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Teólogos dizem que lei islâmica não obriga mulheres a cobrir rosto

kokas

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Set 27, 2006
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Mulheres só devem cobrir-se em caso de "ameaças ou ações maliciosas", considera o Conselho da ideologia Islâmica

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A principal autoridade religiosa do Paquistão afirmou hoje que a lei islâmica ('sharia') não obriga as mulheres a cobrir o rosto, as mãos ou os pés, uma decisão pouco habitual para esta instituição conservadora.O Conselho da Ideologia Islâmica, criado em 1962 para aconselhar o parlamento paquistanês sobre a compatibilidade das leis do país com a 'sharia', divulgou esta decisão depois de uma reunião realizada na segunda-feira.O presidente do Conselho, Muhammad Khan Sheerani, aconselhou no entanto "as mulheres a respeitarem a moral e a adotarem uma atitude cuidadosa na sociedade", segundo um porta-voz da instituição citado pela agência France Presse.O dignitário recomendou por outro lado às mulheres que "se cubram completamente em caso de ameaças ou ações maliciosas".A decisão do Conselho foi considerada "encorajadora" por Farzana Bari, uma ativa defensora dos direitos humanos paquistanesa."É um sinal positivo, o clero parece ter compreendido que a sua legitimidade estava posta em causa e a decisão visa melhorar a sua imagem", afirmou."Os dignitários conservadores estão na defensiva. Veja-se a decisão do Supremo Tribunal relativa à lei sobre a blasfémia, isso encoraja os membros do clero a tomar a palavra e a evocar uma reforma da lei", acrescentou, também à France Presse.A blasfémia é uma questão extremamente sensível no Paquistão, república islâmica de 200 milhões de habitantes, onde uma simples suspeita pode levar a um linchamento.Mas, este mês, o Supremo Tribunal paquistanês confirmou a pena de morte a que foi condenado o homicida de um político que defendeu uma reforma da lei que condena a blasfémia.A decisão, histórica, foi saudada pelos setores moderados como uma vitória contra o extremismo religioso.O Conselho da Ideologia Islâmica, cujas decisões não são vinculativas, tem sido criticado por decisões tomadas no passado. Em 2014, por exemplo, o Conselho considerou que a proibição do casamento de crianças era incompatível com a lei islâmica e exigiu que o governo alterasse a lei.Meses depois, no entanto, a assembleia provincial de Sindh (sul), a província paquistanesa com a mais alta taxa de casamento de menores, aprovou uma lei proibindo o casamento de qualquer pessoa menor de 18 anos e, já este ano, a assembleia do Punjab (leste) reforçou as sanções aplicadas aos pais e membros do clero que permitam o casamento de menores.



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