kokas
GF Ouro
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Em Cascais, terreno pouco fértil para os comunistas, Jerónimo de Sousa encontrou muita simpatia.
Jerónimo de Sousa colocou-se ontem num invulgar papel de defensor do PS. E na linha de Cascais recebeu muitos beijos e abraços.
Os muitos reformados e pensionistas que ontem se dirigiam a Jerónimo de Sousa, nas ruas da Parede (Cascais), para o cumprimentar e incentivar estavam mais uma vez a deixá-lo meio eufórico... até que surgiu uma idosa a desafiá-lo: "Eu só o ouço falar no PS, fale-me no governo...""Vá lá", acrescentou a idosa entre o conciliador e o bem-humorado, "ontem disse que o outro [Pedro Passos Coelho] estava a meter-se com o PS [ao defender a demissão de António Costa em caso de derrota eleitoral] e eu gostei de ouvir..."O secretário-geral do PCP, com rapidez mas sem a nota de desenvoltura habitual na voz, contrapôs: "O que é justo é justo. Mas isso não invalida que o nosso combate contra a direita e contra a política de direita..." Aqui Jerónimo de Sousa afastou-se (ou foi afastado), aproveitando a interrupção da idosa para lhe dizer "também acho que sim".O episódio em que Jerónimo de Sousa se colocou no papel de defensor involuntário do PS - partido que critica sistemática e duramente - ocorreu na segunda-feira, no Porto: "É um atrevimento [o líder do PSD] estar a meter o bedelho onde não é chamado. Não tem jeito nenhum...", reagiu o líder comunista, com profundo desagrado.O facto é que tanto a arruada de ontem da CDU numa zona de comércio tradicional no centro da Parede, bem como a realizada horas depois na Amadora, ficaram marcadas pelo empenho de muitos populares em irem cumprimentar Jerónimo de Sousa, dar--lhe abraços (nalguns casos bem apertados e com fortes palmadas nas costas) e beijos, manifestar--lhe apoio e até explicitar razões de queixa - como foi o caso do responsável por uma pastelaria que, vítima do IVA da restauração a 23%, se queixou amargamente de ter o café quase sempre vazio.
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