situação agravou-se em julho de 2013, quando o Presidente da República pediu aos principais partidos (PSD, PS e CDS) “um compromisso de salvação nacional” para que o programa de intervenção externa seja cumprido até ao fim. O pacto de regime proposto por Cavaco caiu por terra, após a nega do PS, e o restabelecimento da normalidade no seio da coligação governativa, com Portas a assumir o cargo de vice-primeiro-ministro, isto após o seu anúncio de demissão, que veio a verificar-se 'pouco irrevogável'.Ultrapassada a 'tempestade', o PS de Seguro iniciou um ciclo de vitórias sobre PSD/CDS. A 29 de setembro de 2013, os socialistas levaram a melhor nas eleições autárquicas (149 municípios contra apenas 86 do PSD) e a 25 de maio de 2014, ainda que de forma menos expressiva, venceram as europeias com 31,4% dos votos contra os 27,7% de PSD/CDS.Esse resultado serviu de mote à entrada em ação de Costa que não esperou pelo dia seguinte para captar para si a atenção. Nesse mesmo dia, criticou Seguro pelos resultados que, apesar de positivos, “não descolaram” da direita. Dois dias depoisapresentou-se como candidato à liderança do PS, vencendo Seguro nas primárias do partido em setembro desse ano, com 67,8% dos votos.Em novembro do ano passado, Costa viu chegar um 'novo problema': Sócrates, que foi detido no aeroporto de Lisboa por suspeita dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.Assim se sumarizam os últimos quatro anos do principal partido da oposição. Uma história que deveria ser só de António Costa mas que acaba por ser coprotagonizada por José Sócrates.




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